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Parteiras tradicionais do Amapá - FGV-Eaesp - Fundação Getulio ...

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Inclusive este relatório<br />

informa a participação<br />

da primeira-dama <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> em<br />

vários encontros<br />

internacionais, a convite<br />

das entidades, para<br />

falar <strong>do</strong> referi<strong>do</strong><br />

programa. A<br />

participação ocorreu em<br />

vários países, tais como:<br />

em 1996, na Alemanha,<br />

cujo resulta<strong>do</strong> deu<br />

origem ao livro<br />

“Amazônia em Debate”<br />

(Desenvolvimento<br />

Sustentável no <strong>Amapá</strong><br />

como alternativa); 1996,<br />

em Genebra (na sede<br />

das Nações Unidas);<br />

1997, em Bruxelas;<br />

1997, em Dussel<strong>do</strong>rf e<br />

em Bonn/Alemanha;<br />

1997, em Tepozitlán/<br />

México; 1998, em<br />

Bruxelas, entre outros.<br />

4 A entrevista realizada com a dirigente da Coordena<strong>do</strong>ria, Deputada Janete<br />

Capiberibe, foi importante para caracterizar o contexto <strong>do</strong> projeto.<br />

Em 1995, ao assumir a Coordena<strong>do</strong>ria de Articulação, a gestão a<strong>do</strong>tou<br />

uma iniciativa para incorporar a participação e formação de consciência<br />

de cidadania, voltada para o resgate e regularização da prática de realizar<br />

partos no estilo tradicional. O público-alvo dessa iniciativa consiste<br />

em uma categoria até então desconhecida e desprezada pelo poder público,<br />

sem receber nenhum reconhecimento e apoio à sua profissão: as parteiras<br />

<strong>tradicionais</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong>. Os desafios iniciais eram grandes e exigiram<br />

uma pesquisa de campo nos 16 municípios que o esta<strong>do</strong> possui, para a<br />

realização de um censo geral de parteiras, levantan<strong>do</strong> suas condições sócio-econômicas<br />

e alguns detalhes sobre o trabalho que realizavam. Essa<br />

pesquisa inicial resultou no conhecimento de 200 parteiras, moran<strong>do</strong> nos<br />

diversos municípios <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong>, em lugares de difícil acesso<br />

devi<strong>do</strong> à localização geográfica, peculiar da Amazônia.<br />

A fase seguinte processou-se através de um planejamento participativo,<br />

onde a Coordena<strong>do</strong>ria de Articulação e a Secretaria de Trabalho e Cidadania,<br />

em conjunto com as parteiras, convocadas através da rádio local,<br />

passaram a discutir a implantação <strong>do</strong> projeto. Foram feitas reuniões no<br />

Palácio <strong>do</strong> Governo, sempre em clima de dinâmica e descontração, que<br />

resultou, por exemplo, no conhecimento de algumas necessidades e anseios<br />

das parteiras, tais como: 1) reconhecimento da profissão; 2) participação<br />

em cursos de capacitação, que fornecessem certifica<strong>do</strong>s; 3) “kit” com instrumentos<br />

e materiais de parteira; 4) salário mensal, entre outros.<br />

Para que os anseios das parteiras fossem atendi<strong>do</strong>s, os gestores <strong>do</strong><br />

projeto acharam necessário a sua organização, na comunidade local e<br />

no esta<strong>do</strong>. Assim, surgiram as associações em cada município, que<br />

deram origem à rede de parteiras <strong>tradicionais</strong> “Mãe Luzia”. Essa estratégia<br />

de implantação culminou com o estabelecimento de parcerias<br />

entre o poder público, a sociedade civil, ONG e UNICEF. O trabalho<br />

foi sen<strong>do</strong> implanta<strong>do</strong> gradativamente, o que possibilitou avanços<br />

com a ampliação <strong>do</strong> grau de participação das parteiras nos municípios.<br />

Atualmente o projeto totaliza 600 parteiras.<br />

Hoje, o Projeto <strong>Parteiras</strong> Tradicionais <strong>do</strong> <strong>Amapá</strong> é conheci<strong>do</strong> internacionalmente,<br />

sen<strong>do</strong> que esse esta<strong>do</strong> sediou, recentemente, o I Encon-

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