PROJECTO FINAL PDF.pdf - Repositório institucional da ...
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Desta forma, e pela subjectivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> definição de quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>, Twycross (2003,<br />
pág. 19) define a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> de uma forma muito simples e sucinta, citando-a<br />
desta forma: «Quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> é aquilo que a pessoa considera como tal.».<br />
vii. Enfermagem em Cui<strong>da</strong>dos Paliativos<br />
Todos os cui<strong>da</strong>dos de enfermagem são complexos em qualquer campo, quer seja no<br />
preventivo, curativo, de reabilitação ou mesmo paliativo. Desta forma, segundo a SFAP<br />
– Socie<strong>da</strong>de Francesa de acompanhamento e de cui<strong>da</strong>dos paliativos - (2000, pág. 28)<br />
para que estes cui<strong>da</strong>dos sejam de quali<strong>da</strong>de é necessário “ (…) que a enfermeira utilize<br />
simultaneamente competências relacionais, técnicas e educativas”. Estas competências<br />
devem ser enfatiza<strong>da</strong>s nos cui<strong>da</strong>dos paliativos em especial nos doentes terminais pois “<br />
(…) a morte não é uma rotina, mas um fenómeno único (Ferreira, 2004). Assim, o<br />
enfermeiro tem de associar à sua forma de cui<strong>da</strong>r, as necessi<strong>da</strong>des do doente, quer<br />
psicológicas, quer espirituais pois cui<strong>da</strong>r não significa apenas aliviar a dor e o<br />
sofrimento. Para Ferreira (2004) cui<strong>da</strong>r “(…) é também estabelecer uma relação de<br />
empatia com o doente e a sua família é ouvir e <strong>da</strong>r oportuni<strong>da</strong>de para que o doente<br />
exteriorize o que tem necessi<strong>da</strong>de de expressar”. Deste modo é, para Ferreira (2004), “<br />
(…) fun<strong>da</strong>mental que o enfermeiro aten<strong>da</strong> a todo um conjunto de necessi<strong>da</strong>des, mais<br />
relaciona<strong>da</strong>s com os aspectos psicológicos do doente: necessi<strong>da</strong>de de segurança,<br />
necessi<strong>da</strong>de de amor e gregária, de auto-estima, de auto-realização, necessi<strong>da</strong>de de<br />
diálogo espiritual e suas crenças”.<br />
Um outro aspecto bastante importante nos cui<strong>da</strong>dos paliativos é o apoio à família de<br />
modo a que esta aceite e compreen<strong>da</strong> melhor tudo o que estão a vivenciar. E este apoio<br />
prestado pelo enfermeiro deve, segundo Ferreira (2004) “ (…) promover o silêncio na<br />
fase em que já é tarde para mais intervenções, mas ain<strong>da</strong> é cedo para a separação final”.<br />
Segundo Kübler-Ross (1998, pág. 175) “poucos percebem que as emoções genuínas de<br />
um familiar são muito mais fáceis de aceitar do que uma máscara enganadora, através<br />
<strong>da</strong> qual o paciente enxerga de qualquer jeito e que, para ele, tem mais o sentido de<br />
falsi<strong>da</strong>de do que de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de numa situação triste”. Assim, o enfermeiro tem o<br />
papel importante de incentivar quer o doente quer os familiares a serem honestos uns<br />
com os outros de maneira a exprimirem os seus ver<strong>da</strong>deiros sentimentos pois o doente<br />
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