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Guia de Estudos - Faap

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<strong>Guia</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> / Study Gui<strong>de</strong> / <strong>Guia</strong> <strong>de</strong> Estudios<br />

INTRODUÇÃO<br />

Criada com o intuito <strong>de</strong> contribuir com o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico na América Latina e reforçar as relações<br />

econômicas dos países entre si e com as <strong>de</strong>mais<br />

nações do mundo, a Comissão Econômica para a América<br />

Latina e o Caribe (CEPAL) possui também o comprometimento<br />

com o alcance do <strong>de</strong>senvolvimento social.<br />

Ao largo <strong>de</strong> sua história, a CEPAL realizou contribuições<br />

relevantes para o <strong>de</strong>senvolvimento regional dos países<br />

que integram a América Latina e o Caribe, fazendo com<br />

que seu estudo, hoje, seja <strong>de</strong> extrema importância para<br />

compreen<strong>de</strong>r a história econômica <strong>de</strong> seus membros.<br />

Ao se apresentarem como Estados soberanos, os países<br />

da América Latina e do Caribe lidaram com problemas<br />

e barreiras para seu <strong>de</strong>senvolvimento, <strong>de</strong>ntre eles:<br />

a pobreza, a baixa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e a ineficiente inclusão<br />

social das classes mais baixas foram pontos que<br />

sempre estiveram ligados ao capitalismo sub<strong>de</strong>senvolvido<br />

<strong>de</strong>sses países. De tal forma que se torna imprescindível<br />

relevar a questão das vulnerabilida<strong>de</strong>s sociais, que<br />

muitas vezes é confundida com pobreza, mas que na realida<strong>de</strong><br />

representa a insegurida<strong>de</strong> e in<strong>de</strong>finição que comunida<strong>de</strong>s,<br />

famílias e indivíduos possuem em relação<br />

a suas condições <strong>de</strong> vida, assim como os mecanismos e<br />

estratégias que venham a realizar para enfrentar os efeitos<br />

<strong>de</strong>sses <strong>de</strong>terminados eventos.<br />

As vulnerabilida<strong>de</strong>s estão associadas aos padrões <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento vigentes e à ineficácia dos Estados ao<br />

distribuírem <strong>de</strong> forma plena condições <strong>de</strong> vida favoráveis<br />

a todos os cidadãos. Dessa forma, todos os pontos<br />

que envolvem o tema têm no Estado um dos mais <strong>de</strong>stacados<br />

agentes <strong>de</strong> soluções.<br />

Constata-se então que o <strong>de</strong>senvolvimento é realmente<br />

uma necessida<strong>de</strong> para solucionar questões que<br />

se transformam em vulnerabilida<strong>de</strong>s, mas para isso é<br />

preciso que medidas <strong>de</strong> longo prazo que visem o bem-<br />

-estar sejam empregadas. O nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

das nações bem como a inserção dos mesmos no cenário<br />

econômico global é variável e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma<br />

indiscutível dos índices <strong>de</strong> crescimento econômico e<br />

tecnológico, o qual <strong>de</strong>ve estar aliado <strong>de</strong> forma intrínseca<br />

ao bom andamento dos quesitos sociais. Conclui-se<br />

que o <strong>de</strong>senvolvimento não será mais sinônimo <strong>de</strong> crescimento<br />

econômico e passará a incorporar dimensões<br />

políticas e sociais.<br />

Em pleno século XXI é cada vez mais aceita a i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> que o mercado e o Estado são complementares, o<br />

Estado em muitos casos po<strong>de</strong> ser um aparelho vital para<br />

os mercados. Quando o Estado realiza ações com o intuito<br />

<strong>de</strong> maximinizar a vida em socieda<strong>de</strong>, diminuindo<br />

as vulnerabilida<strong>de</strong>s que cercam os cidadãos e aumentando<br />

a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, resultados benéficos passam<br />

a ser caracterizados em todas as áreas (política, econômica,<br />

social e cultural). De tal forma que a relação entre<br />

crescimento econômico com políticas sociais eficazes<br />

se apresenta como uma alternativa para se erradicar os<br />

déficits sociais.<br />

O Estado então <strong>de</strong>ve ser gerido como instrumento <strong>de</strong><br />

ações para beneficiar o mercado e vice-versa, tal como<br />

promover um <strong>de</strong>senvolvimento sustentável e buscar <strong>de</strong><br />

forma produtiva a cooperação com outros países. O Estado<br />

é um ator que se apresenta com gran<strong>de</strong> importância<br />

na busca pelo bem-estar e melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

para todos, sendo necessária sua reestruturação para<br />

convergir para o alcance <strong>de</strong>ste resultado. A<strong>de</strong>mais, para<br />

alcançar um <strong>de</strong>senvolvimento real, as nações <strong>de</strong>vem<br />

obter crescimento econômico com o amparo do fator<br />

social em excelente caracterização.<br />

Sendo assim, o <strong>de</strong>senvolvimento social e as questões<br />

relevantes quanto à vulnarelabilida<strong>de</strong> passam a ser tratados<br />

com mais atenção, sendo necessária alguma ativida<strong>de</strong><br />

que envolva tais elementos para então reverter<br />

índices <strong>de</strong> pobreza e baixa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos países<br />

que integram a América Latina.<br />

HISTóRICO DO COMITê 1<br />

A Comissão Econômica para a América Latina (CE-<br />

PAL) foi fundada em 25 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1948 pela resolução<br />

106 (VI) do Conselho Econômico e Social (ECOSOC)<br />

da ONU. Com a resolução 1984/67, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong><br />

1984, o Conselho modificou seu nome, passando para<br />

Comissão para a América Latina e o Caribe, cuja se<strong>de</strong> se<br />

estabelece em Santiago, Chile.<br />

A Cepal é uma das cinco comissões regionais da<br />

ONU e foi criada tanto para contribuir com o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico da América Latina, como também<br />

para reforçar relações econômicas dos países entre si<br />

e com as <strong>de</strong>mais nações do mundo. Posteriormente,<br />

incorporou-se seus objetivos o comprometimento com<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento social. O economista argentino Raúl<br />

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