Revisão: Fausto De Vito Pintura: Rempramtt (Paulo o Apóstolo ...
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22 - MEDIUNIDADE E ALEGRIA<br />
"<strong>De</strong> tal coisa me gloriarei; não, porém, de mim mesmo, salvo nas minhas fraquezas."<br />
2 Coríntios, cap. 12 - v. 5<br />
Para o médium, a consciência de suas limitações é o antídoto contra a vaidade que, a<br />
pouco e pouco, lhe mina as forças no serviço do bem.<br />
Compreendendo semelhante realidade, <strong>Paulo</strong> não superestimava os seus valores,<br />
consciente das fraquezas que o caracterizavam em suas lutas. Não superestimava e<br />
não se permitia superestimar por quem quer que fosse, combatendo com veemência<br />
toda e qualquer inclinação à idolatria de que se visse alvo.<br />
O <strong>Apóstolo</strong>, segundo suas palavras, permitia-se tão somente glorificar-se pelo fato de<br />
que, apesar de suas imperfeições, conseguia ser útil aos propósitos divinos. A<br />
autoglorificação a que se refere é a alegria interior que naturalmente experimenta<br />
quem se sente admitido nos serviços do Senhor, é o júbilo espiritual que toma conta<br />
da alma do pecador que não se vê desprezado em suas fraquezas.<br />
Essa alegria interior do médium é, por assim dizer, a alma de sua tarefa. Nada de<br />
tristeza estampada na face, qual se o exercício da mediunidade lhe fosse inarredável<br />
dever que se sentisse constrangido a cumprir.<br />
O médium sem alegria não comunica esperança aos corações desalentados e transmite<br />
aos outros a falsa impressão de que a lida espiritual da mediunidade é incompatível<br />
com a espontaneidade das emoções.<br />
<strong>Paulo</strong> padecia dificuldades indefiníveis e muitas vezes o pranto lhe banhava as faces<br />
marcadas pela dor, mas para ele igualmente existiam os momentos de sadia<br />
descontração, porque, acima de tudo, a mensagem do Evangelho é de otimismo e não<br />
de abatimento.<br />
A cruz não pode ser um símbolo permanente de tristeza!...<br />
Não foram e não são fiéis os historiadores que conceberam para os cristãos dos<br />
tempos apostólicos uma vida plena de amarguras e aflições. É evidente que, durante<br />
trezentos anos, os adeptos da Boa-Nova experimentaram no corpo e na alma os<br />
tormentos mais cruéis, mas, quando falavam do Cristo, o semblante se lhes iluminava<br />
e suas almas entoavam hinos diante da morte por condenação...<br />
Ser médium não é ser sinónimo de alma depressiva, incapaz de sorrir com os amigos<br />
ou de ser hilário diante do próprio sofrimento. Os Espíritos Superiores vivem num