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4 Sant’Ana do Livramento - 11 de Março de 2007 Abuso de poder Lucinha Lins é a poderosa Ísis de "Vidas Opostas" Lucinha Lins não ficou satisfeita quando assistiu à primeira cena de Ísis, milionária que interpreta em “Vidas Opostas”, da Record. “Era dente demais, sorriso demais, tudo era ‘over’”, recorda. A atriz também achou exagerada a maneira com que a empresária tratava o filho, o matemático Miguel, de Léo Rosa. “Ela é quase uma Jocasta”, diverte-se. Para ela, o tom certo da “mãezona” chegou aos poucos, quando percebeu que, apesar de poderosa, Ísis é uma mulher simples, comedida, moderna e sincera. E é justamente neste ponto que Lucinha acredita estar o lado mais interessante da personagem. “A coisa mais difícil da atuação é a sinceridade. Sem ela, você não convence. Como são muitas cenas por dia, às vezes a gente peca. A pior coisa é a autocrítica”, ensina, com bom humor. 11/03 /03 - Suzy Rêgo, 40 anos. 12/03 2/03 - Janaína Lince, 28 anos, e Juliana Silveira, 27 anos. 13/03 3/03 3/03 - Matheus Rocha, 28 anos. 14/03 4/03 - Lúcio Mauro, 75 anos, e Manoel Carlos, 74 anos. Neste dia, há 26 anos, foi ao ar o último capítulo de "Coração Alado". De Janete Clair, a novela conta a história de Juca Pitanga, um artista plástico interpretado por Tarcísio Meira que sai do Nordeste para tentar a vida no Rio de Janeiro. Lá, ele se envolve com Cartucha, personagem de Débora Duarte, e Vivian, de Vera Por Por Fabíola Fabíola Fabíola Tavernard Tavernard PopTevê "O "O convite convite para para a a novela novela foi foi irrecusável... irrecusável...” irrecusável... No início da trama, o lado mais evidente de Ísis era o de mãe superprotetora. Mas, de uns tempos para cá, ela despertou seu lado mulher, adormecido desde a morte do marido. Tudo por conta da misteriosa volta de Bóris, de Nicola Siri, seu grande amor de juventude, que há 30 anos era dado como morto. “É uma linda história de amor. As mulheres se jogam, mas o Bóris se mantém fiel”, avalia. Aos 54 anos e 37 de carreira, Lucinha tem fôlego de iniciante. Ela se divide entre a trama de Marcílio Moraes e a turnê pelo Brasil da peça “Intimidade Indecente”, ao lado de Otávio Augusto. O espetáculo já vai para o sexto ano consecutivo em cartaz. “O convite para a novela foi irrecusável, então conversei com a Record para conciliar as duas coisas. Não adianta, o artista precisa se mostrar”, ensina. Aniversários da semana de 11 a 17 de março Fischer. A primeira nasceu em berço de ouro, e a outra é uma moça ingênua e simplória, embora muito bonita. Por isso, visando sucesso profissional, ele decide casar-se com Cartucha. Mas eles logo se separam, e Juca vai atrás do irmão Gabriel, vivido por Carlos Vereza, exilado no México. Ainda no elenco, Aracy Balabanian, Jardel Filho, Ney Latorraca, Eva Todor, Maria Zilda Bethlem, Armando Bógus, e Joana Fomm, entre outros. 