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evocação floral exige que a gema apical passe por dois estádios de desenvolvimento: a<br />
<strong>aqui</strong>sição de competência (a gema é competente quando é capaz de florescer após receber o<br />
sinal de desenvolvimento apropriado), e a determinação (a gema é determinada se for capaz<br />
de seguir o florescimento mesmo após ser removida de seu con<strong>texto</strong> normal). O estimulo<br />
floral possui vários componentes, que podem diferir entre grupos distintos de plantas, e a<br />
transição <strong>para</strong> o florescimento envolve um sistema complexo de fatores que interagem entre<br />
si, incluindo carboidratos, giberelinas, citocininas e etileno. Sinais transmissíveis gerados nas<br />
folhas são necessários <strong>para</strong> a determinação do ápice caulinar (TAIZ; ZEIGER, 2004).<br />
Como já postulado <strong>para</strong> plantas lenhosas perenes, a floração em todas as plantas<br />
parece estar sob controle dos di<strong>ver</strong>sos sistemas bioquímicos e fisiológicos, os quais devem ser<br />
permissivos se as estruturas reprodutivas estão <strong>para</strong> ser formadas (BERNIER et al., 1993).<br />
O tempo de transição entre o crescimento vegetativo e a floração é de suma<br />
importância na agricultura, na horticultura e no melhoramento de plantas, porque a floração é<br />
o primeiro passo da reprodução sexual. Estudos <strong>para</strong> entender como essa transição é<br />
controlada têm ocupado inúmeros fisiologistas, que, nos últimos anos, produziram uma<br />
grande quantidade de informações. A maioria das plantas utiliza especificidades ambientais<br />
<strong>para</strong> regular a transição <strong>para</strong> a floração, seja porque todos os indivíduos de uma espécie<br />
devem florescer sincronicamente <strong>para</strong> que a fecundação cruzada ocorra com sucesso, ou<br />
porque todas as espécies devem completar sua reprodução sexual sob condições externas<br />
favoráveis. Quaisquer variáveis ambientais que exibam mudanças sazonais regulares são<br />
fatores potenciais de controle da transição <strong>para</strong> a floração. Os principais fatores são<br />
fotoperíodo, temperatura e disponibilidade de água. Plantas que não requerem fotoperíodo ou<br />
temperatura específica <strong>para</strong> florescer, como as chamadas plantas de “floração autônoma”, são<br />
normalmente sensíveis à radiação. Os fatores ambientais são percebidos por diferentes partes<br />
da planta: fotoperíodo e radiação, principalmente por folhas maduras em plantas intactas, e<br />
temperatura, por todas as partes da planta, embora temperaturas baixas (<strong>ver</strong>nalização) sejam<br />
geralmente percebidas principalmente pelo ápice caulinar; a disponibilidade de água é notada<br />
pelo sistema radicular. Há fortes interações entre esses diferentes fatores, de forma que cada<br />
um deles pode mudar o valor limite <strong>para</strong> a efetivação dos outros. O fato de os diferentes<br />
fatores promotores da floração serem percebidos por diferentes partes da planta implica que<br />
essas partes interajam e que o destino do meristema apical – permanecer vegetativo ou se<br />
tornar reprodutivo – seja controlado por um arranjo de sinais de longa distância em toda a<br />
planta (BERNIER et al., 1993).<br />
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