Revisão: Fausto De Vito Pintura: Rempramtt (Paulo o Apóstolo ...
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influenciá-la. O médium despojado de qualquer interesse pessoal estabelecerá sintonia com espíritos de bom senso, espíritos conscientes de suas limitações e que não hesitarão em declinar seus equívocos. Mas avancemos um tanto além em nossas considerações, a respeito das sábias anotações de Paulo no capítulo em foco. O médium, como médium, pode ser excelente instrumento, mas não tendo bom caráter, os espíritos bem intencionados o deixarão entregue às experiências que lhe dizem respeito. Ele, o médium, poderá até prosseguir desenvolvendo considerável tarefa, pois, em seu tempo de convivência com os espíritos, terá algo aprendido com eles; todavia, se assim podemos nos expressar, sempre estará "faltando espírito" naquilo que faz. Portanto, para os espíritos, é preferível um médium que seja menos médium do que um que o seja em excesso mas sem o mínimo discernimento. Em mediunidade, o caráter do médium chega a ser mais importante que a mediunidade em si. A formação do médium é de importância fundamental para os espíritos. Muitos espíritos desistem do contato com os homens, porque não encontram sensitivos capazes de interpretá-los na integralidade de suas emoções... O autor de uma peça teatral anseia por um ator que consiga ser ele próprio em cena. Nem sempre o que um espírito diz através de um médium é como ele gostaria de tê-lo dito e, quase sempre, é necessário que ele se contente com a "filtragem psíquica" que obteve. É preciso cautela com o médium que, à miúde, afirma que tal ou qual espírito está dizendo isto ou aquilo e cuidado redobrado com o "espírito" que, frequentemente, se imiscui nos comezinhos assuntos do cotidiano das pessoas. Sintetizando: a alma do médium atrai o espírito com o qual se compraz e por ele deixase empolgar nos interesses que lhes são comuns. Tal o médium, tal a mediunidade...
18 - MEDIUNIDADE EM VÃO "Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus comigo." 1 Coríntios, cap. 15 - v. 10 É evidente que nada existe ou acontece em vão. Tudo obedece a um propósito, que muita vez nos escapa à análise imediata. Paulo, escrevendo aos coríntios, afirma que a graça que lhe foi concedida "não se tornou vã", ou seja, nele, a visão do Cristo redivivo, antecendo-lhe os méritos que mais tarde conquistaria, frutificou de maneira prodigiosa, induzindo-o a trabalhar "muito mais do que todos eles", os cristãos dos primeiros dias, muitos dos quais, apesar de seu contato direto com o Senhor, quase nada operaram pela causa do Evangelho. No entanto Paulo não se atribui qualquer mérito pelo esforço valioso que empreendia; antes, debitava à graça de Deus consigo tudo quanto realizava no bem... Transportando a lição para o campo da mediunidade, notamos que, infelizmente, a faculdade mediúnica em muitos medianeiros se assemelha à figueira estéril. Contam-se aos milhares os que clamam aos Céus por determinadas concessões que, quando alcançadas, se lhes revelam não serem exatamente o que esperavam. Quantos imaginam na mediunidade privilégio de natureza pessoal, olvidando que qualquer dom medianímico é sinónimo de trabalho em prol dos semelhantes?! Quantos aspiram à mediunidade para o seu próprio deleite, recusando-se, todavia, ao serviço da fé em benefício do próximo?! Quantos médiuns não sabem ser úteis, vendo enormes obstáculos em diminutos entraves do cotidiano?! Quantos outros não possuem a necessária determinação e a indispensável disciplina que caracterizam as atividades de natureza espiritual?! E ainda quantos outros portadores de faculdades sensitivas excelentes que parecem amarrados aos invisíveis cordéis da apatia e do comodismo, da descrença em si mesmos e da debilidade que não logram superar?!... Visitado pela revelação divina às portas de Damasco, o futuro Apóstolo dos Gentios colocou-se, de imediato, a serviço do Mestre, trabalhando a vida inteira, "mais do que
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influenciá-la. O médium despojado de qualquer interesse pessoal estabelecerá sintonia<br />
com espíritos de bom senso, espíritos conscientes de suas limitações e que não<br />
hesitarão em declinar seus equívocos.<br />
Mas avancemos um tanto além em nossas considerações, a respeito das sábias<br />
anotações de <strong>Paulo</strong> no capítulo em foco. O médium, como médium, pode ser<br />
excelente instrumento, mas não tendo bom caráter, os espíritos bem intencionados o<br />
deixarão entregue às experiências que lhe dizem respeito. Ele, o médium, poderá até<br />
prosseguir desenvolvendo considerável tarefa, pois, em seu tempo de convivência com<br />
os espíritos, terá algo aprendido com eles; todavia, se assim podemos nos expressar,<br />
sempre estará "faltando espírito" naquilo que faz.<br />
Portanto, para os espíritos, é preferível um médium que seja menos médium do que<br />
um que o seja em excesso mas sem o mínimo discernimento.<br />
Em mediunidade, o caráter do médium chega a ser mais importante que a<br />
mediunidade em si.<br />
A formação do médium é de importância fundamental para os espíritos. Muitos<br />
espíritos desistem do contato com os homens, porque não encontram sensitivos<br />
capazes de interpretá-los na integralidade de suas emoções... O autor de uma peça<br />
teatral anseia por um ator que consiga ser ele próprio em cena.<br />
Nem sempre o que um espírito diz através de um médium é como ele gostaria de tê-lo<br />
dito e, quase sempre, é necessário que ele se contente com a "filtragem psíquica" que<br />
obteve. É preciso cautela com o médium que, à miúde, afirma que tal ou qual espírito<br />
está dizendo isto ou aquilo e cuidado redobrado com o "espírito" que,<br />
frequentemente, se imiscui nos comezinhos assuntos do cotidiano das pessoas.<br />
Sintetizando: a alma do médium atrai o espírito com o qual se compraz e por ele deixase<br />
empolgar nos interesses que lhes são comuns. Tal o médium, tal a mediunidade...