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PROJECTO FINAL PDF.pdf - Repositório institucional da ...

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Um outro aspecto importante a referir é a diferença entre doente terminal e doente<br />

agónico, pois são dois termos diferentes mas que muitas vezes são aplicados com o<br />

mesmo significado. Assim, segundo Barbosa e Neto (2006, pág. 486) um doente<br />

agónico é “ (…) aquele cuja sobrevi<strong>da</strong> estima<strong>da</strong> é de horas ou dias, efectua<strong>da</strong> com base<br />

na sintomatologia e evidência clinica que apresenta; representa, pois, um pequeno<br />

subgrupo dentre os doentes terminais.”<br />

Deste modo torna-se necessário definir doença terminal, pois é o que um doente<br />

terminal apresenta. Assim doença terminal é ” (…) aquela que é incurável e<br />

simultaneamente está em fase avança<strong>da</strong> e em progressão, onde as possibili<strong>da</strong>des<br />

minimamente realistas de resposta ao tratamento específico são nulas e estejam<br />

pressentes inúmeros problemas ou sintomatologia intensa, múltipla, multifactorial e em<br />

evolução” (Barbosa e Neto, 2006 pág.486). É uma doença que origina um grande<br />

impacto e sofrimento ao doente, à família e a to<strong>da</strong> a equipa multidisciplinar envolvente<br />

porque está relaciona<strong>da</strong> “ (…) com a presença explícita, ou não, <strong>da</strong> morte, e com um<br />

prognóstico de vi<strong>da</strong> inferior a 6 meses” (Barbosa e Neto, 2006 pág.486).<br />

Segundo Ferreira e Pereira (2004) todo o processo de morrer “ (…) é um caminho<br />

difícil de percorrer, onde há uma toma<strong>da</strong> de consciência <strong>da</strong> doença terminal, do seu<br />

percurso evolutivo, em que o doente vai perdendo as suas capaci<strong>da</strong>des e por fim, se<br />

depara com a morte.” Desta forma o doente terminal passa por uma série de etapas<br />

psicológicas durante todo o seu percurso de preparação para a morte. Kubler-Ross<br />

(1998), ao longo <strong>da</strong> sua obra, divide esse percurso em cinco etapas explicando-as, sendo<br />

a primeira fase de negação, posteriormente a raiva, a negociação, a depressão e por fim<br />

a aceitação.<br />

Negação – Nesta fase o doente recusa a reali<strong>da</strong>de, continuando com o seu trabalho, com<br />

as suas tarefas do dia-a-dia tentando esquecer o facto de estar doente. Desta forma cria<br />

uma espécie de defesa perante a reali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> doença.<br />

Raiva – Após a fase de negação surgem sentimentos de raiva, revolta, inveja e<br />

ressentimento que são acompanhados pela expressão: “porquê eu?”. Nesta fase o<br />

contacto com o doente torna-se difícil pois é complicado comunicar com ele devido a<br />

todos estes sentimentos.<br />

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