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Apostila de Eletrotc..

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Inicialmente os campos B e H são nulos. Quando injetamos uma corrente " i ", cria-se<br />

um campo H e esse campo, orientando alguns dos domínios do material, faz com que<br />

apareça um campo B. Conforme vamos aumentando H, B vai aumentado até que todos<br />

as domínios sejam orientados, quando o material estará então saturado (ponto Pi).<br />

P1, P2 = pontos <strong>de</strong> saturação;<br />

Br, -Br = indução residual ou remanescente;<br />

Hc, -Hc = campo coercitivo.<br />

A partir daí, se começarmos a diminuir o campo<br />

H (diminuindo o valor da corrente), a indução<br />

irá também diminuir. No entanto, quando<br />

H chega a zero, existirá ainda um certo valor<br />

<strong>de</strong> indução chamado <strong>de</strong> indução residual (Br).<br />

Esta indução residual <strong>de</strong>ve-se ao fato <strong>de</strong> que<br />

Fig. 137<br />

após cessado o efeito <strong>de</strong> H, alguns domínios<br />

permanecem orientados.<br />

Para eliminar a indução residual, é necessário aplicar um campo em sentido contrário<br />

(invertendo o sentido da corrente). A esse valor <strong>de</strong> campo necessário para eliminar a<br />

indução residual, chamamos <strong>de</strong> "campo coercitivo".<br />

Estamos agora novamente com B = 0, mas às custas <strong>de</strong> um campo -Hc. Se continuarmos<br />

a aumentar o campo H (negativamente) a indução irá aumentar, agora em sentido<br />

contrário, até o material saturar novamente.<br />

Trazendo o campo H a zero novamente, teremos agora um valor <strong>de</strong> indução residual -<br />

Br.<br />

Novamente é necessário aplicar um campo em sentido contrário (agora positivo) para<br />

levar Br até zero. Aumentando H, o material chega <strong>de</strong> novo ao ponto <strong>de</strong> saturação P1,<br />

completando o chamado ciclo <strong>de</strong> Histerese.<br />

Os fenômenos da histerese magnética <strong>de</strong>vem ser interpretados como conseqüência<br />

da inércia e dos atritos a que os domínios estão sujeitos. Isto justifica o fato <strong>de</strong> um<br />

núcleo submetido a diversos ciclos da histerese, sofrer um aquecimento.<br />

Este aquecimento representa para um equipamento uma perda <strong>de</strong> energia. Esta perda<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da metalurgia do material <strong>de</strong> que é feito o núcleo, (particularmente da percentagem<br />

<strong>de</strong> silício), da freqüência, da espessura do material em um plano normal ao<br />

campo e da indução magnética máxima. Resumindo, po<strong>de</strong>mos dizer que a perda por<br />

histerese é proporcional à área do ciclo <strong>de</strong> histerese.<br />

Do exposto, subenten<strong>de</strong>-se que os aparelhos elétricos <strong>de</strong> corrente alternada, cujos<br />

núcleos ficam sujeitos à variações <strong>de</strong> campo magnético, ficam expostos a um número<br />

<strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong> histerese por segundo igual à freqüência da tensão aplicada.<br />

Por esse motivo, seus núcleos <strong>de</strong>vem ser feitos com material <strong>de</strong> estreito ciclo <strong>de</strong> histerese<br />

para que as perdas sejam as menores possíveis.<br />

Por outro lado, os materiais com largo ciclo <strong>de</strong> histerese tem gran<strong>de</strong> aplicação na confecção<br />

<strong>de</strong> imãs permanentes por apresentarem alta indução residual.<br />

SENAI/SC<br />

Eletrotécnica<br />

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