Guia de Estudos - Faap
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A UNFCCC se estrutura da seguinte forma:<br />
a) Órgão Subsidiário <strong>de</strong> Implementação:<br />
É o responsável pelas operações administrativas e<br />
financeiras da UNFCCC, além <strong>de</strong> analisar a metodologia<br />
utilizada pelos países para a mitigação das emissões <strong>de</strong><br />
gases <strong>de</strong> efeito estufa. As reuniões são bianuais.<br />
b) Órgão Subsidiário <strong>de</strong> Consulta Científica:<br />
Órgão que provê informações técnicas à Conferência<br />
das Partes e às <strong>de</strong>mais reuniões referentes às mudanças<br />
climáticas, bem como indica novas tecnologias disponíveis.<br />
As reuniões também são bianuais.<br />
c) Conferência das Partes:<br />
A Conferência das Partes, ou COP, é a reunião mais<br />
importante da UNFCCC. Ela acontece anualmente e tem<br />
duração <strong>de</strong> duas semanas. É o momento mais importante<br />
da Convenção-Quadro quando os Estados, a comunida<strong>de</strong><br />
científica e a socieda<strong>de</strong> civil se reúnem para<br />
discutir a evolução do tratamento internacional para as<br />
mudanças climáticas. A Conferência é responsável por<br />
estabelecer as metas e <strong>de</strong>cisões acordadas pelos Estados<br />
que são partes da Convenção-Quadro.<br />
Dessa forma po<strong>de</strong>mos perceber que os Estados, atualmente,<br />
estão diante <strong>de</strong> uma questão que recorrentemente<br />
é <strong>de</strong>batida, mas, mesmo contando com todo o<br />
aparato institucional citado anteriormente, sob os auspícios<br />
da ONU, ainda não atingem um <strong>de</strong>nominador<br />
comum. Mesmo sabendo-se da urgência do tema, e<br />
do pouco tempo disponível para reparar os erros ou se<br />
adaptar às mudanças, existe a busca contínua por novos<br />
instrumentos que aju<strong>de</strong>m a retardar esse processo<br />
<strong>de</strong> rápido aquecimento global, porém tentar mensurar<br />
os impactos que essas gran<strong>de</strong>s emissões fizeram no<br />
meio ambiente ainda não é possível.<br />
HISTóRICO DO COMITê<br />
A Conferência das Partes é realizada anualmente,<br />
tendo como principal objetivo monitorar os progressos<br />
obtidos e revisar as medidas tomadas para reduzir a<br />
emissão global <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa (GEE), buscando<br />
garantir o cumprimento do objetivo da Convenção-<br />
-Quadro, que é limitar e reduzir a emissão <strong>de</strong> gases <strong>de</strong><br />
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VII Fórum FAAP <strong>de</strong> Discussão Estudantil - 2011<br />
efeito estufa para que não ocorra uma interferência antrópica<br />
capaz <strong>de</strong> alterar os padrões climáticos mundiais.<br />
As três primeiras COPs se concentraram na tentativa <strong>de</strong><br />
estabelecer um regime internacional <strong>de</strong> mudanças climáticas,<br />
fato que foi <strong>de</strong>finitivamente alcançado durante<br />
a terceira COPs, ocorrida em 1997, em Quioto (Japão),<br />
por meio da aprovação do Protocolo <strong>de</strong> Quioto. Nas<br />
três COPs subsequentes foram tratados temas <strong>de</strong> caráter<br />
mais técnico que facilitassem a implementação <strong>de</strong><br />
tal Protocolo.<br />
O Protocolo somente entrou em vigor graças à ratificação<br />
da Rússia em 1997, ele exigia que estivessem<br />
presentes no mínimo 55% dos países responsáveis pelo<br />
total <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> gases do efeito estufa, sendo assim<br />
os EUA era crucial para que o Protocolo fosse ratificado<br />
e entrasse em vigência, porém os EUA não o ratificou,<br />
permanecendo somente como signatário significando<br />
que reconhece a importância do tema e do documento.<br />
Mas assim se torna possível o vigor do protocolo em<br />
16 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2005 quando atingindo o mínimo <strong>de</strong><br />
55% requisitado com a inclusão da Rússia, mas sem um<br />
dos maiores poluidores, os EUA. Contudo, os EUA, para<br />
não ficar conhecido como o “antiambientalista”, propôs<br />
diminuir sua emissão <strong>de</strong> gás carbônico, porém na sua<br />
velocida<strong>de</strong>, sem ratificar nada e sem prejudicar sua economia.<br />
Durante a COP 7, em 2001, as negociações sobre o<br />
Protocolo <strong>de</strong> Quioto tornaram-se mais aplicáveis aos<br />
Estados, principalmente por conta <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões como limitar<br />
o uso <strong>de</strong> créditos <strong>de</strong> carbono gerados <strong>de</strong> projetos<br />
florestais do Mecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo<br />
(MDL), bem como o estabelecimento <strong>de</strong> padrões econômicos<br />
ao financiamento <strong>de</strong> tecnologias que visassem<br />
o auxílio aos países em <strong>de</strong>senvolvimento no que diz respeito<br />
a alterar suas matrizes produtivas. Todavia, ainda<br />
ficaram tópicos sem solução e, assim, na COP 8 assistiu-<br />
-se à a<strong>de</strong>são do setor privado e organizações não governamentais<br />
ao Protocolo <strong>de</strong> Quioto, e seguindo as ativida<strong>de</strong>s<br />
iniciadas na COP anterior houve apresentação <strong>de</strong><br />
projetos para a criação <strong>de</strong> mercados <strong>de</strong> carbono.<br />
Por sua vez, a COP 9 se concentrou no estabelecimento<br />
<strong>de</strong> regras para a condução <strong>de</strong> projetos referentes<br />
a reflorestamento, que, no caso, é uma das condições<br />
para a obtenção <strong>de</strong> créditos <strong>de</strong> carbono, assim como<br />
captura <strong>de</strong> gás em aterro sanitário, troca <strong>de</strong> combustível,<br />
etc. Já a COP 10 se preocupava com o fim do prazo<br />
estipulado para a obtenção dos resultados <strong>de</strong> Quioto.