Guia de Estudos - Faap
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<strong>Guia</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> / Study Gui<strong>de</strong> / <strong>Guia</strong> <strong>de</strong> Estudios<br />
Figura 1 – Emissão <strong>de</strong> gás carbônico por milhões <strong>de</strong><br />
toneladas.<br />
Na COP 3, em 1997, <strong>de</strong>finiu-se que, entre os anos <strong>de</strong><br />
2008 e 2012, os países mais industrializados estavam<br />
obrigados a diminuir seu volume na emissão <strong>de</strong> gases<br />
em 5,2% com relação aos níveis <strong>de</strong> 1990. Todavia, tais<br />
metas <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser cumpridas por muitos países, lista<br />
essa li<strong>de</strong>rada pelos EUA - que ocupavam o lugar <strong>de</strong><br />
maior emissor na época por não querer comprometer<br />
assim sua economia.<br />
O Protocolo foi elaborado para que uma redução na<br />
emissão <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbono na Terra acontecesse <strong>de</strong><br />
uma forma igualitária e proporcional, seguindo o princípio<br />
das responsabilida<strong>de</strong>s comuns, porém diferenciadas.<br />
Assim, caso um país seja <strong>de</strong>smasiado gran<strong>de</strong>, ou<br />
seja, uma gran<strong>de</strong> potência, ele <strong>de</strong>ve reduzir mais as suas<br />
emissões (<strong>de</strong> acordo com o discutido entre os países ao<br />
fazer o Protocolo). Porém, o Protocolo não tem po<strong>de</strong>r<br />
legítimo para intervir na soberania <strong>de</strong> um Estado, e não<br />
é capaz <strong>de</strong> obrigar o Estado diretamente a cumprir com<br />
o seu <strong>de</strong>ver.<br />
Se o Estado assinar o Protocolo e se dispor a cumprir<br />
o acordo e não cumpri-lo, então os países signatarios<br />
po<strong>de</strong>rão cobrar <strong>de</strong>sse Estado falho, porém estes não<br />
po<strong>de</strong>m obrigar o país a cumprir interferindo na sua soberania,<br />
pois, se isso acontecer, haverá possivelmente<br />
uma <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> guerra. Sendo assim, aqueles países<br />
que apenas assinaram o documento, mas não o ratificaram,<br />
como foi o caso dos Estados Unidos, não seriam<br />
obrigados a seguir as <strong>de</strong>cisões estipuladas pelas <strong>de</strong>mais<br />
partes e, portanto, não po<strong>de</strong>riam ser cobrados pelos<br />
<strong>de</strong>mais Estados. Em se tratando <strong>de</strong> um documento que<br />
tenta estipular ações <strong>de</strong> gestão coletiva <strong>de</strong> um bem<br />
comum (nesse caso, a atmosfera terrestre), parte-se da<br />
i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que os Estados <strong>de</strong>veriam assumir esse arranjo<br />
cooperativo porque ele é a melhor maneira para lidar<br />
com situações que têm implicações no mundo como<br />
um todo. O Protocolo entrou em vigor há seis anos, em<br />
16 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2005. Com o Protocolo vigorando,<br />
além <strong>de</strong> se criar um fundo anual para as nações em <strong>de</strong>senvolvimento<br />
se adaptarem, o carbono também passou<br />
a ser visto como possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> moeda <strong>de</strong> troca.<br />
O Protocolo estipula a criação <strong>de</strong> um fundo anual <strong>de</strong><br />
quase US$ 500 milhões, (...) para facilitar a adaptação das<br />
nações pobres às exigências do Protocolo; também <strong>de</strong>termina<br />
regras para a compra e venda <strong>de</strong> créditos obtidos por<br />
cortes nas emissões <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbono (...).<br />
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA<br />
As mudanças no clima <strong>de</strong>rivam <strong>de</strong> fatores internos<br />
e externos, sendo os primeiros os que dizem respeito<br />
à organicida<strong>de</strong> da natureza, enquanto os outros <strong>de</strong>rivam<br />
<strong>de</strong> resultados naturais ou foram produzidos pela<br />
ação do homem. Um exemplo da organicida<strong>de</strong> da natureza<br />
é a temperatura interna do Sol: nos últimos anos<br />
constatou-se um aumento constante da temperatura e<br />
nada po<strong>de</strong> ser feito quanto a isso. Nos últimos 150 anos<br />
observou-se que a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa<br />
concentrados na atmosfera aumentou. Entretanto, é importante<br />
<strong>de</strong>smistificar algumas questões referentes ao<br />
próprio efeito estufa.<br />
O efeito estufa é um fenômeno natural, sem o qual<br />
seria impossível a vida no planeta. É ele o responsável<br />
por manter o dióxido <strong>de</strong> carbono e outros gases na atmosfera<br />
<strong>de</strong> forma a manter a temperatura constante. A<br />
gran<strong>de</strong> questão envolvendo o efeito estufa diz respeito<br />
ao espessamento da camada <strong>de</strong> ozônio por conta do<br />
acúmulo <strong>de</strong> gases na atmosfera: o acúmulo <strong>de</strong> gases<br />
impe<strong>de</strong> que parte da radiação solar volte ao espaço<br />
após atingir a superfície do planeta. Assim, com a maior<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> radiação solar na superfície, a temperatura<br />
aumenta.<br />
Por conta do aquecimento oriundo do efeito estufa,<br />
já é possível observar variações nas reservas energéticas<br />
dos países, alterações nos índices financeiros, novas<br />
modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comércio, <strong>de</strong>ntre outros fatores. O<br />
meio ambiente reflete as alterações no clima: o número<br />
<strong>de</strong> secas e áreas <strong>de</strong>sérticas aumentou, bem como as<br />
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