Guia de Estudos - Faap

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14.04.2013 Views

Guia de Estudos / Study Guide / Guia de Estudios e 2009, o aumento da pobreza na Costa Rica deu-se devido à deterioração distributiva, já em El Salvador a elevação da pobreza deu-se por conta da queda na renda média. Entre 2002 e 2009, verificou-se que a pobreza tem sofrido queda graças à combinação entre os efeitos “crescimento” e “distribuição”. Nos países em que a queda da pobreza foi de 7% ou mais, ambos os efeitos contribuíram para o resultado, 41% a 80% no caso do efeito crescimento e de 20% e 59%, o do efeito distribuição. TABELA 3 Fonte: CEPAL: Panorama Social da América Latina 2010: http://www.eclac.org/publicaciones/xml/9/41799/PSE-panoramasocial2010.pdf, p. 14. Muitos pesquisadores preferem utilizar a caracterização das linhas de probreza a partir de critérios nacionais, visto que desta forma demonstra-se a real verossimilhança da realidade daquele território. Em uma ânsia de se obter dados mais precisos, o Banco Mundial, através de um estudo realizado em 2001 sobre o ano de 1998, calculou a linha de pobreza relativa para países em desenvolvimento, ao estimar a proporção da população que ganha um terço ou menos da média nacional. 39

TABELA 4 Fonte: HALL, Anthony; MIDGLEY, James. Pobreza, desigualdade e desenvolvimento. In: CAMPOS, Taiane (org.): Desenvovimento, Desigualdade e Relações Internacionais. Minas Gerias: PUCMINAS, 2005, p. 95 Descobriu-se assim que em alguns lugares do globo a incidência de pobreza absoluta é comparativamente baixa, enquanto a pobreza relativa atinge números altíssimos, permanecendo um problema sério. Em 1998, mais da metade da população da América Latina encontrava-se abaixo da linha da pobreza relativa, porém a incidência da pobreza absoluta era de apenas 15,6%. Sendo assim, um dos piores desafios da América Latina, sem dúvida, é não apenas retirar pessoas da linha de pobreza, mas encontrar meios de criar ambientes propícios para sua inclusão e ainda melhores condições de vida, bem-estar e renumerações que condigam com a realidade dos países. É necessário criar maiores oportunidades de emprego e qualidade de vida para acabar com as brechas sociais. Como mencionou Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal, na Conferência sobre Investimento para o Emprego e para o Desenvolvimento na América Latina e Caribe, os investimentos externos se mostram como de extrema importância para que a região possa trilhar o caminho do desenvolvimento. 40 VII Fórum FAAP de Discussão Estudantil - 2011 Em 2009 o IED (Investimento Externo Direto) na região foi de 41%, aproximadamente 78.000 milhões de dólares, e a expectativa para 2010 é que ultrapasse os 100.000 milhões de dólares. Entretanto, apenas o IED não basta para alterar a estrutura produtiva dos países latino-americanos. A concentração de melhores produções em um número limitado de indústrias tem gerado uma grande heterogeneidade, aumentando assim a diferença entre as empresas maiores e as menores, assim como os níveis de salário entre os trabalhadores com maiores e menores capacitações profissionais. Para o alcance deste objetivo, a necessidade de integrar pequenas e médias empresas nas cadeias de valor de empresas transnacionais se mostra mais do que importante. A secretária-executiva ainda enfatiza a necessidade e relevância do papel do Estado como agente fundamental para assegurar a disposição de um ambiente macroeconômico e políticas públicas que incentivem a inversão, inovação e criação de emprego de qualidade, aumentando assim o bem-estar social e a qualidade de vida da população da região. Como destacam os dados do Panorama Social da América Latina (2010), desenvolvido pela Cepal, a pobreza na maioria dos países da América Latina recuará em 2010 e retornará aos índices pré-crise mundial. Isso por conta da recuperação econômica desses Estados. Os dados demostram que, mesmo sofrendo os efeitos da crise econômica e da queda generalizada do produto em 2009, a pobreza na região quase não aumentou e a indigência teve uma expansão pequena. Estes resultados foram atingidos graças ao implemento de políticas maciças de emprego, juntamente com medidas visando a distribuição de renda. Ainda, por outra vertente, uma tendência positiva ao acesso a serviços básicos e educação foi mantida. O documento destaca a combinação entre o aumento dos salários, em famílias de baixa renda e as transferências públicas, visando minimizar o impacto da crise de 2009. Estas duas vertentes tiveram um papel de extrema importância para reduzir a desigualdade da região como um todo. Segundo a CEPAL, a pobreza ainda afeta mais crianças e adolescentes do que outras camadas da sociedade.

