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estudo sobre a diversidade florística realizada por Silveira e Daly (1999), também no Acre, os cajás (Spondias globosa J. D. Mitch. & Daly, Spondias mombin L. var. mombin, Spondias mombin L. var. globosa J. D. Mitch. & Daly e Spondias testudinis J. D. Mitch. & Daly) foram considerados recursos genéticos significativos e fruteiras de ampla utilização pelos povos tradicionais da floresta. Segundo Sacramento e Souza (2000), o fruto da cajazeira recebe diversos nomes nos países em que é encontrado. No Brasil, é chamado de cajá, cajá-mirim, taperebá, cajá verdadeiro; no Suriname, de mopé, hooboo; nas Antilhas Holandesas, de macaprein, hoba, yellow plum; na Guiana Francesa, de prunier mombin; em Guadalupe, de mombin fruits jaunes, prune mombin, prune myrobolan; no Haiti, de mombin franc, myrobolane; na Colômbia, de jobo colorado, jobo de castilla; na Venezuela, de marapa; na Nicarágua, de jocote de jobo, ciruela de jobo; nas Honduras, de ciruela de monte, jocote; na Guatemala, de jocote jobo, jobo jocote; em Cuba, de jobo hembra; na República Dominicana, de ciruela, joboban, jobo de poerco; no México e no Equador, de ciruela amarilla; em Porto Rico, de jobillo, jobo vano, jobo de perro. Em alguns países de idioma inglês, de hog plum, yellow mombin; em outros de língua espanhola, de ciruela marilla e em certas nações onde se fala francês, de mombin, mombin jaune, prune dór, prunier mombin, prunier myrobolan. Em um diagnóstico sistemático de prospecção tecnológica realizado pela Embrapa Agroindústria Tropical, a cajazeira foi identificada como demanda prioritária de P&D, em virtude da forte erosão genética e da importância econômica e social de sua cadeia produtiva, que, para ser competitiva, necessita de tecnologias, como clones para cultivo e sistemas de produção e de processamento que a torne competitiva o bastante para gerar impactos relevantes na geração de empregos e renda para os mercados nacional e internacional (EMBRAPA, 1993, 2000). 2.2 Origem e dispersão Geográfica A cajazeira (Spondias mombin L.) é nativa das terras baixas do México e das Américas Central e do Sul (Croat, 1974), comum nas florestas úmidas do sul do México até Peru e Brasil e no oeste da Índia (Morton, 1987), ou seja, nativa da América tropical (AIRY SHAW; FORMAN, 1967; PURSEGLOVE, 1984; LÉON, 1987). Leon e Shaw (1990) afirmam que, além da cajazeira, as espécies de cirigüeleira (Spondias purpurea L.) e de umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) são também originadas da América tropical, enquanto 15
Mitchell e Daly (1998) afirmam que a cajazeira é nativa da região que abrange o sul do México até o Paraguai e o leste do Brasil, sendo amplamente cultivada nos trópicos úmidos. Segundo Mitchell e Daly (1995), as espécies de Spondias ocorrem na Ásia, na Oceania e nos neotrópicos, sendo os centros de diversidade a Mata Atlântica e a Amazônia ocidental do Estado do Acre, Brasil, e regiões limítrofes do Peru e da Bolívia. No Brasil, as cajazeiras são encontradas isoladas ou agrupadas, notadamente em regiões da Amazônia e da Mata Atlântica e nas zonas mais úmidas dos Estados do Nordeste, principalmente na faixa litorânea e nas serras, e de forma espontânea ou subespontânea em matas, campos de pastagens ou pomares domésticos (SOUZA, 2000). Em Porto Rico, a cajazeira também se encontra associada com outras espécies em bosques secundários e penetra em bosques primários, provavelmente através de perturbações naturais (FRANCIS, 1992). Na Amazônia, a cajazeira é encontrada nas florestas de terra firme e de várzea, sendo comum em lugares habitados, porém em estado subespontâneo (CAVALCANTE, 1976). Segundo Sampaio (2002), a cajazeira é uma fruteira típica de zonas úmidas e subúmidas, só aparece na caatinga quando plantada, principalmente nas regiões costeiras de maior precipitação, nos limites mais úmidos do agreste e nas regiões e pés de serra do Ceará e do Rio Grande do Norte (Portalegre e São João do Sabuji). Na Paraíba, as cajazeiras podem ser encontradas em várias regiões do Estado, porém mais freqüentemente em povoamentos naturais na micro-região