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As leis de Kepler sob o ponto de vista de Newton - Departamento de ...

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INTRODUÇÃO<br />

Este trabalho é o resultado <strong>de</strong> uma ampla pesquisa <strong>sob</strong>re um fato que marcou época no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das idéias científicas. <strong>As</strong> pesquisas que levaram <strong>Kepler</strong> a <strong>de</strong>scobrir e<br />

explicar o movimento dos planetas no espaço e que consumiram praticamente toda a sua<br />

vida. Ele viveu em uma época em que as idéias ainda eram <strong>de</strong>fendidas por interesses<br />

religiosos e suas gran<strong>de</strong>s dúvidas esbarravam em tais preceitos, o que o levou a viver, na<br />

época <strong>de</strong> seus estudos, no seminário, um gran<strong>de</strong> conflito <strong>de</strong> consciência e medo. Porém,<br />

Deus tornou-se para ele mais que uma fúria divina, objeto <strong>de</strong> súplicas. O Deus <strong>de</strong> <strong>Kepler</strong><br />

era o po<strong>de</strong>r criador do Cosmo. A sua curiosida<strong>de</strong> conquistou o medo; <strong>de</strong>sejou ar<strong>de</strong>ntemente<br />

conhecer universo.<br />

O gran<strong>de</strong> cientista e pesquisador Johannes <strong>Kepler</strong> acreditou que se vivêssemos em um<br />

planeta on<strong>de</strong> nada jamais mudasse, haveria pouca coisa a se fazer. Não haveria nada a ser<br />

calculado e nenhum ímpeto para a ciência. Por outro lado, se vivêssemos num mundo on<strong>de</strong><br />

as coisas mudassem <strong>de</strong> maneira imprevisível e complexa, não seríamos capazes <strong>de</strong> calcular<br />

nada; também assim não haveria ciências. Porém, vivemos num universo on<strong>de</strong> as coisas<br />

acontecem e mudam <strong>de</strong> acordo com padrões, regras que po<strong>de</strong>mos chamar <strong>de</strong> <strong>leis</strong> da<br />

natureza, por isso, po<strong>de</strong>mos fazer ciências e com ela melhorar nossas vidas.<br />

Há muito, a humanida<strong>de</strong> vem tentando enten<strong>de</strong>r o que acontece ou como acontece com o<br />

movimento dos astros no céu. Isso se <strong>de</strong>ve, provavelmente pela influência que os<br />

fenômenos celestes exerciam <strong>sob</strong>re a vida dos povos mais antigos. <strong>As</strong>sim, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

estabelecer a época do plantio e colheita e sua relação com a posição do Sol, da Lua e das<br />

estrelas, levou os astrônomos da Antiguida<strong>de</strong> a coletar um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> dados <strong>sob</strong>re<br />

os movimentos dos astros. Várias tentativas <strong>de</strong> criar um sistema que explicasse os<br />

fenômenos observados foram criadas. Dentre elas po<strong>de</strong>mos citar O Mo<strong>de</strong>lo dos Gregos, no<br />

qual a Terra era situada no centro do Universo (teoria geocêntrica) e os planetas, bem como<br />

o Sol, a lua e as estrelas, estariam incrustados em esferas que giravam em torno da Terra.<br />

Outro mo<strong>de</strong>lo criado foi o Sistema <strong>de</strong> Ptolomeu gran<strong>de</strong> sábio que viveu em Alexandria, no<br />

século II <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Cristo. Neste mo<strong>de</strong>lo, os planetas moviam-se em círculos, cujos centros<br />

giravam em torno da Terra. Tais mo<strong>de</strong>los perduraram durante 13 séculos, pois eram bem<br />

aceitos pela igreja. Porém, sofreu sucessivas modificações para adaptá-lo às observações<br />

que foram se acumulando durante este longo período, e que acabaram por tornar-lo também<br />

muito complicado. No século XVI, pouco antes do nascimento <strong>de</strong> <strong>Kepler</strong>, Nicolau<br />

Copérnico apresentou um mo<strong>de</strong>lo mais simples para substituir o sistema <strong>de</strong> Ptolomeu. Nele,<br />

o Sol estaria em repouso e os planetas, inclusive a Terra, girariam em torno <strong>de</strong>le em órbitas<br />

circulares (teoria heliocêntrica). Era uma visão completamente nova do Universo. Foi neste<br />

mo<strong>de</strong>lo que <strong>Kepler</strong> encontrou as informações que foram obtidas pelas observações <strong>de</strong><br />

Tycho Brahe e <strong>de</strong>le própria, mas não conseguiu encaixar nele os dados obtidos. Foi dai que<br />

nasceu <strong>de</strong> forma empírica suas três gran<strong>de</strong>s Leis do Movimento Planetário que serão<br />

<strong>de</strong>monstradas neste trabalho, utilizando os princípios básicos do Cálculo Diferencial e<br />

Integral.<br />

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