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<strong>para</strong> produzir uma estrutura distinta, como uma flor, uma gavinha ou um espinho, e o<br />

crescimento do caule se torna determinado (KERSTETTER; HAKE, 1997).<br />

Sem dúvida, plantas geneticamente idênticas crescendo em diferentes condições<br />

ambientais podem assumir uma ampla variedade de formas durante seu desenvolvimento,<br />

devido à plasticidade no desenvolvimento vegetativo (STEEVES; SUSSEX, 1989 apud<br />

TAYLOR, 1997). Essa plasticidade desenvolvimental provavelmente representa uma<br />

adaptação das plantas ao seu estacionário hábito de vida autotrófico, no qual elas sintetizam<br />

nutrientes ricos em energia a partir do dióxido de carbono e da luz solar e adquirem água e<br />

elementos inorgânicos do solo. Para manter o suprimento dessas matérias-primas, as plantas<br />

precisam crescer continuamente, expandindo as superfícies envolvidas na absorção e captura<br />

de nutrientes e de luz solar através da elongação e ramificação de caules, da expansão das<br />

folhas e da formação de um sistema radicular ramificado com pêlos radiculares (TAYLOR,<br />

1997).<br />

O crescimento de plantas lenhosas tem sido caracterizado sob pontos de vista<br />

quantitativos, anatômicos, morfogenéticos e fisiológicos. As plantas crescem em altura e<br />

diâmetro através da atividade dos tecidos meristemáticos, os quais representam uma fração<br />

muito pequena da massa total da planta. As di<strong>ver</strong>sas partes do vegetal crescem em diferentes<br />

taxas e normalmente em diferentes épocas do ano (KRAMER; KOZLOWSKI, 1979).<br />

Na maioria das plantas superiores, o crescimento da gema apical inibe o<br />

crescimento das gemas laterais – fenômeno denominado dominância apical –, determinante na<br />

forma do vegetal. As plantas com forte dominância apical apresentam um único eixo de<br />

crescimento com poucas ramificações laterais. A remoção do ápice caulinar em geral resulta<br />

no crescimento de uma ou mais gemas laterais. Segundo Janick (1968), o crescimento das<br />

plantas pode ser modificado por meio da poda. A gema apical promove o crescimento tanto<br />

através da biossíntese direta da auxina quanto da biossíntese de giberelina, induzida por<br />

auxina. As citocininas também modificam a dominância apical e promovem o crescimento de<br />

gemas laterais. A baixa razão auxina/citocinina estimula a formação de parte aérea;<br />

conseqüentemente, as plantas superprodutoras de citocininas tendem a ter mais ramificações<br />

(TAIZ; ZEIGER, 2004).<br />

Todos os organismos multicelulares passam por estádios de desenvolvimento<br />

mais ou menos definidos, cada um com suas características próprias. Nos animais, essas<br />

mudanças ocorrem no organismo inteiro; nas plantas superiores, porém, elas ocorrem em uma<br />

única região, o meristema apical caulinar, que passa por três fases de desenvolvimento: a fase<br />

juvenil, a fase adulta vegetativa e a fase adulta reprodutiva (TAIZ; ZEIGER, 2004).<br />

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