TABELA 4<br />

Fonte: HALL, Anthony; MIDGLEY, James. Pobreza, <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

In: CAMPOS, Taiane (org.): Desenvovimento, Desigualda<strong>de</strong> e<br />

Relações Internacionais. Minas Gerias: PUCMINAS, 2005, p. 95<br />

Descobriu-se assim que em alguns lugares do globo<br />

a incidência <strong>de</strong> pobreza absoluta é comparativamente<br />

baixa, enquanto a pobreza relativa atinge números<br />

altíssimos, permanecendo um problema sério.<br />

Em 1998, mais da meta<strong>de</strong> da população da América<br />

Latina encontrava-se abaixo da linha da pobreza relativa,<br />

porém a incidência da pobreza absoluta era <strong>de</strong><br />

apenas 15,6%.<br />

Sendo assim, um dos piores <strong>de</strong>safios da América<br />

Latina, sem dúvida, é não apenas retirar pessoas<br />

da linha <strong>de</strong> pobreza, mas encontrar meios <strong>de</strong> criar ambientes<br />

propícios para sua inclusão e ainda melhores<br />

condições <strong>de</strong> vida, bem-estar e renumerações que<br />

condigam com a realida<strong>de</strong> dos países. É necessário<br />

criar maiores oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> emprego e qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida para acabar com as brechas sociais. Como<br />

mencionou Alicia Bárcena, secretária-executiva da<br />

Cepal, na Conferência sobre Investimento para o Emprego<br />

e para o Desenvolvimento na América Latina e<br />

Caribe, os investimentos externos se mostram como<br />

<strong>de</strong> extrema importância para que a região possa trilhar<br />

o caminho do <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

40<br />

VII Fórum FAAP <strong>de</strong> Discussão Estudantil - 2011<br />

Em 2009 o IED (Investimento Externo Direto) na região<br />

foi <strong>de</strong> 41%, aproximadamente 78.000 milhões <strong>de</strong> dólares,<br />

e a expectativa para 2010 é que ultrapasse os 100.000<br />

milhões <strong>de</strong> dólares. Entretanto, apenas o IED não basta<br />

para alterar a estrutura produtiva dos países latino-americanos.<br />

A concentração <strong>de</strong> melhores produções em um<br />

número limitado <strong>de</strong> indústrias tem gerado uma gran<strong>de</strong><br />

heterogeneida<strong>de</strong>, aumentando assim a diferença entre<br />

as empresas maiores e as menores, assim como os níveis<br />

<strong>de</strong> salário entre os trabalhadores com maiores e menores<br />

capacitações profissionais. Para o alcance <strong>de</strong>ste objetivo,<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integrar pequenas e médias empresas<br />

nas ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> empresas transnacionais se mostra<br />

mais do que importante.<br />

A secretária-executiva ainda enfatiza a necessida<strong>de</strong><br />

e relevância do papel do Estado como agente fundamental<br />

para assegurar a disposição <strong>de</strong> um ambiente<br />

macroeconômico e políticas públicas que incentivem a<br />

inversão, inovação e criação <strong>de</strong> emprego <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

aumentando assim o bem-estar social e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida da população da região.<br />

Como <strong>de</strong>stacam os dados do Panorama Social da<br />

América Latina (2010), <strong>de</strong>senvolvido pela Cepal, a pobreza<br />

na maioria dos países da América Latina recuará em<br />

2010 e retornará aos índices pré-crise mundial. Isso por<br />

conta da recuperação econômica <strong>de</strong>sses Estados. Os dados<br />

<strong>de</strong>mostram que, mesmo sofrendo os efeitos da crise<br />

econômica e da queda generalizada do produto em 2009,<br />

a pobreza na região quase não aumentou e a indigência<br />

teve uma expansão pequena. Estes resultados foram atingidos<br />

graças ao implemento <strong>de</strong> políticas maciças <strong>de</strong> emprego,<br />

juntamente com medidas visando a distribuição<br />

<strong>de</strong> renda. Ainda, por outra vertente, uma tendência positiva<br />

ao acesso a serviços básicos e educação foi mantida.<br />

O documento <strong>de</strong>staca a combinação entre o aumento<br />

dos salários, em famílias <strong>de</strong> baixa renda e as transferências<br />

públicas, visando minimizar o impacto da crise<br />

<strong>de</strong> 2009. Estas duas vertentes tiveram um papel <strong>de</strong> extrema<br />

importância para reduzir a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> da região<br />

como um todo. Segundo a CEPAL, a pobreza ainda afeta<br />

mais crianças e adolescentes do que outras camadas da<br />

socieda<strong>de</strong>.

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