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PROJECTO FINAL PDF.pdf - Repositório institucional da ...

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admite também que existem “ (…) dificul<strong>da</strong>des actuais para enfrentar a per<strong>da</strong> de um ser<br />

amado(…)” e este facto deve-se, “ (…) em parte, á ausência de rituais estabelecidos e<br />

padrões estruturados de per<strong>da</strong>.”<br />

Para Parkes (1998, pág. 24) o luto “ (…) não é um tipo comum de stress na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

maioria <strong>da</strong>s pessoas. O autor afirma ain<strong>da</strong> que as “ (…) per<strong>da</strong>s são comuns na nossa<br />

vi<strong>da</strong>. E como o luto é uma reacção à per<strong>da</strong>, deveria ser comum também. Mas o termo<br />

luto não é usado para a reacção à per<strong>da</strong> de um guar<strong>da</strong>-chuva velho. Este geralmente é<br />

reservado para a per<strong>da</strong> de uma pessoa, em especial, de uma pessoa ama<strong>da</strong>.” Desta<br />

forma, segundo Martín (2008, pág. 110) “ (…) quando experimentamos uma per<strong>da</strong><br />

importante, sofremos um processo que nos permite descobrir o que aconteceu, e<br />

prepara-nos para conviver com uma nova e diferente situação marca<strong>da</strong> pela ausência de<br />

algo ou alguém com que nos unia um forte vínculo.”<br />

O trabalho de luto, segundo Grinberg (2000, pág. 157) “ (…) inclui uma série de<br />

reacções tendentes à aceitação <strong>da</strong> per<strong>da</strong> e a uma rea<strong>da</strong>ptação do Eu face à reali<strong>da</strong>de”.<br />

Essas reacções podem ser muito varia<strong>da</strong>s mas para Parkes (1998, pág. 62) “ o traço mais<br />

característico do luto não é a depressão profun<strong>da</strong>, mas episódios agudos de dor, com<br />

muita ansie<strong>da</strong>de e dor psíquica”. Desta forma segundo Martín (2008, pág. 81) “ (…) se<br />

a morte não fosse mais do que dor, não seria tao difícil a sua recuperação, pois as<br />

pessoas só tinham que se preocupar em encontrar as pessoas «especialistas em dor»<br />

(médicos, homeopatas, bruxos…) para que lhes formulassem algo para aliviar o<br />

sofrimento tão angustiante.” Assim para Martín (2008, pág. 81) “ (…) a morte é<br />

especialmente difícil, não porque doa, mas sim porque destrói e desorganiza o mundo<br />

pessoal.”<br />

Este processo ou trabalho de luto é diferente de pessoa para pessoa mas em geral to<strong>da</strong>s<br />

elas passam pelas diferentes fases do luto. Bowbly, citado por Grinberg (1998, pág.<br />

157) refere três fases importantes em qualquer processo de luto. Afirma que na primeira<br />

fase “ (…) existe uma urgência para recuperar o objecto perdido”, a segun<strong>da</strong> fase “ (…)<br />

consiste na soma <strong>da</strong>s decepções, do desespero e de um comportamento desorganizado”.<br />

Por fim na terceira fase “ (…) a capaci<strong>da</strong>de de tolerar a depressão é característica <strong>da</strong><br />

pessoa sã”. Assim, ca<strong>da</strong> fase do luto tem as suas características mas, segundo Parkes<br />

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