Clique aqui para ver o texto completo - Ceinfo - Embrapa
Clique aqui para ver o texto completo - Ceinfo - Embrapa
Clique aqui para ver o texto completo - Ceinfo - Embrapa
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
clones enxertados, tendo, portanto, inestimável importância <strong>para</strong> a humanidade desde aquela<br />
época (HARTMANN et al., 2002).<br />
Um grande problema da fruticultura moderna é o reduzido número de espécies<br />
cultivadas, agravado pela baixíssima quantidade de cultivares ou clones por espécie, seja de<br />
porta-enxertos ou de copa. Isso torna as culturas vulneráveis as epidemias, que podem<br />
intensificar a erosão genética e manter os clones cultivados com base cada vez mais estreita<br />
(SILVA; ELOY, 1992). Esse problema somente será superado ou minimizado através de<br />
programas de melhoramento de fruteiras que visem à di<strong>ver</strong>sificação – introdução de novas<br />
espécies ou criação de clones superiores de porta-enxertos e de enxertos copas. Para tanto, os<br />
métodos tradicionais de enxertia e est<strong>aqui</strong>a serão técnicas de fundamental importância na<br />
criação dos clones, na propagação das mudas e na manutenção de uma fruticultura<br />
di<strong>ver</strong>sificada e sustentável.<br />
A literatura sobre os métodos de propagação da cajazeira é escassa, e a maioria<br />
dos poucos trabalhos existentes faz apenas breves citações acerca da propagação da espécie –<br />
por métodos sexuais, via sementes, e assexuais, por est<strong>aqui</strong>a e enxertia (LEON; SHAW, 1990;<br />
CAMPBELL; SAULS, 1994; LORENZI, 1992; VILLACHICA, 1996) –, sem descre<strong>ver</strong> as<br />
metodologias e condições <strong>para</strong> realização da propagação.<br />
Na propagação sexual, os endocarpos são usados como sementes e têm problemas<br />
de dormência, com baixa, lenta e desuniforme germinação (CARVALHO; NASCIMENTO;<br />
MÜLLER, 1998; FIRMINO; ALMEIDA; TORRES, 1977, SOUZA; SOUSA; FREITAS,<br />
1999; AZEVEDO; MENDES; FIGUEIREDO, 2004). Na propagação por estacas, sejam de<br />
raízes ou de caule, as percentagens de enraizamento e de mudas aptas <strong>para</strong> plantio foram<br />
baixíssimas (FAÇANHA, 1997; SOARES, 1998; SOUZA; LIMA, 2005). Na propagação por<br />
garfagem em fenda cheia e lateral, por sua vez, as percentagens de pega dos enxertos e de<br />
mudas aptas <strong>para</strong> plantio foram altas, aos 50 dias após realização das enxertias sobre portaenxertos<br />
interespecíficos de umbuzeiro, cajaraneira e da própria cajazeira (SOUZA, 1998,<br />
SOUZA; ARAÚJO, 1999; SOUZA, 2000), sendo essa técnica recomendada <strong>para</strong> a produção<br />
de mudas clonadas em escala comercial (SOUZA; INNECCO; ARAÚJO, 1999).<br />
Na tentativa de modernizar a produção de mudas enxertadas de cajazeira e obter<br />
maior precocidade e uniformidade das plantas clonadas, Marco et al. (2002) realizaram<br />
enxertia de mesa sobre porta-enxertos clonados de umbu-cajá em tubetes e obti<strong>ver</strong>am 31% de<br />
pega dos enxertos, com 11% das mudas aptas <strong>para</strong> plantio 81 dias após a realização das<br />
enxertias.<br />
23