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Segundo Frota (1988), o conhecimento da fenologia da planta permite avaliar as exigências<br />
ecológicas da espécie, determinar as fenofases mais apropriadas <strong>para</strong> escolha do método de<br />
propagação e planejar o controle fitossanitário e a previsão de safras.<br />
A cajazeira apresenta atividades vegetativas e reprodutivas sazonais distintas; no<br />
Panamá, a planta fica desfolhada por um pequeno período durante a estação seca antes da<br />
floração, a qual geralmente ocorre em abril e maio (CROAT, 1974). No Peru, a espécie perde<br />
todas as folhas de julho a setembro e flora e frutifica entre outubro e maio, dependendo das<br />
condições climáticas (VILACHICCA, 1996).<br />
Na Bahia e no Espírito Santo, a cajazeira floresce e inicia a frutificação a partir de<br />
outubro a novembro, e os frutos amadurecem de fe<strong>ver</strong>eiro a abril (VINHA; MATTOS, 1982).<br />
Segundo Prance e Silva (1975), em Manaus a cajazeira floresce geralmente de agosto a<br />
setembro, com o pico da produção de dezembro a fe<strong>ver</strong>eiro. Na microrregião do brejo<br />
<strong>para</strong>ibano, as plantas ficam completamente desfolhadas; essa perda de folhas, no entanto, não<br />
é simultânea em todos os exemplares de uma mesma região (SILVA; SILVA, 1995).<br />
2.9 Senescência e Abscisão<br />
A senescência é a fase final dos desenvolvimentos vegetativo e reprodutivo da<br />
planta, precedendo a morte generalizada das células e dos órgãos. Ela envolve a translocação<br />
ativa dos materiais celulares <strong>para</strong> serem usados em outros órgãos (NOODÉN; LEOPOLD,<br />
1988 apud PENNELL; LAMB, 1997). Trata-se de um processo de desenvolvimento normal,<br />
dependente de energia, controlado pelo próprio programa genético da planta e dependente de<br />
uma série de eventos citológicos e bioquímicos. Durante a senescência, enzimas hidrolitícas<br />
decompõem muitas proteínas, carboidratos e ácidos nucléicos. Os açúcares, aminoácidos,<br />
nucleosídeos e muitos minerais são transportados de volta <strong>para</strong> outras partes da planta via<br />
floema, onde serão reutilizados nos processos de síntese. Existem vários tipos de senescência:<br />
monocárpica; de caules aéreos em perenes herbáceas; foliar sazonal; foliar seqüencial; de<br />
frutos secos e carnosos; de cotilédones e órgãos florais e de tipos celulares especializados. Os<br />
desencadeadores desses processos são diferentes e podem ser internos, como uma senescência<br />
monocárpica (senescência da planta inteira após um ciclo reprodutivo único), ou externos,<br />
como o comprimento do dia e a temperatura outonal nas árvores decíduas (TAIZ; ZAIGER,<br />
2004).<br />
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