14.04.2013 Views

Clique aqui para ver o texto completo - Ceinfo - Embrapa

Clique aqui para ver o texto completo - Ceinfo - Embrapa

Clique aqui para ver o texto completo - Ceinfo - Embrapa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

momento em que a capacidade de florescimento é atingida. Por essa razão, não está claro se<br />

essas características estão diretamente relacionadas com a maturação reprodutiva ou são por<br />

ela causadas (HACKETT, 1985).<br />

Plantas propagadas vegetativamente apresentam características ontogenéticas<br />

semelhantes às da planta matriz. O seu ciclo de crescimento, portanto, é fundamentalmente<br />

diferente do ciclo de uma planta de pé franco. Na fase vegetativa, os ápices caulinares,<br />

embora possam se parecer com aqueles da fase juvenil (pelo menos superficialmente), têm a<br />

capacidade de responder fisiologicamente a estímulos de indutores do florescimento;<br />

entretanto, uma certa quantidade de tempo e de crescimento pode ser necessária antes do<br />

início da floração. Muitas das práticas de horticultura, como reguladores de crescimento,<br />

enxertia, porta-enxertos ananizantes, anelamento e redução de crescimento, são efetivos na<br />

indução do florescimento. A enxertia produz resultados conflitantes em diferentes espécies de<br />

plantas, sendo impossível estabelecer princípios definidos. É possível que a enxertia estimule<br />

a indução da floração, mas os enxertos podem ter alcançado um estágio particular de<br />

maturação antes que essa indução ocorra (KESTER, 1976).<br />

A maior parte do desenvolvimento vegetal é pós-embrionário e ocorre a partir de<br />

meristemas, os quais podem ser considerados fábricas celulares onde os processos em<br />

andamento – divisão celular, expansão e diferenciação – geram o corpo do vegetal. As células<br />

derivadas de meristemas tornam-se tecidos e órgãos que determinam o tamanho, a forma e<br />

estrutura definitiva da planta. Os meristemas vegetativos se autoperpetuam e produzem<br />

tecidos que formam e regeneram o corpo da planta. Em árvores, um meristema pode reter<br />

características embrionárias indefinidamente, e o meristema apical vegetativo do caule, que é<br />

indeterminado em seu desenvolvimento, tem a capacidade de formar repetidamente tantos<br />

fitômeros quanto as condições ambientais favoreçam o crescimento. Fitômero é uma unidade<br />

de desenvolvimento que consiste em uma ou mais folhas, o nó ao qual as folhas estão ligadas,<br />

o entrenó e uma ou mais gemas axilares (RAVEN, EVERT; EICHHORN, 2001; TAIZ;<br />

ZEIGER, 2004).<br />

Em uma planta que produz flores, o meristema apical caulinar normalmente faz<br />

crescer em volume a porção do corpo da planta acima do solo, enquanto o meristema apical<br />

radicular promove o aumento em volume da porção subterrânea do corpo da planta. Os<br />

meristemas apicais do caule são formados em vários locais no vegetal, desempenham<br />

diferentes graus de atividade e adquirem uma variedade de destinos durante o<br />

desenvolvimento. Em alguns meristemas axilares, o padrão de desenvolvimento é alterado<br />

27

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!