baço acessório.pmd - SPR
baço acessório.pmd - SPR
baço acessório.pmd - SPR
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Baço <strong>acessório</strong> intrapancreático: achados de imagem / Trindade R et al.<br />
Artigo de Revisão<br />
Baço <strong>acessório</strong> intrapancreático: achados<br />
de imagem<br />
Ronald Trindade1 , Ronaldo Hueb Baroni2 , Michele Rosemberg3 , Fernando Uliana Kay2 ,<br />
Marcelo de Castro Jorge Racy2 , Marcelo Buarque de Gusmão Funari4 Descritores:<br />
Baço <strong>acessório</strong> intrapancreático; Ultrassonografia;<br />
Tomografia computadorizada;<br />
Ressonância magnética; Medicina nuclear.<br />
Recebido para publicação em 26/9/2008. Aceito,<br />
após revisão, em 18/3/2009.<br />
Trabalho realizado no Serviço de Radiologia e Diagnóstico<br />
por Imagem do Hospital Israelita Albert Einstein,<br />
São Paulo, SP.<br />
1<br />
Médico Radiologista, Pós-graduando do Serviço<br />
de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Hospital<br />
Israelita Albert Einstein.<br />
2 Médicos Radiologistas do Corpo Clínico do Hospital<br />
Israelita Albert Einstein.<br />
3<br />
Médica Residente do Serviço de Radiologia e<br />
Diagnóstico por Imagem do Hospital Israelita Albert<br />
Einstein.<br />
4 Médico Radiologista, Coordenador Geral do Comitê<br />
Gestor de Imagem do Hospital Israelita Albert<br />
Einstein.<br />
Correspondência: Dr. Ronald Trindade. Hospital<br />
Israelita Albert Einstein. Avenida Albert Einstein,<br />
627/701, Morumbi. São Paulo, SP, 05651-901.<br />
E-mail: rtrindade@gmail.com<br />
Resumo<br />
Baços <strong>acessório</strong>s consistem em proliferações de tecido esplênico, com prevalência relatada de<br />
10% a 30% em estudos de autópsias e de 45% a 65% em pacientes submetidos a esplenectomia.<br />
Quando este tecido se localiza em meio ao tecido pancreático, são denominados <strong>baço</strong>s <strong>acessório</strong>s<br />
intrapancreáticos, sendo esta a segunda localização mais frequente, representando cerca de 16,8%<br />
dos casos. Esta entidade apresenta um interesse particular, por tratar-se de lesão benigna, geralmente<br />
incidental, cujo diagnóstico diferencial deve ser feito com lesões primárias pancreáticas.<br />
Neste caso devem ser afastados tumores neuroendócrinos (de ilhotas pancreáticas), adenocarcinoma<br />
e metástases. Na investigação por imagem, os <strong>baço</strong>s <strong>acessório</strong>s intrapancreáticos se manifestam<br />
com aspecto semelhante ao <strong>baço</strong> nativo em todos os métodos. À ultrassonografia, aparecem<br />
como imagem circunscrita hipoecóica homogênea, e na tomografia computadorizada e ressonância<br />
magnética apresentam, respectivamente, densidade, características de sinal e realce semelhantes<br />
ao <strong>baço</strong>. Nos casos em que o aspecto de imagem permanecer inespecífico, o diagnóstico<br />
pode ser sugerido pela cintilografia com hemácias marcadas com tecnécio-99m, atualmente<br />
considerado o exame padrão ouro. Todas estas modalidades fornecem elementos para o diagnóstico<br />
com segurança, evitando procedimentos invasivos desnecessários.<br />
Baços <strong>acessório</strong>s consistem em proliferações de tecido esplênico, com prevalência<br />
relatada de 10% a 30% [1] em estudos de autópsias e de 45% a 65% em pacientes<br />
submetidos a esplenectomia [2] .<br />
Frequentemente têm localização periesplênica, junto ao hilo (80%), com clivagem<br />
nítida em relação ao <strong>baço</strong> nativo, além de possuírem suprimento vascular independente<br />
[3] . A localização intrapancreática dos <strong>baço</strong>s <strong>acessório</strong>s é a segunda mais<br />
frequente, representando 16,8% dos casos [3] . Outras localizações possíveis são ao<br />
longo do pequeno e grande omento. Tecidos esplênicos <strong>acessório</strong>s podem também<br />
ser observados em localizações menos usuais, principalmente após trauma abdominal,<br />
situações em que o tecido esplênico pode se disseminar, implantando-se na<br />
superfície peritoneal, no tórax, na pelve, e até mesmo no escroto [1] . Quando disseminados,<br />
estes implantes constituem quadro denominado de esplenose, podendo<br />
ser múltiplos e de tamanhos variados, tendendo a aumentar de tamanho após a esplenectomia<br />
[4] .<br />
O <strong>baço</strong> <strong>acessório</strong> intrapancreático (BAIP) apresenta um interesse particular por<br />
representar lesão benigna, geralmente incidental, cujo diagnóstico diferencial é feito<br />
com lesões primárias pancreáticas. Neste caso devem ser afastados tumores neuroendócrinos<br />
(ilhotas pancreáticas), adenocarcinoma e metástases [5] . Os métodos de<br />
imagem possuem papel primordial, por caracterizarem a semelhança desta entidade<br />
com a do tecido esplênico, poupando procedimentos invasivos.<br />
Rev Imagem 2008;30(3):113–118<br />
113
Trindade R et al. / Baço <strong>acessório</strong> intrapancreático: achados de imagem<br />
