Guia de Estudos - Faap
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Central e Oriente Médio. A concentração <strong>de</strong> pessoas<br />
pobres se encontra em maior número no Sul da Ásia<br />
exatamente por lá haver a maior porcentagem populacional<br />
do mundo, incluindo países como Índia,<br />
Paquistão e Indonésia. Há também uma porcentagem<br />
consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> pessoas no Leste Asiático, dado<br />
o exemplo da China, entretanto nesta região há um<br />
índice menor <strong>de</strong> pessoas que vivem com cerca <strong>de</strong><br />
um dólar por dia. É também no Sul da Ásia e na África<br />
Subsaariana que há o registro dos piores indicadores<br />
sociais do mundo, como por exemplo, expextativa <strong>de</strong><br />
vida, educação feminina, má nutrição infantil e mortalida<strong>de</strong><br />
infantil (indicadores sociais chaves).<br />
África Subsaariana<br />
Como já fora explanado, quase todas as pessoas<br />
pobres que vivem com menos <strong>de</strong> um dólar por dia<br />
estão concentradas no Sul e a maior incidência regional<br />
é verificada na África Subsaariana com 46% da<br />
população em estado crítico <strong>de</strong> sobrevivência (290,9<br />
milhões <strong>de</strong> pobres – pobreza absoluta registrada em<br />
1998).<br />
É importante notar que estes dados coletados<br />
pelo Banco Mundial não levaram em conta a diferença<br />
existente entre as próprias regiões. Ao utilizar as<br />
informações sobre pobreza nacional, verificou-se que<br />
a incidência da pobreza em Gana era <strong>de</strong> aproximadamente<br />
29%, já na Nigéria era <strong>de</strong> 65%. Realizando uma<br />
divisão mais minuciosa, através dos critérios nacionais,<br />
verificou-se que 10,8% da população (1998) representavam<br />
estado <strong>de</strong> pobreza relativa. As <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s<br />
também são expressas em gran<strong>de</strong>s proporções<br />
na África Subsaariana, principalmente em regiões<br />
mais prósperas como a África do Sul, na qual 10% da<br />
população, em 1998, <strong>de</strong>tinha 46% do total da renda.<br />
Segundo o Programa das Nações Unidas para o<br />
Desenvolvimento (2000), a África po<strong>de</strong> vir a ser um<br />
exemplo <strong>de</strong> que as condições em muito pioraram.<br />
Um fato ainda constrastante é que o número <strong>de</strong> pessoas<br />
pobres na África Subsaariana aumentou, <strong>de</strong>vido<br />
em gran<strong>de</strong> parte às guerras endêmicas e aos conflitos<br />
internos. Mais refugiados surgiram e pessoas <strong>de</strong>slocadas;<br />
ativida<strong>de</strong>s criminosas como o tráfico <strong>de</strong> drogas<br />
e prostituição ganharam espaço e se difundiram. Um<br />
outro exemplo prático <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira matança e<br />
negação <strong>de</strong> direitos fundamentais dos cidadãos diz<br />
respeito à disseminação da AIDS. Em 1999, 5 milhões<br />
42<br />
VII Fórum FAAP <strong>de</strong> Discussão Estudantil - 2011<br />
<strong>de</strong> pessoas foram infectadas com o HIV e mais <strong>de</strong> 20 milhões<br />
tiveram redução da expectativa <strong>de</strong> vida por causa<br />
<strong>de</strong>ssa doença.<br />
Oriente Médio<br />
Des<strong>de</strong> o fim da Segunda Guerra Mundial, a região do<br />
Oriente Médio tem enfrentado momentos <strong>de</strong> uma relativa<br />
paz armada e tolerância em meio a conflitos, como a<br />
Guerra do Golfo, Guerra do Iraque, a disputa árbe-israelense<br />
e o programa <strong>de</strong> enriquecimento <strong>de</strong> urânio iraniano.<br />
A gran<strong>de</strong> diferença da pobreza característica <strong>de</strong>sta região<br />
é que ela se distribui. Mencionando dados coletados<br />
em 2001 pelo Banco Mundial no ano <strong>de</strong> 1998, 10,8% da<br />
população se encontrava abaixo da linha da pobreza. Menos<br />
<strong>de</strong> 1% dos pobres do mundo estava concentrado no<br />
Oriente Médio e no Norte da África.<br />
Porém, o que ocorre nestas regiões é o mesmo caso<br />
da América Latina: gran<strong>de</strong> parte da população não se encontra<br />
na linha <strong>de</strong> porbreza extrema, mas sim da pobreza<br />
relativa. Nestes aspectos, a má distribuição <strong>de</strong> renda nos<br />
países da Améica Latina chega a ser um dos pontos centrais<br />
da continuida<strong>de</strong> da pobreza relativa. O petróleo é a<br />
máquina que impulsiona a região e <strong>de</strong> on<strong>de</strong> praticamente<br />
se origina a maior parte da renda. Juntamente com<br />
esta fonte <strong>de</strong> riqueza, há inúmeros conflitos internos e externos,<br />
nos quais a região está mergulhada, o que acaba<br />
por disseminar má qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e não cumprimento<br />
dos direitos básicos dos cidadãos, aqui se coloca principalmente<br />
o crime contra a vida.<br />
As projeções do Banco Mundial não são animadoras: o<br />
número <strong>de</strong> pobres só ten<strong>de</strong> a aumentar na região, apesar<br />
<strong>de</strong> haver uma quantida<strong>de</strong> menor <strong>de</strong> pobres se comparada<br />
com outras regiões do globo, os intensos conflitos e o<br />
aumento da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conflitos sociais em toda a região.<br />
A intervenção dos Estados Unidos vem dificultando<br />
ainda mais os embates, vi<strong>de</strong> as guerras do Afeganistão e<br />
Iraque e o apoio a Israel na luta pela Palestina.<br />
Leste Europeu e CEI<br />
Mesmo com poucas pessoas ganhando menos <strong>de</strong> dois<br />
dólares por dia na Europa, nos Estados Unidos e em outras<br />
nações industrializadas, a pobreza segue sendo consi<strong>de</strong>rada<br />
um problema. Nos Estados Unidos, por exemplo,