Guia de Estudos - Faap
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<strong>Guia</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> / Study Gui<strong>de</strong> / <strong>Guia</strong> <strong>de</strong> Estudios<br />
tinham o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> impor condições <strong>de</strong> trabalho opressivo.<br />
Uma vez sem os seus direitos, por medo <strong>de</strong> queixar<br />
e per<strong>de</strong>r os seus empregos, a maioria <strong>de</strong>stes trabalhadores<br />
suportaram a exploração <strong>de</strong> trabalho.<br />
Para citar alguns exemplos, foram entrevistados alguns<br />
trabalhadores <strong>de</strong> Bangla<strong>de</strong>sh que eram forçados a<br />
trabalhar <strong>de</strong> <strong>de</strong>z a doze horas por dia e, às vezes, durante<br />
toda a noite. Eles faziam reparações nas canalizações<br />
<strong>de</strong> água subterrânea para o município <strong>de</strong> Tabuk, a maioria<br />
não recebia pagamento por horas extras trabalhadas.<br />
Os trabalhadores não tiveram seus salários pagos<br />
durante dois meses e tiveram que pedir dinheiro emprestado<br />
para comprar comida. Um imigrante das Filipinas<br />
disse que trabalhou <strong>de</strong>zesseis horas por dia em um<br />
restaurante em Hofuf. O empregador <strong>de</strong> um imigrante<br />
<strong>de</strong> Bangla<strong>de</strong>sh, que trabalhava como açougueiro em<br />
Damman, forçou-o a <strong>de</strong>ixar o reino com seis meses <strong>de</strong><br />
seu salário não pago.<br />
O Human Rights Watch cita em seus relatórios que<br />
espera que oficiais dos países do GCC abram as portas<br />
para mais pesquisas feitas tanto pela organização quanto<br />
por outros grupos que lidam com os direitos humanos.<br />
PONDERAÇÕES<br />
Depois <strong>de</strong> apresentarmos o contexto histórico<br />
e a <strong>de</strong>finição do problema, <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>stacar alguns<br />
pontos indispensáveis para o painel <strong>de</strong> discussão sobre<br />
o Direito dos Trabalhadores Imigrantes no Conselho <strong>de</strong><br />
Cooperação do Golfo.<br />
• Um diálogo entre os países remetentes e os receptores<br />
<strong>de</strong>ve ser realizado <strong>de</strong> forma clara e sensata;<br />
• a resolução final não <strong>de</strong>ve necessariamente cri<br />
ticar os países do GCC. Está longe <strong>de</strong> ser o único acusado<br />
<strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> trabalhadores imigrantes. Porém é<br />
<strong>de</strong> on<strong>de</strong> o problema <strong>de</strong>ve começar a ser atacado, para<br />
que as medidas que o comitê venha a colocar em pauta<br />
possam se espalhar para outras regiões on<strong>de</strong> violações<br />
similares aos direitos humanos ocorrem;<br />
• a resolução <strong>de</strong>ve tratar da violação dos direitos à<br />
vida que é constantemente verificado por meio dos embates<br />
pela soberania da região, ocasionando mortes e<br />
sofrimentos para os imigrantes que habitam a região;<br />
• os <strong>de</strong>legados <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar a situação nos países<br />
on<strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> proteção tenham sido colocadas<br />
em práticas com sucesso;<br />
• como um representante da comunida<strong>de</strong> internacional<br />
você <strong>de</strong>ve estar preocupado em criar maneiras <strong>de</strong><br />
prover a estas pessoas segurança contra a exploração;<br />
• as nações que estão diretamente envolvidas no caso<br />
são as nações da região do GCC, por isso <strong>de</strong>vem ter papel<br />
ativo nas discussões.<br />
• para as nações que não estão diretamente envolvidas:<br />
pesquise sobre suas políticas <strong>de</strong> imigração e tenha<br />
algumas soluções em mente (ou em seus documentos<br />
<strong>de</strong> posição) para que seu país possa contribuir na discussão.<br />
Você será um dos seguintes grupos <strong>de</strong> países:<br />
1) um receptor <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhadores<br />
imigrantes protegendo os interesses econômicos<br />
<strong>de</strong> seus países;<br />
2) um “gran<strong>de</strong>” remetente <strong>de</strong> trabalhadores imigrantes;<br />
3) nenhuma das opções anteriores: neste caso você<br />
<strong>de</strong>ve pensar por que seu país não tem este problema, e<br />
em maneiras para influenciar os países envolvidos pelo<br />
seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> emprego.<br />
REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
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1963.<br />
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ed., rev. e atual. São Paulo: Editora Saraiva, 2008<br />
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