15/03 5/03 5/03 - Maria Mariana, 34 anos. 16/03 6/03 - Juca de Oliveira, 72 anos. 17/03 /03 - Sérgio Malheiros, 14 anos. LUIZA DANTAS/CZN Lucinha Lins, a Ísis de "Vidas Opostas", da Record pingue-pongue Você Você já já passou passou passou por por por emissoras emissoras emissoras como como Globo, Globo, SBT, SBT, Manchete Manchete e e Band. Band. Band. Agora Agora está está na na Record Record que, que, ao ao que que parece, parece, está está disposta disposta disposta a a investir investir cada cada vez vez vez mais mais em em seu seu seu núcleo núcleo de de teledramaturgia. teledramaturgia. teledramaturgia. Qual Qual sua sua opinião opinião a a respeito respeito desse desse desse "boom" "boom" de de novelas? novelas? Durante muitos anos, só a Globo fazia novela. A Manchete tentou, mas não foi em frente. Eu entendo, porque um capítulo no ar é caríssimo, novela é um negócio e exige um investimento muito grande. Manter um padrão de qualidade diante da possibilidade de não se alcançar a meta desejada faz com que as empresas dêem para trás. Por isso estou sempre atenta às diferentes filosofias de trabalho. Então que as portas se abram, porque meu contrato com a Record é por obra, e nunca tive na vida um contrato de mais de um ano. Então Então você você nunca nunca nunca teve teve a a tão tão sonhada sonhada estabilidade estabilidade estabilidade profissional? profissional? Acho que o maior contrato da minha vida foi de um ano com o SBT, quando fiz "Sangue do Meu Sangue". Estou em cima dos palcos desde os 17, acho tevê importante, mas nunca deixei de estar no teatro, até porque sou produtora teatral e sempre trabalhei muito. Mas confesso que agora, mais velha, mais consciente, talvez mais lenta, impaciente e rabugenta, eu sinta falta de um contrato mais longo. Gostaria de estar na condição de assalariada, e isso só consigo através de um contrato de tevê. Tomara que me queiram na Record depois de julho, quando meu contrato vence. Você Você começou começou a a carreira carreira como como cantora. cantora. Como Como a a atuação atuação entrou entrou entrou na na sua sua vida? vida? Comecei como backing vocal, gravei muitos “jingles”. Na verdade, queria ser médica. Só virei atriz por causa dos comerciais. Meu primeiro trabalho na tevê foi em “Plantão de Polícia”, onde fazia a “ponta da ponta”. Quem me deu a grande oportunidade foi o Walter Avancini, que “cismou” comigo. Mesmo com a minha pouca experiência, ele me deu um dos papéis principais de “Rabo de Saia”. Não parei mais. Mas brinco que a minha carreira é errada, porque agora qualquer pessoa é modelo e atriz, e eu nunca fui modelo. Por isso, falta um pedaço na minha vida profissional.