do Brejo-Paraibano. No Ceará, ocorre com maior freqüência nas zonas litorâneas próximas à Fortaleza e nas serras de Guaramiranga, Baturité, Meruoca e Ibiapaba. Na Bahia, a cajazeira encontra-se presente nas áreas de plantio de cacau da região Sul, principalmente entre os paralelos 14ºS e 16ºS, numa faixa de 100 km a partir do litoral, com maior concentração nos municípios onde há exploração comercial de cacau (SACRAMENTO; SOUZA, 2000). No Nordeste brasileiro, as principais espécies de Spondias existentes são a cajazeira (S. mombin L.), a cirigueleira (S. purpurea L.), a cajaraneira (S. dulcis Parkinson), o umbuzeiro (S. tuberosa Arruda), a umbu-cajazeira e a umbugueleira (Spondias spp.), todas largamente exploradas através do extrativismo e com grande potencial de exploração agroindustrial (SOUZA, 1998). Ressalta-se que nas viagens de prospecção e de coleta de propágulos encontraramse, nos municípios de Princesa Isabel, na Paraíba, e Maranguape, Quixadá, Itaitinga e Pindoretama, no Ceará, árvores do gênero Spondias com fenótipo, porte da planta, aparência dos ramos, tamanho, formato e coloração dos frutos diferente dos das Spondias já conhecidas 16
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Mitchell e Daly (1998) afirmam que a cajazeira é nativa da região que abrange o sul do<br />
México até o Paraguai e o leste do Brasil, sendo amplamente cultivada nos trópicos úmidos.<br />
Segundo Mitchell e Daly (1995), as espécies de Spondias ocorrem na Ásia, na<br />
Oceania e nos neotrópicos, sendo os centros de di<strong>ver</strong>sidade a Mata Atlântica e a Amazônia<br />
ocidental do Estado do Acre, Brasil, e regiões limítrofes do Peru e da Bolívia.<br />
No Brasil, as cajazeiras são encontradas isoladas ou agrupadas, notadamente em<br />
regiões da Amazônia e da Mata Atlântica e nas zonas mais úmidas dos Estados do Nordeste,<br />
principalmente na faixa litorânea e nas serras, e de forma espontânea ou subespontânea em<br />
matas, campos de pastagens ou pomares domésticos (SOUZA, 2000). Em Porto Rico, a<br />
cajazeira também se encontra associada com outras espécies em bosques secundários e<br />
penetra em bosques primários, provavelmente através de perturbações naturais (FRANCIS,<br />
1992).<br />
Na Amazônia, a cajazeira é encontrada nas florestas de terra firme e de várzea,<br />
sendo comum em lugares habitados, porém em estado subespontâneo (CAVALCANTE,<br />
1976). Segundo Sampaio (2002), a cajazeira é uma fruteira típica de zonas úmidas e subúmidas,<br />
só aparece na caatinga quando plantada, principalmente nas regiões costeiras de<br />
maior precipitação, nos limites mais úmidos do agreste e nas regiões e pés de serra do Ceará e<br />
do Rio Grande do Norte (Portalegre e São João do Sabuji). Na Paraíba, as cajazeiras podem<br />
ser encontradas em várias regiões do Estado, porém mais freqüentemente em povoamentos<br />
naturais na micro-região do Brejo-Paraibano. No Ceará, ocorre com maior freqüência nas<br />
zonas litorâneas próximas à Fortaleza e nas serras de Guaramiranga, Baturité, Meruoca e<br />
Ibiapaba. Na Bahia, a cajazeira encontra-se presente nas áreas de plantio de cacau da região<br />
Sul, principalmente entre os <strong>para</strong>lelos 14ºS e 16ºS, numa faixa de 100 km a partir do litoral,<br />
com maior concentração nos municípios onde há exploração comercial de cacau<br />
(SACRAMENTO; SOUZA, 2000).<br />
No Nordeste brasileiro, as principais espécies de Spondias existentes são a<br />
cajazeira (S. mombin L.), a cirigueleira (S. purpurea L.), a cajaraneira (S. dulcis Parkinson), o<br />
umbuzeiro (S. tuberosa Arruda), a umbu-cajazeira e a umbugueleira (Spondias spp.), todas<br />
largamente exploradas através do extrativismo e com grande potencial de exploração<br />
agroindustrial (SOUZA, 1998).<br />
Ressalta-se que nas viagens de prospecção e de coleta de propágulos encontraramse,<br />
nos municípios de Princesa Isabel, na Paraíba, e Maranguape, Quixadá, Itaitinga e<br />
Pindoretama, no Ceará, árvores do gênero Spondias com fenótipo, porte da planta, aparência<br />
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