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Emissão: Folhas Brotações Panículas Frutos Abscisão folhas Período chuvoso Período seco Meses jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez. FIGURA 8 – Representação das fenofases da cajazeira enxertada durante o ano. Limoeiro do Norte, CE, 2005. Na cajazeira, gemas intumescidas diferenciam-se concomitantemente em ramos apenas com folhas e outras com folhas e panículas. É comum, no início da diferenciação das gemas, ocorrer a emissão de panícula antes mesmo da emissão e desenvolvimento das folhas. Na Figura 8 foi feita uma tentativa de representação do ciclo fenológico da cajazeira, com base nos clones enxertados do experimento e nos anos observados. A ocorrência e a duração das fenofases, apesar de inerentes ao genótipo da planta, são fortemente influenciadas pelas condições climáticas prevalentes. A periodicidade de crescimento e desenvolvimento, assim como a de plantas lenhosas do semi-árido, está associada à variação desses fatores durante o ano, e, provavelmente, com a da umidade (hidroperiodismo) e temperatura (DUQUE, 1980). Observou-se também que os ramos vegetativos têm, no início de sua formação, casca fina e lisa e altas taxas de crescimentos primário e secundário, aumentando muito em comprimento e em espessura durante a fenofase que se inicia em novembro e prolonga-se até julho, início do repouso vegetativo. Os ramos mais velhos formam em suas cascas protuberâncias rugosas que aumentam gradativamente, deixando-os totalmente revestidos de casca grossa e rugosa (Figura 9). Essas protuberâncias rugosas parecem constituir uma característica morfológica da juvenilidade dos ramos, assim como o são os espinhos para os citros. 61
FIGURA 9 – Detalhe de rugosidades que surgem em cascas de caules de cajazeira. Limoeiro do Norte, CE, 2005. Durante a condução do experimento, observou-se que as novas brotações surgem, freqüentemente, de ramos da última estação de crescimento ou mesmo daqueles de até três estações anteriores. As panículas originam-se somente de ramos lisos, sem rugosidades, e de fluxos de crescimento da estação. É comum, em algumas plantas, todas as brotações surgidas de ramos da estação de crescimento anterior produzirem inflorescências. Pode ocorrer também que uma brotação lateral se diferencie em inflorescência enquanto a terminal continua o crescimento vegetativo, ou mesmo o contrário. Brotações novas vegetativas e reprodutivas podem, porém, surgir de qualquer um dos fluxos de crescimento anteriores. Muitas vezes, um ramo da estação de crescimento se ramifica em três e todos se diferenciam em inflorescências. Nos ramos grossos internos da copa (pernadas), podem surgir brotações finas vegetativas ou reprodutivas, que senescem na época de abscisão foliar. No final de cada estação de crescimento, a gema apical aborta. Na próxima estação a subapical continuará o crescimento para o prolongamento do ramo. Nas brotações reprodutivas, a senescência da panícula funciona como uma poda natural, provocando a formação de copas simpodiais. Esse modelo de crescimento é descrito no texto de Kramer e Kozlowski, (1979), onde se afirma que os caules indeterminados (simpodiais) das árvores não se desenvolvem a partir de gemas terminais verdadeiras, mas sim de gemas secundárias axiais. O crescimento simpodial normalmente é resultado da ocorrência de uma estrutura reprodutiva no final de um ramo ou do abortamento do ápice de um caule. 62
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Folhas<br />
Brotações<br />
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Frutos<br />
Abscisão folhas<br />
Período chuvoso Período seco<br />
Meses jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez.<br />
FIGURA 8 – Representação das fenofases da cajazeira enxertada durante o ano. Limoeiro do<br />
Norte, CE, 2005.<br />
Na cajazeira, gemas intumescidas diferenciam-se concomitantemente em ramos<br />
apenas com folhas e outras com folhas e panículas. É comum, no início da diferenciação das<br />
gemas, ocorrer a emissão de panícula antes mesmo da emissão e desenvolvimento das folhas.<br />
Na Figura 8 foi feita uma tentativa de representação do ciclo fenológico da<br />
cajazeira, com base nos clones enxertados do experimento e nos anos observados.<br />
A ocorrência e a duração das fenofases, apesar de inerentes ao genótipo da planta,<br />
são fortemente influenciadas pelas condições climáticas prevalentes. A periodicidade de<br />
crescimento e desenvolvimento, assim como a de plantas lenhosas do semi-árido, está<br />
associada à variação desses fatores durante o ano, e, provavelmente, com a da umidade<br />
(hidroperiodismo) e temperatura (DUQUE, 1980).<br />
Observou-se também que os ramos vegetativos têm, no início de sua formação,<br />
casca fina e lisa e altas taxas de crescimentos primário e secundário, aumentando muito em<br />
comprimento e em espessura durante a fenofase que se inicia em novembro e prolonga-se até<br />
julho, início do repouso vegetativo. Os ramos mais velhos formam em suas cascas<br />
protuberâncias rugosas que aumentam gradativamente, deixando-os totalmente revestidos de<br />
casca grossa e rugosa (Figura 9). Essas protuberâncias rugosas parecem constituir uma<br />
característica morfológica da juvenilidade dos ramos, assim como o são os espinhos <strong>para</strong> os<br />
citros.<br />
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