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PROJECTO FINAL PDF.pdf - Repositório institucional da ...

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aceita mais facilmente a tristeza de um familiar do que a sua frieza e distância numa<br />

tentativa frustra<strong>da</strong> de relativizar a situação. E numa situação mais avançado <strong>da</strong> doença o<br />

enfermeiro tem um papel fun<strong>da</strong>mental pois aju<strong>da</strong> os familiares a compreender “(…) que<br />

o moribundo, que encontrou paz e aceitação de sua morte, tem de se separar, passo a<br />

passo, de seu ambiente, inclusive <strong>da</strong>s pessoas mais queri<strong>da</strong>s” (Kübler-Ross, 1998, pág.<br />

175).<br />

Conhecer os factores que afectam todo o processo de per<strong>da</strong>, conhecer também os<br />

sentimentos vivenciados pela família nas diferentes fases por que passam as mesmas “<br />

(…) permite aos profissionais de enfermagem compreender e avaliar as necessi<strong>da</strong>des de<br />

apoio e assistência manifesta<strong>da</strong>s por elas quando a morte se torna iminente e a hipótese<br />

de cura é substituí<strong>da</strong> pelo privilégio do conforto” (McClowry et al., 1989 cit. in Moreira<br />

2006, pág. 31). Desta forma é muito importante que o enfermeiro conheça<br />

detalha<strong>da</strong>mente a situação <strong>da</strong> per<strong>da</strong> familiar para que possa aju<strong>da</strong>r tanto o doente como<br />

a sua família.<br />

Algo que o enfermeiro não pode esquecer é que os cui<strong>da</strong>dos paliativos, segundo<br />

Oliveira (2008, pág.134) “ (…) podem estender-se até depois <strong>da</strong> morte, se necessário,<br />

ao apoio no luto”. Deste modo, o enfermeiro tem de acompanhar os familiares durante o<br />

tempo que achar necessário pois o processo de luto continua ou começa após a morte do<br />

doente.<br />

Por tudo o que foi mencionado anteriormente, pode afirmar-se que cui<strong>da</strong>r deste tipo de<br />

doentes não é tarefa fácil, pois existe, segundo Kovács (1992, pág. 200) “ (…) medo de<br />

ver o sofrimento, a dor, e a degeneração física”. Assim “ é importante ao terapeuta<br />

perceber os próprios sentimentos, como a questão <strong>da</strong> morte, <strong>da</strong> finitude, <strong>da</strong> aniquilação<br />

e <strong>da</strong> desintegração repercutem internamente” (Kovács, 1992 pág. 200).<br />

Para finalizar, perante um doente terminal, o enfermeiro tem o dever de “ (…) parar,<br />

mostrar disponibili<strong>da</strong>de, acompanhar, aproximar, escutar, <strong>da</strong>r a mão, partilhar e acolher<br />

o sofrimento <strong>da</strong> pessoa que vai morrer enquanto tarefa humana” (Ferreira, 2004), pois<br />

segundo Kovács (1992, pág. 202) “ (…) a nossa maior preocupação é com a quali<strong>da</strong>de<br />

de vi<strong>da</strong> do paciente e não com o prolongamento dessa vi<strong>da</strong> a todo o custo”.<br />

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