Guia de Estudos - Faap
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<strong>Guia</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> / Study Gui<strong>de</strong> / <strong>Guia</strong> <strong>de</strong> Estudios<br />
obrigações em direitos humanos, seu mandato po<strong>de</strong><br />
ser suspenso com dois terços dos votos dos Estados-<br />
-membros da Assembleia Geral.<br />
O Conselho atua junto a outros organismos que<br />
trabalham em prol da preservação dos direitos humanos<br />
no mundo. Como exemplo, po<strong>de</strong>mos citar o Alto<br />
Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos,<br />
Alto Comissariado das Nações Unidas para os<br />
Refugiados (ACNUR), Organização das Nações Unidas<br />
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Programa<br />
das Nações Unidas para o Desenvolvimento e<br />
a Corte Internacional <strong>de</strong> Justiça (CIJ).<br />
HISTóRICO DO TEMA<br />
Os países do Conselho <strong>de</strong> Cooperação do Golfo<br />
(GCC) possuem características comuns em suas leis<br />
trabalhistas, entretanto, elas variam entre os membros<br />
em termos <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> aplicação e <strong>de</strong> severida<strong>de</strong>.<br />
“Leis nos países membros do GCC são baseadas<br />
fundamentalmente nos princípios da sharia e as<br />
leis trabalhistas não diferem disso.” Migrantes trabalhadores<br />
po<strong>de</strong>m ser empregados somente <strong>de</strong>ntro das<br />
leis trabalhistas, que não consi<strong>de</strong>ram trabalhadores<br />
domésticos e rurais.<br />
Uma análise <strong>de</strong>talhada das leis e regras dos países<br />
membros do GCC po<strong>de</strong> expor os princípios <strong>de</strong> sua<br />
abordagem em relação aos trabalhadores imigrantes.<br />
Algumas leis aparentam ser simples e diretas, mas<br />
po<strong>de</strong>m ser ferramentas abusivas nas mãos do contratante<br />
que as executa. Combinação <strong>de</strong> leis repressivas,<br />
e oficiais ten<strong>de</strong>nciosos que as aplicam, faz a vida dos<br />
imigrantes trabalhadores similares àquela <strong>de</strong> “trabalho<br />
forçado”. O contrato dos imigrantes trabalhadores<br />
os impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> procurar outro emprego no país ou nos<br />
<strong>de</strong>mais países membros, para isso, é necessária uma<br />
permissão específica ou liberação por parte do “patrocinador”<br />
(ou contratante). Transferência <strong>de</strong> patrocínio<br />
é geralmente restrita a categorias específicas <strong>de</strong> profissionais,<br />
e a maioria da força <strong>de</strong> trabalho imigrante<br />
nos países membros do GCC não entra em nenhuma<br />
das categorias isentas.<br />
Um exemplo <strong>de</strong> abertura para se conseguir mudar<br />
<strong>de</strong> emprego se encontra nas leis trabalhistas dos<br />
Emirados Árabes. Lá, um empregador, empregado ou<br />
beneficiário <strong>de</strong>scontentes, po<strong>de</strong> enviar uma aplicação<br />
escrita para o <strong>de</strong>partamento trabalhista competen-<br />
Fonte: http://www.gccsg.org/eng/in<strong>de</strong>x.php<br />
te, a fim <strong>de</strong> resolver a questão proveniente do emprego.<br />
Logo, o Ministério do Trabalho chamará ambos os lados<br />
da disputa e tomará a <strong>de</strong>cisão que julgar necessária para<br />
resolvê-la <strong>de</strong> maneira amigável, caso contrário, a disputa<br />
será encaminhada para o tribunal competente conforme<br />
indicação <strong>de</strong> um memorando contendo um sumário da<br />
disputa, o argumento <strong>de</strong> ambos os lados e os comentários<br />
do Ministério. Po<strong>de</strong> <strong>de</strong>morar alguns meses para que o<br />
assunto seja resolvido pelo tribunal <strong>de</strong> primeira instância,<br />
e este atraso po<strong>de</strong> ser crucial para os empregados, uma<br />
vez que estes estarão permanecendo no país sem salário<br />
e acumulando <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> subsistência diárias. Empregados<br />
são isentos <strong>de</strong> uma taxa paga ao tribunal, entretanto,<br />
esse privilégio é negado se o tribunal or<strong>de</strong>nar que<br />
o empregado <strong>de</strong>va pagar tudo ou parte das <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>vido<br />
à não admissão ou <strong>de</strong>stituição do caso.<br />
Os trabalhadores imigrantes também enfrentam um<br />
número <strong>de</strong> restrições sistemáticas quando entram com<br />
uma queixa contra seu contratante. Primeiro, o empregado<br />
arrisca seu emprego, porque o contratante po<strong>de</strong> não<br />
reter um empregado que questiona suas ações, segundo,<br />
é extremamente difícil conseguir uma “permissão temporária”<br />
para que seja possível procurar um novo emprego.<br />
Não há garantia <strong>de</strong> que os fóruns providos para o acordo<br />
da disputa sejam livres <strong>de</strong> arbitrarieda<strong>de</strong> e preconceito.<br />
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