Guia de Estudos - Faap

áreas outrora congeladas diminuíram.
PANORAMA DE POLíTICAS GLOBAIS
África
A África é um dos países que menos emite gases de
efeito estufa. A África poderia ser considerada a região
mais limpa e pura do planeta, entretanto não é o que
acontece, pois toda a região africana recebe uma elevada
quantia de poluição oriunda principalmente da
Europa e da América do Sul. As emissões na Europa,
por ser o continente vizinho, acabam afetando o ar da
África, e a América do Sul manda seus poluentes através
do fenômeno conhecido como “El Niño”. O continente
africano é responsável por, aproximadamente,
3,5% das emissões globais de gases de efeito estufa.
Para conter o avanço da poluição, muitos países
prepararam planos individuais de ação ambiental
ou estratégias para um desenvolvimento sustentável,
além de muitos terem ratificado o Protocolo de
Quioto. A África poderá ser o maior beneficiador dos
mecanismos de cooperação internacional propostos
pelo protocolo, pois tem grandes áreas florestais, que
poderão servir de base de troca para sumidouros de
carbono.
Ásia e Pacifico
A Ásia e o Pacifico sofrem com a rápida degradação
do ar, devido à degradação da camada de ozônio e às
mudanças climáticas. As cidades onde há densidade
demográfica elevada estão entre as mais poluidoras
do mundo, levando os países a criar padrões próprios
para monitoramento da qualidade do ar e emissão de
gases do efeito estufa 2 .
A preocupação em preservar o meio ambiente
nessa região vem desde 1980 e se intensificou na
década de 1990, com a criação de diversos instrumentos
de redução da poluição, o que veio unir forças para
combater os problemas ambientais mais urgentes,
como a emissão de gás carbônico. Contudo, toda essa
iniciativa não foi muito eficaz para conter o avanço da
degradação do ar, uma vez que o crescimento do consumo
de energia e a dependência de combustíveis
com alta concentração de carbono foi muito maior
devido a suas necessidades de se desenvolver.
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VII Fórum FAAP de Discussão Estudantil - 2011
Tal crescimento acelerado culminou em um aumento
de doenças respiratórias em diversas regiões, principalmente
nas áreas rurais ou montanhosas.
Outro grande agravante da Ásia é a constante
presença de chuvas ácidas. A China e a Índia têm uma
enorme necessidade de usar a queima de carvão, que é
considerado o principal fator para a formação da chuva
ácida. De acordo com alguns levantamentos florestas foram
devastados pelas chuvas na China, além de uma estimativa
de aumento significativo de emissão de dióxido
de enxofre (SO2).
Muitos órgãos de proteção ambiental da ONU estão
promovendo projetos para ajudar os países da região a
avaliar seus níveis de emissão e elaborar estratégias para
reduzi-los.
Europa
A Europa influencia bastante no combate à poluição
e à degradação do meio ambiente. No ano de 1979 foi
realizada uma conferência entre os países europeus com
o objetivo de conter as emissões de substâncias nocivas
ao meio ambiente. Os principais responsáveis pela poluição
atmosférica na Europa Ocidental têm sido os setores
de energia, transporte, indústria, agricultura, bem como o
uso de solventes e armazenagem e distribuição de combustíveis
fósseis. A maioria dos países da Europa Central e
Leste Europeu têm como principais poluidores os setores
de energia elétrica e indústrias pesadas e, nos centros urbanos,
considera-se o setor de transportes.
América Latina e Caribe
Aproximadamente três quartos da população da
América Latina e Caribe vivem em grandes cidades, como
São Paulo e Rio de Janeiro, no Brasil; Buenos Aires, na Argentina;
e Cidade do México, no México. Cada uma delas
com mais de dez milhões de habitantes. O crescimento
econômico desses centros urbanos tem causado o aumento
da poluição atmosférica com grandes impactos
à saúde de toda a vida animal. Outro grande problema
vivido nesta região é o desmatamento em grandes áreas
florestais, a Bacia Amazônica é um dos grandes exemplos.
O desmatamento, o aumento das áreas industriais e a pecuária
(atividade significativa na Argentina, no Chile e no
Uruguai) também resulta em uma enorme emissão regional
de metano (cerca de 9,3 % do total mundial).