Guia de Estudos - Faap
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<strong>Guia</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> / Study Gui<strong>de</strong> / <strong>Guia</strong> <strong>de</strong> Estudios<br />
O início dos ataques se dá em 2006, sendo outubro<br />
o mês mais conturbado, no qual <strong>de</strong>correram seguidas<br />
ações. Em março <strong>de</strong> 2007, o MEND organizou sequestros,<br />
entrou em conflito com as forças locais e causou<br />
gran<strong>de</strong>s prejuízos, principalmente às companhias<br />
Agip e Chevron. No mês <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2008, a Exxon Mobil<br />
sofreu uma gran<strong>de</strong> greve por <strong>de</strong>corrência dos ataques<br />
do MEND a um duto, o qual prejudicou a produção<br />
da companhia, quase forçando a empresa a parar<br />
a produção.<br />
Em julho, o grupo realizou um ataque ao oleoduto<br />
<strong>de</strong> Makaraba, o qual teve por consequência a redução<br />
na produção petrolífera em 20 mil barris ao dia<br />
por parte da Chevron, empresa estrangeira cuja se<strong>de</strong><br />
encontra-se na Califórnia, Estados Unidos, e atuante<br />
em outros 27 países, incluindo a Nigéria. A resposta<br />
da companhia foi a <strong>de</strong> restringir a produção diária <strong>de</strong><br />
petróleo em aproximadamente 100 mil barris por dia<br />
visando amenizar os danos ao meio ambiente.<br />
Os ataques se intensificaram em setembro, mês<br />
em que o MEND <strong>de</strong>clara a “guerra do petróleo”, assim<br />
chamada pelo grupo por ter o petróleo como foco do<br />
conflito. Em 2009, o lí<strong>de</strong>r do MEND, Henry Okah, é preso<br />
em Angola e é constatado que graças aos ataques<br />
<strong>de</strong> seu grupo, a produção <strong>de</strong> petróleo bruto da Nigéria<br />
caiu um terço, estando nos 1,8 milhões <strong>de</strong> barris<br />
por dia.<br />
Em 2010 os ataques diminuíram, mas não cessaram.<br />
O último noticiado ocorreu no dia 1º <strong>de</strong> outubro,<br />
Dia da In<strong>de</strong>pendência da Nigéria, quando uma bomba<br />
explodiu causando gran<strong>de</strong>s estragos e o total <strong>de</strong><br />
8 pessoas mortas. Caso a crise petrolífera não tivesse<br />
afetado a Nigéria, com atrasos na produção causados<br />
por ataques, neste ano, o país po<strong>de</strong>ria atingir a meta<br />
do governo com uma produção <strong>de</strong> 4 milhões <strong>de</strong> barris<br />
por dia.<br />
Outro problema que o país enfrenta são os constantes<br />
vazamentos <strong>de</strong> petróleo no Delta do Níger, um<br />
dos lugares mais maltratados do mundo pela exploração<br />
<strong>de</strong> petróleo. Muitas vezes <strong>de</strong>ixado a vazar por<br />
meses, o petróleo acaba por extinguir toda forma <strong>de</strong><br />
vida presente no lugar, causando manchas negras na<br />
água e gran<strong>de</strong> piora na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população<br />
local. O <strong>de</strong>sastre ecológico <strong>de</strong>sequilibrou a economia<br />
interna, antes autossuficiente e que hoje importa<br />
a maior parte <strong>de</strong> seus alimentos. Causou também um<br />
aumento no <strong>de</strong>semprego, o que fez com que o êxodo<br />
para outros países se tornasse uma forma <strong>de</strong> controlar tal<br />
problema.<br />
A Nigéria, apesar <strong>de</strong> ter uma importante mercadoria<br />
em mãos, cobiçada em todo o mundo e a qual traz gran<strong>de</strong>s<br />
benefícios econômicos, não usufrui dos mesmos em<br />
sua totalida<strong>de</strong>. Assim, a maior parte dos nigerianos está<br />
sofrendo em vários âmbitos pela escolha do governo e<br />
pela fixação <strong>de</strong> uma economia baseada somente no petróleo.<br />
A população culpa a falta <strong>de</strong> manutenção das companhias<br />
exploradoras, e estas culpam os atos <strong>de</strong> sabotagem,<br />
alegando que ocasionalmente ocorrem tais vazamentos,<br />
em <strong>de</strong>corrência da corrosão dos pipelines (oleoduto, tubulações<br />
que levam o petróleo), dutos transportadores<br />
do óleo. A discussão engloba ambientalistas, empresas<br />
petrolíferas e as comunida<strong>de</strong>s regionais, fato que intensifica<br />
os conflitos na Nigéria.<br />
Lamentamos por eles, mas isto é o que está acontecendo conosco<br />
há 50 anos (...). A mídia internacional não nos dá cobertura,<br />
por isso ninguém se importa com o assunto (...). Nossos gritos<br />
não são ouvidos fora daqui.<br />
PANORAMA DE POLíTICAS GLOBAIS<br />
Bósnia-Herzegovina<br />
O país dá suma importância a uma cooperação entre<br />
as Nações Unidas e os Estados Unidos para a prevenção<br />
<strong>de</strong> conflitos e crises, e assim conseguir uma paz duradoura<br />
no continente africano. A Bósnia-Herzegovina manifesta<br />
o seu apoio total aos esforços dos Estados africanos na<br />
resolução <strong>de</strong> conflitos e na <strong>de</strong>fesa da paz e da segurança<br />
na região.<br />
O governo bósnio-herzegovino apoia a <strong>de</strong>cisão da<br />
União Africana <strong>de</strong> implementar importantes reformas<br />
<strong>de</strong>stinadas às áreas <strong>de</strong> orçamento, gestão financeira e<br />
prestação <strong>de</strong> contas. A <strong>de</strong>cisão da União Africana e os<br />
seus Estados para ampliar a base e a mobilização <strong>de</strong> recursos<br />
e em 12% <strong>de</strong> seu orçamento para o financiamento<br />
<strong>de</strong> paz no continente reflete o compromisso político para<br />
assumir a responsabilida<strong>de</strong> por operações <strong>de</strong> paz.<br />
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