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Caules geralmente são classificados com base na localização, no desenvolvimento<br />

ou no tipo de gema dos quais são derivados. O aumento do caule das plantas lenhosas<br />

tropicais é muito di<strong>ver</strong>so; em geral, é intermitente, com expansão de um <strong>para</strong> vários fluxos de<br />

crescimento durante o ano. Os intervalos entre os fluxos de crescimento variam entre regimes<br />

climáticos, espécies, cultivares, e dentro de ramos de uma mesma árvore (KRAMER;<br />

KOZLOWSKI, 1979).<br />

O caule da cajazeira apresenta características externas semelhantes às de algumas<br />

plantas lenhosas decíduas. Há uma série de características importantes relativas à estrutura e<br />

ao desenvolvimento do caule. As mais conspícuas dos galhos são as gemas apicais e as gemas<br />

axilares ou laterais; já as gemas acessórios geralmente ocorrem aos pares e localizam-se uma<br />

de cada lado de uma gema axilar – em algumas espécies, essas gemas não se desenvolvem se<br />

as axilares associadas a elas apresentarem um desenvolvimento normal; em outras, as gemas<br />

acessórios dão origem às flores e as gemas axilares, às folhas (RAVEN, EVERT;<br />

EICHHORN, 2001).<br />

A transição da fase juvenil <strong>para</strong> a adulta é gradual (homoblástica) e acompanhada<br />

por mudanças nas características vegetativas como morfologia, filotaxia, quantidade de<br />

espinhos, capacidade de enraizamento e retenção de folhas em espécies decíduas. Porém, a<br />

transição da fase adulta vegetativa <strong>para</strong> a adulta reprodutiva é abrupta (heteroblástica), pois o<br />

florescimento envolve grandes alterações no padrão de morfogênese e diferenciação celular<br />

do meristema apical do caule (HARTMANN et al., 2002; TAIZ; ZEIGER, 2004).<br />

Algumas espécies lenhosas possuem fase juvenil longa, que dura de 20 a 40 anos,<br />

como a Pinus aristata, a Qercus robur (carvalho inglês) e a Fagus sylvatica (faia européia)<br />

(CLARK, 1983); outras, como algumas espécies de bambu e de agave, ficam juvenis por<br />

cerca de 50 a 100 anos, quando repentinamente tornam-se reprodutivas, florescem, frutificam<br />

e morrem (KESTER, 1976), sendo, portanto, plantas monocárpicas.<br />

2.7.2 Evocação Floral e Atividade Reprodutiva<br />

O conjunto de eventos que ocorrem no ápice do caule e forçam o meristema apical<br />

a produzir flores é denominado de evocação floral. Os sinais de desenvolvimento que<br />

resultam na evocação floral incluem fatores endógenos, como ritmo circadiano, mudanças de<br />

fase e hormônios, e fatores exógenos, como fotoperíodo e temperatura. A interação desses<br />

fatores capacita a planta a sincronizar seu desenvolvimento reprodutivo com o ambiente. A<br />

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