O PREÇO DA Camila Pitanga deixa de lado o jeito discreto para viver a prostituta Bebel Sant’Ana do Livramento - 11 de Março de 2007 SEDUÇÃO PEDRO PAULO FIGUEIREDO/CZN Camila Pitanga abre o maior sorrisão quando fala de Bebel, a prostituta que interpreta em “Paraíso Tropical”. Mas também mostra uma ginga, uma quebrada de quadril que não tinha antes. “Ela está me influenciando. Já estou usando saltos, roupas um pouco mais curtas”, confessa a atriz, ainda vestida num sóbrio e bem-comportado tubinho goiaba. Um figurino totalmente inverso ao que a bela morena vai desfilar na ficção. O guarda-roupa de Bebel inclui muitos shorts, saias libidinosamente curtas, tops provocantes e calças justíssimas coladas a cada curva da atriz. “O barato é esse. Poder fazer a piranha, brincar com essa sexualidade, com o imaginário das pessoas”, resume. Bebel, na verdade, seria destinada a Mariana Ximenes. Mas como a atriz ainda estava em “Cobras e Lagartos” quando a préprodução da novela das oito já começava, Camila foi o nome mais cotado. A primeira coisa que fez ao “conhecer” a personagem foi partir para as pesquisas. Camila visitou a ONG “Davida”, presidida pela exprostituta Gabriela Leite, e elaborou para si mesma um álbum com fotos que encontrava em revistas e jornais e que remetiam ao universo da personagem. “Isso é muita viagem de ator mesmo. Mas descobri umas fotos do lixão e imaginei a Bebel ali quando criança”, descreve. Para Camila, atrás de toda ousadia e segurança de Bebel tem uma fragilidade escondida. “Ela é ambiciosa, faz o que faz por dinheiro, mas também gosta do poder de sedução que exerce. O objetivo dela é ficar rica e acontecer”, observa a atriz, que andou muito pelas ruas de Copacabana, principal cenário da novela, para observar o comportamento das prostitutas do bairro. “Isso me deu muita liberdade. Porque ali são mulheres, acima de tudo. Algumas felizes, outras tristes. Umas orgulhosas do que fazem, outras com vergonha. Então, me despi do preconceito ou de estereótipos e construí a minha Bebel”, argumenta. O mais curioso é que Camila só encontrou o tom exato que desejava para a moça quando viu em uma exposição em São Paulo um documentário sobre travestis. “Fui Por Por Por Carolina Carolina Marques Marques PopTevê 5 atrás daqueles personagens e identifiquei a Bebel de imediato. Ela é quase uma ‘drag queen’”, diverte-se. Na trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, Bebel trabalha num bordel em Marapuã, na Bahia, onde nasceu. Ao se envolver numa armação de Olavo, de Wagner Moura, acaba tendo a chance de ir para o Rio de Janeiro, lugar onde sempre sonhou morar. “Quando ela chega em Copacabana é o máximo para ela, a realização de uma fantasia de infância”, conta. Ao chegar na cidade, Bebel “cai na pista” e mais tarde passará a se apresentar em boates como “stripper”. Para dar conta de tudo isso, Camila reforçou os cuidados que já tinha com o próprio corpo. “Fiquei mais disciplinada, mas não faço nenhuma loucura. Ginástica já faço há dez anos, alimentação mantenho saudável. Mas é claro que estou muito mais exposta agora do que já estive com qualquer personagem”, admite. O primeiro cliente de Bebel na história é um gringo. Cena típica do turismo sexual, “vendido” com as paisagens cariocas fora do país. “O Gilberto costuma colocar uma lente macro em cima dos problemas que a gente enfrenta no Brasil e finge fechar os olhos. É bom dar uma sacudida na opinião pública”, opina. Ainda na história, a prostituta se envolve com Jáder, seu próprio cafetão. “A história deles é química pura. Rola um encantamento inicial, mas aos poucos ambos percebem que a relação não tem futuro”, adianta. Camila jamais viveu uma prostituta na carreira, que já dura 14 anos. Mas nunca teve, como tantas outras atrizes, o objetivo de interpretar uma delas. “Toda atriz deseja um papel com nuanças que a desloquem do seu lugar e da identificação das pessoas. A Bebel é um prato cheio para mim, que tenho essa imagem de boa moça. O desejo de quebrar com a minha imagem é permanente. Vai acontecer com Bebel e espero que com outros personagens”, descreve. A julgar pelas primeiras cenas de Camila na novela, a boa moça está de férias em algum lugar paradisíaco. "Toda "Toda atriz atriz deseja deseja um um papel papel com com nuanças nuanças que que a a desloquem desloquem do do seu seu lugar lugar e e da da identificação identificação das das das pessoas. pessoas. A A Bebel Bebel é é um um prato prato cheio cheio para para mim, mim, que que tenho tenho essa essa imagem imagem de de boa boa moça. moça. moça.” moça. moça.

