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Confrontando-se os valores de altura de planta e perímetros de caule de portaenxerto e enxerto, vê-se que estas variáveis parecem estar positivamente associadas. Os clones Gereau e Lagoa Redonda tiveram as maiores alturas e também os maiores perímetros de caule de porta-enxerto e enxerto. Por sua vez, o clone Ladeira Grande teve a menor altura de planta e os menores perímetros de caule de porta-enxerto e enxerto. Referida correspondência é um indicativo da adequabilidade dessas variáveis para estimar o crescimento vegetativo da planta. Nessas variáveis também observou-se uma redução nos valores dos coeficientes de variação ao longo dos anos (Tabela 5). Tal fato é explicado, provavelmente, pela diminuição da variância entre os tratamentos. A razão entre os perímetros de caule do enxerto e do porta-enxerto foi determinada com o objetivo de se estabelecer o grau de diferenças de diâmetros das partes enxertadas. Pela análise de variância, observa-se, para a relação perímetro de caule do enxerto e do porta-enxerto, que houve significância estatística pelo teste F entre os tratamentos em todas as idades estudadas (Tabela 5). Na Tabela 9, aos 12 meses de idade, observa-se que todas as relações foram inferior à unidade, sendo a maior relação a do clone Gereau (0,90) e a menor a do Capuan (0,76), ambos enxertados sobre cajazeira. Nota-se também que o clone Gereau, enxertado sobre os dois porta-enxertos, teve as maiores razões que todos os demais clones até os 18 meses de idade das plantas. Já dos 30 aos 55 meses, as maiores razões se mantiveram apenas no clone Gereau enxertado sobre umbuzeiro. Nos porta-enxertos de cajazeira, os clones Lagoa Redonda e Ladeira grande tiveram as menores razões de perímetros (enxerto e porta-enxerto) nas idades estudadas. Ainda na Tabela 9, verifica-se que o teste F detectou diferenças significativas entre as relações de perímetros de caule:de enxerto e porta-enxerto sobre os dois portaenxertos em todas as idades avaliadas, com exceção dos 12 meses. As razões de perímetro de caule de enxerto e porta-enxerto foram mais elevadas para o porta-enxerto de umbuzeiro do que para o de cajazeira em todas as idades a partir dos 18 meses. Aos 30 meses, essas razões para o umbuzeiro foram iguais ou maiores do que 1,0 em todos os clones. Aos 46 e 55 meses, apenas os clones Gereau e Capuan e Lagoa Redonda mantiveram-se com razões um pouco maiores do que a unidade, ou seja, os caules dos enxertos de cajazeira foram mais grossos do que os do porta-enxerto de umbuzeiro, formando troncos em formato de “taça”. Contrariamente, essas razões foram sempre menores que 1,0 para os porta-enxertos de cajazeira, formando troncos com aparência de “garrafa”. 53
Referidas diferenças de diâmetro, assim descritas, podem ser observadas na Figura 4, onde nota-se que também houve uma boa cicatrização entre as partes enxertadas. As diferenças encontradas na razão entre perímetros de caule de enxerto e portaenxerto foram pequenas em valores e magnitude, mas significativas. Até a idade observada, não pareceram exercer influências negativas no crescimento vegetativo das plantas e não caracterizaram uma incompatibilidade entre as partes enxertadas. Além do mais, a união das partes enxertadas foi aparentemente perfeita em ambos os porta-enxertos (Figura 4). A leve hipertrofia no porta-enxerto de umbuzeiro também foi constatada por Souza e Bleicher (2002) em clones de cajazeira com 46 meses de idade, os quais, até a presente data, continuam em pleno desenvolvimento na Estação Experimental da Embrapa Agroindústria Tropical, em Pacajus, CE. A hipertrofia, quando muito acentuada, pode reduzir a vida útil da planta, por afetar o movimento de água, nutrientes, íons, sais minerais e fotoassimilados pelo sistema vascular, constituindo, em diversos casos, causas de incompatibilidade (HARTMANN et al., 2002). No texto desses mesmos autores, há indicação de que a hipertrofia ou hipotrofia do enxerto está mais relacionada com uma tendência genética de crescimento do que com incompatibilidade. 54
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Confrontando-se os valores de altura de planta e perímetros de caule de portaenxerto<br />
e enxerto, vê-se que estas variáveis parecem estar positivamente associadas. Os<br />
clones Gereau e Lagoa Redonda ti<strong>ver</strong>am as maiores alturas e também os maiores perímetros<br />
de caule de porta-enxerto e enxerto. Por sua vez, o clone Ladeira Grande teve a menor altura<br />
de planta e os menores perímetros de caule de porta-enxerto e enxerto. Referida<br />
correspondência é um indicativo da adequabilidade dessas variáveis <strong>para</strong> estimar o<br />
crescimento vegetativo da planta. Nessas variáveis também observou-se uma redução nos<br />
valores dos coeficientes de variação ao longo dos anos (Tabela 5). Tal fato é explicado,<br />
provavelmente, pela diminuição da variância entre os tratamentos.<br />
A razão entre os perímetros de caule do enxerto e do porta-enxerto foi<br />
determinada com o objetivo de se estabelecer o grau de diferenças de diâmetros das partes<br />
enxertadas.<br />
Pela análise de variância, observa-se, <strong>para</strong> a relação perímetro de caule do enxerto<br />
e do porta-enxerto, que houve significância estatística pelo teste F entre os tratamentos em<br />
todas as idades estudadas (Tabela 5).<br />
Na Tabela 9, aos 12 meses de idade, observa-se que todas as relações foram<br />
inferior à unidade, sendo a maior relação a do clone Gereau (0,90) e a menor a do Capuan<br />
(0,76), ambos enxertados sobre cajazeira. Nota-se também que o clone Gereau, enxertado<br />
sobre os dois porta-enxertos, teve as maiores razões que todos os demais clones até os 18<br />
meses de idade das plantas. Já dos 30 aos 55 meses, as maiores razões se manti<strong>ver</strong>am apenas<br />
no clone Gereau enxertado sobre umbuzeiro. Nos porta-enxertos de cajazeira, os clones Lagoa<br />
Redonda e Ladeira grande ti<strong>ver</strong>am as menores razões de perímetros (enxerto e porta-enxerto)<br />
nas idades estudadas.<br />
Ainda na Tabela 9, <strong>ver</strong>ifica-se que o teste F detectou diferenças significativas<br />
entre as relações de perímetros de caule:de enxerto e porta-enxerto sobre os dois portaenxertos<br />
em todas as idades avaliadas, com exceção dos 12 meses. As razões de perímetro de<br />
caule de enxerto e porta-enxerto foram mais elevadas <strong>para</strong> o porta-enxerto de umbuzeiro do<br />
que <strong>para</strong> o de cajazeira em todas as idades a partir dos 18 meses. Aos 30 meses, essas razões<br />
<strong>para</strong> o umbuzeiro foram iguais ou maiores do que 1,0 em todos os clones. Aos 46 e 55 meses,<br />
apenas os clones Gereau e Capuan e Lagoa Redonda manti<strong>ver</strong>am-se com razões um pouco<br />
maiores do que a unidade, ou seja, os caules dos enxertos de cajazeira foram mais grossos do<br />
que os do porta-enxerto de umbuzeiro, formando troncos em formato de “taça”.<br />
Contrariamente, essas razões foram sempre menores que 1,0 <strong>para</strong> os porta-enxertos de<br />
cajazeira, formando troncos com aparência de “garrafa”.<br />
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