Revisão: Fausto De Vito Pintura: Rempramtt (Paulo o Apóstolo ...

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O medianeiro carecia mesmo de ser, na maioria das vezes, um charco de onde reponta o lírio imaculado... Somente assim, atolado na lama, ele seria capaz de compreender aqueles que se lhe assemelham nas imperfeições e mazelas e sentir-se tocado de misericórdia por quantos com ele se nivelam nas lutas que ainda não superou. O juízo que Paulo recomenda aos cristãos de Corinto, não se refere exclusivamente ao fato de se ter cabeça... O ex-rabino também os advertia quanto ao julgamento precipitado das atitudes alheias, aconselhando-lhes a ponderação que é apanágio apenas dos homens amadurecidos. No apostolado mediúnico, o médium que sabe mais é aquele que sabe que quem age com o coração sempre triunfa, embora transitoriamente possa expor--se a inúmeros dissabores. O médium que age com total isenção de ânimo, que nada malícia, que prefere ser enganado a enganar, que não abusa da confiança alheia e não subtrai a fé de ninguém através dos desmandos cujo direito de converter arroga para si, sob o beneplácito do tempo, sai vencedor de todo e qualquer embate. Ao contrário, o médium que se julga em condições de calçar "salto alto", ou cujos desequilíbrios emocionais os espíritos estão sempre olhando e que, em hipótese alguma, se justificam decepciona e é decepcionado, porquanto os espíritos, por mais estima tenham por ele, evidentemente têm mais afazeres que suportar um médium emotivamente imprevisível. A mediunidade não confere a médium algum o direito de extrapolar. Antes, exige-lhe discernimento e equilíbrio no exercício de suas funções, pois mediunidade leviana é ladeira derrapante na qual fatalmente o médium terminará, com várias fraturas expostas reclamando delicadas intervenções de reajuste, com direito a muletas para que reaprenda a andar...

14 - NÃO É PARA OS INCRÉDULOS "... mas a profecia não é para os incrédulos, e, sim, para os que crêem." 1 Coríntios, cap. 14 - v. 22 A mediunidade não é, necessariamente, um instrumento de convicção para os incrédulos. Os argumentos dos cépticos são inesgotáveis e, para o que não crê, sempre se fará possível os questionamentos, mesmo diante das mais claras evidências. Tomé não se contentou com a visão do Cristo redivivo: pediu-lhe permissão para tocar-lhe as chagas a fim de convencer-se da realidade. A mediunidade, por um longo tempo ainda, sofrerá o escárnio de quantos se acomodam na situação espiritual em que se encontram, "mais por interesse do que por convicção"... Para que Sir William Crookes aceitasse o fato da sobrevivência da alma, foi preciso que o espírito Katie King, através da médium Florence Cook, se materializasse diante de seus olhos de investigador, durante três anos consecutivos. Charles Richet, o fundador da Metapsíquica, apenas se curvou ante a verdade imortalista quando ele próprio se encontrava agonizante, no limiar da dimensão etérea que tateara no curso de sua profícua existência... Equivocam-se os espíritos que pretendem convencer pelo fenómeno e enganam-se os médiuns que têm a pretensão de converter os incrédulos através do que logram produzir na mediunidade. Paulo, alcançando semelhante realidade, escreveu aos cristãos de Corinto que "a profecia não é para os incrédulos, e, sim, para os que crêem". Portanto que eles não perdessem tempo tentando incutir a fé nas almas cristalizadas na descrença... Para elas, a profecia, ou seja, a mediunidade não deveria passar de subsídio para que se rendessem aos alvitres da razão. Existem médiuns que, na tentativa de impressionar os cépticos, extrapolam e, indo além de suas atribuições, cooperam ainda mais para o fortalecimento da dúvida... Empenham-se em conquistar adeptos importantes para a Doutrina, esquecidos de que "muitos são os chamados e poucos os escolhidos"...

O medianeiro carecia mesmo de ser, na maioria das vezes, um charco de onde reponta<br />

o lírio imaculado... Somente assim, atolado na lama, ele seria capaz de compreender<br />

aqueles que se lhe assemelham nas imperfeições e mazelas e sentir-se tocado de<br />

misericórdia por quantos com ele se nivelam nas lutas que ainda não superou.<br />

O juízo que <strong>Paulo</strong> recomenda aos cristãos de Corinto, não se refere exclusivamente ao<br />

fato de se ter cabeça... O ex-rabino também os advertia quanto ao julgamento<br />

precipitado das atitudes alheias, aconselhando-lhes a ponderação que é apanágio<br />

apenas dos homens amadurecidos.<br />

No apostolado mediúnico, o médium que sabe mais é aquele que sabe que quem age<br />

com o coração sempre triunfa, embora transitoriamente possa expor--se a inúmeros<br />

dissabores.<br />

O médium que age com total isenção de ânimo, que nada malícia, que prefere ser<br />

enganado a enganar, que não abusa da confiança alheia e não subtrai a fé de ninguém<br />

através dos desmandos cujo direito de converter arroga para si, sob o beneplácito do<br />

tempo, sai vencedor de todo e qualquer embate.<br />

Ao contrário, o médium que se julga em condições de calçar "salto alto", ou cujos<br />

desequilíbrios emocionais os espíritos estão sempre olhando e que, em hipótese<br />

alguma, se justificam decepciona e é decepcionado, porquanto os espíritos, por mais<br />

estima tenham por ele, evidentemente têm mais afazeres que suportar um médium<br />

emotivamente imprevisível.<br />

A mediunidade não confere a médium algum o direito de extrapolar. Antes, exige-lhe<br />

discernimento e equilíbrio no exercício de suas funções, pois mediunidade leviana é<br />

ladeira derrapante na qual fatalmente o médium terminará, com várias fraturas<br />

expostas reclamando delicadas intervenções de reajuste, com direito a muletas para<br />

que reaprenda a andar...

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