O PREÇO DA<br />

Camila Pitanga deixa de lado o jeito discreto<br />

para viver a prostituta Bebel<br />

Sant’Ana do Livramento - 11 de Março de 2007<br />

SEDUÇÃO<br />

PEDRO PAULO FIGUEIREDO/CZN<br />

Camila Pitanga abre o maior sorrisão quando<br />

fala de Bebel, a prostituta que interpreta<br />

em “Paraíso Tropical”. Mas também mostra<br />

uma ginga, uma quebrada de quadril que<br />

não tinha antes.<br />

“Ela está me influenciando. Já estou usando<br />

saltos, roupas um pouco mais curtas”,<br />

confessa a atriz, ainda vestida num sóbrio e<br />

bem-comportado tubinho goiaba. Um figurino<br />

totalmente inverso ao que a bela morena<br />

vai desfilar na ficção. O guarda-roupa de<br />

Bebel inclui muitos shorts, saias libidinosamente<br />

curtas, tops provocantes e calças justíssimas<br />

coladas a cada curva da atriz. “O<br />

barato é esse. Poder fazer a piranha, brincar<br />

com essa sexualidade, com o imaginário das<br />

pessoas”, resume.<br />

Bebel, na verdade, seria destinada a Mariana<br />

Ximenes. Mas como a atriz ainda estava<br />

em “Cobras e Lagartos” quando a préprodução<br />

da novela das oito já começava,<br />

Camila foi o nome mais<br />

cotado. A primeira coisa<br />

que fez ao “conhecer” a<br />

personagem foi partir<br />

para as pesquisas. Camila<br />

visitou a ONG “Davida”,<br />

presidida pela exprostituta<br />

Gabriela Leite,<br />

e elaborou para si mesma<br />

um álbum com fotos que<br />

encontrava em revistas e<br />

jornais e que remetiam ao<br />

universo da personagem.<br />

“Isso é muita viagem de<br />

ator mesmo. Mas descobri<br />

umas fotos do lixão e<br />

imaginei a Bebel ali quando<br />

criança”, descreve.<br />

Para Camila, atrás de toda<br />

ousadia e segurança de<br />

Bebel tem uma fragilidade<br />

escondida. “Ela é ambiciosa,<br />

faz o que faz por dinheiro, mas também<br />

gosta do poder de sedução que exerce.<br />

O objetivo dela é ficar rica e acontecer”,<br />

observa a atriz, que andou muito pelas ruas<br />

de Copacabana, principal cenário da novela,<br />

para observar o comportamento das prostitutas<br />

do bairro. “Isso me deu muita liberdade.<br />

Porque ali são mulheres, acima de<br />

tudo. Algumas felizes, outras tristes. Umas<br />

orgulhosas do que fazem, outras com vergonha.<br />

Então, me despi do preconceito ou<br />

de estereótipos e construí a minha Bebel”,<br />

argumenta.<br />

O mais curioso é que Camila só encontrou<br />

o tom exato que desejava para a moça<br />

quando viu em uma exposição em São Paulo<br />

um documentário sobre travestis. “Fui<br />

Por Por Por Carolina Carolina Marques<br />

Marques<br />

PopTevê<br />

5<br />

atrás daqueles personagens e identifiquei<br />

a Bebel de imediato. Ela é quase uma ‘drag<br />

queen’”, diverte-se. Na trama de Gilberto<br />

Braga e Ricardo Linhares, Bebel trabalha<br />

num bordel em Marapuã, na Bahia, onde<br />

nasceu. Ao se envolver numa armação de<br />

Olavo, de Wagner Moura, acaba tendo a<br />

chance de ir para o Rio de Janeiro, lugar<br />

onde sempre sonhou morar. “Quando ela<br />

chega em Copacabana é o máximo para ela,<br />

a realização de uma fantasia de infância”,<br />

conta.<br />

Ao chegar na cidade, Bebel “cai na pista”<br />

e mais tarde passará a se apresentar em<br />

boates como “stripper”. Para dar conta de<br />

tudo isso, Camila reforçou os cuidados que<br />

já tinha com o próprio corpo. “Fiquei mais<br />

disciplinada, mas não faço nenhuma loucura.<br />

Ginástica já faço há dez anos, alimentação<br />

mantenho saudável. Mas é claro que<br />

estou muito mais exposta agora do que já<br />

estive com qualquer<br />

personagem”, admite.<br />

O primeiro cliente de<br />

Bebel na história é um<br />

gringo. Cena típica do<br />

turismo sexual, “vendido”<br />

com as paisagens<br />

cariocas fora do<br />

país. “O Gilberto costuma<br />

colocar uma lente<br />

macro em cima dos<br />

problemas que a gente<br />

enfrenta no Brasil e<br />

finge fechar os olhos.<br />

É bom dar uma sacudida<br />

na opinião pública”,<br />

opina. Ainda na<br />

história, a prostituta<br />

se envolve com Jáder,<br />

seu próprio cafetão.<br />

“A história deles é química<br />

pura. Rola um encantamento<br />

inicial, mas aos poucos ambos<br />

percebem que a relação não tem futuro”,<br />

adianta.<br />

Camila jamais viveu uma prostituta na<br />

carreira, que já dura 14 anos. Mas nunca<br />

teve, como tantas outras atrizes, o objetivo<br />

de interpretar uma delas. “Toda atriz<br />

deseja um papel com nuanças que a desloquem<br />

do seu lugar e da identificação das<br />

pessoas. A Bebel é um prato cheio para<br />

mim, que tenho essa imagem de boa moça.<br />

O desejo de quebrar com a minha imagem<br />

é permanente. Vai acontecer com Bebel e<br />

espero que com outros personagens”,<br />

descreve. A julgar pelas primeiras cenas<br />

de Camila na novela, a boa moça está de<br />

férias em algum lugar paradisíaco.<br />

"Toda "Toda atriz atriz deseja<br />

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