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1. INTRODUÇÃO<br />
A família Anacardiaceae destaca-se por agrupar di<strong>ver</strong>sas espécies frutíferas<br />
importantes, como as Spondias, o cajueiro (Anacardium occidentale L.), a mangueira<br />
(Mangifera indica L.) e o pistache (Pistacia <strong>ver</strong>a L.), que são exploradas economicamente em<br />
várias áreas tropicais e subtropicais do mundo.<br />
Do gênero Spondias, destacam-se a cajazeira (S. mombin L.), o umbuzeiro (S.<br />
tuberosa Arruda), a cajaraneira (S. dulcis Parkinson), a cirigüeleira (S. purpurea L.) e a umbucajazeira<br />
(Spondias sp.). Essas espécies são exploradas extrativamente ou em pomares<br />
domésticos e não fazem parte das estatísticas oficiais, mas, mesmo assim, têm grande<br />
importância socioeconômica <strong>para</strong> as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Seus frutos são<br />
consumidos na forma in natura ou processados como polpas, sucos, geléias, néctares e<br />
sorvetes de excelente qualidade e alto valor comercial, o que torna viável a exploração<br />
agroindustrial dessas fruteiras. O fruto da cajazeira, devido a seu característico flavor, produz<br />
produtos cuja demanda é crescente e insatisfeita. Em face da falta de pomares comerciais, as<br />
agroindústrias ficam totalmente dependentes da produção obtida do extrativismo, que é<br />
sazonal e insuficiente <strong>para</strong> operacionalização das fábricas.<br />
Os fatores mais limitantes <strong>para</strong> o cultivo da cajazeira são o alto porte, a longa fase<br />
juvenil (Souza, 1998) e as variações de formato de copa, produtividade, tamanho e sabor dos<br />
frutos das plantas (Villachica, 1996), que na sua maioria são obtidas de sementes. O emprego<br />
de plantas clonadas é uma alternativa de superação desses problemas na maior parte das<br />
fruteiras cultivadas.<br />
A propagação da cajazeira a partir de rebentos de raízes e de estações de caule não<br />
se tornou viável <strong>para</strong> a formação de pomares comerciais, devido aos baixos rendimentos de<br />
produção de mudas. A propagação por garfagem notadamente sobre porta-enxertos de outras<br />
Spondias, conforme Souza, Innecco e Araújo (1999) e Souza (2000) tem se destacado como o<br />
método mais apropriado e eficiente, com altos índices de pega e possibilitando a formação de<br />
mudas <strong>para</strong> o plantio 60 dias após a enxertia.<br />
Plantas enxertadas são combinações de genótipos que podem proporcionar<br />
características não previsíveis de crescimento e desenvolvimento diferentes de seus<br />
componentes. Tais características resultam do próprio processo de enxertia, de reações de<br />
incompatibilidade ou de influências mútuas das partes envolvidas (Kester, 1976; Hartmann et<br />
al., 2002) e podem ser desejáveis <strong>para</strong> o cultivo em termos de porte, precocidade de<br />
frutificação, uniformidade produtiva e qualidade de frutificação.<br />
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