ULTRASSONOGRAFIA<br />
Na ultrassonografia (US) os <strong>baço</strong>s <strong>acessório</strong>s intrapancreáticos<br />
apresentam-se tipicamente como pequena<br />
lesão nodular, de ecogenicidade baixa a intermediária<br />
e ecotextura homogênea (Figs. 1, 2 e 3), eventualmente<br />
com discreto reforço acústico posterior. Por intermédio<br />
A B<br />
C D<br />
E<br />
114<br />
do Doppler colorido, um pequeno hilo vascular pode<br />
ser detectado, achado com sensibilidade reportada em<br />
torno de 90% [6] . O advento do contraste ultrassonográfico<br />
de microbolhas aumentou ainda mais a acurácia do<br />
método para a detecção e caracterização destas lesões.<br />
Uma contrastação não homogênea, típica da distribuição<br />
distinta para as polpas branca e vermelha, é obser-<br />
Fig. 1 – Paciente com 62 anos de idade, do sexo masculino, assintomático,<br />
apresentando nódulo circunscrito hipoecogênico na cauda<br />
pancreática, detectado à US (A). Nódulo localizado na cauda pancreática<br />
com atenuação (94 UH) e padrão de impregnação pelo meio de<br />
contraste semelhantes aos do <strong>baço</strong> (95 UH), conforme demonstrado<br />
na fase portal da TC de abdome (B). As imagens de RM ponderadas<br />
em T2, sem (C) e com saturação de gordura (D) demonstram comportamento<br />
de sinal semelhante do nódulo (seta azul) e do <strong>baço</strong> (seta<br />
branca). Na fase arterial pós-injeção de gadolínio (E) observa-se realce<br />
heterogêneo típico, idêntico ao do <strong>baço</strong>.<br />
Rev Imagem 2008;30(3):113–118
vada na fase arterial, com posterior realce intenso e homogêneo<br />
nas fases subsequentes, mais intenso que o do<br />
parênquima pancreático, persistindo inclusive nas fases<br />
mais tardias [7] .<br />
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA<br />
Nas fases sem contraste da tomografia computadorizada<br />
(TC) o <strong>baço</strong> <strong>acessório</strong> geralmente se apresenta<br />
como nódulo sólido regular, circunscrito, com atenuação<br />
semelhante à do tecido esplênico (Figs. 2 e 3). Para<br />
uma avaliação mais precisa, pode-se lançar mão da injeção<br />
intravenosa do meio de contrate iodado, adquirindo-se<br />
as fases arterial, portal e de equilíbrio. Novamente,<br />
o padrão de realce semelhante ao esplênico é<br />
observado, heterogêneo nas fases precoces (até 70 segundos)<br />
e de morfologia variável, podendo ser arciforme,<br />
focal ou difusa. A utilização de cortes finos de alta reso-<br />
A B<br />
C<br />
Baço <strong>acessório</strong> intrapancreático: achados de imagem / Trindade R et al.<br />
lução permite a identificação deste padrão mesmo em<br />
lesões de pequenas dimensões (Fig. 3). Assim como o<br />
<strong>baço</strong>, o BAIP apresenta homogeneização do realce nas<br />
fases mais tardias (Figs. 1 e 3), sempre com densidade<br />
superior ao realce apresentado pelo parênquima pancreático<br />
[8] . Este realce mantido auxilia no diagnóstico diferencial<br />
com outras lesões pancreáticas hipervasculares,<br />
incluindo tumores de ilhotas (neuroendócrinos), já<br />
que estes apresentam rápido wash-out, tornando-se iso<br />
ou hipoatenuantes ao parênquima adjacente nas fases<br />
mais tardias.<br />
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA<br />
Nas imagens por ressonância magnética (RM) o<br />
BAIP acompanha o mesmo sinal do <strong>baço</strong> em todas as<br />
sequências, sendo este comportamento a principal chave<br />
para o diagnóstico [8] . Nas imagens ponderadas em T1<br />
Fig. 2 – Paciente com 69 anos de idade, do sexo masculino. A imagem axial de TC sem contraste (A) mostra nódulo (seta) na cauda pancreática.<br />
Imagens axiais de RM mostram nódulo (seta) com comportamento de sinal semelhante ao do <strong>baço</strong> nas seqüências ponderadas em T1 (B) e T2<br />
com saturação de gordura (C). Observar o padrão de realce arterial também semelhante após a injeção do meio de contraste (D).<br />
Rev Imagem 2008;30(3):113–118 115<br />
D
Trindade R et al. / Baço <strong>acessório</strong> intrapancreático: achados de imagem<br />
A B<br />
C<br />
E F<br />
Fig. 3 – Paciente com 68 anos de idade, do sexo masculino, assintomático. Imagem coronal oblíqua de US no hipocôndrio esquerdo demonstrando<br />
nódulo circunscrito hipoecogênico na cauda pancreática (A). Nódulo com atenuação e impregnação pelo meio de contraste semelhante<br />
à do <strong>baço</strong> (seta) localizado na cauda pancreática, conforme demonstrado nas fases sem contraste (B), arterial (C) e portal (D) (84 UH) da TC de<br />
abdome. No mesmo paciente, as imagens de RM ponderadas em T1 pós-contraste (arterial) (E) e T2 com pulso de saturação de gordura (F)<br />
demonstram comportamento de sinal semelhante entre o nódulo (circulado) e o <strong>baço</strong>.<br />
116<br />
D<br />
Rev Imagem 2008;30(3):113–118
(sem contraste) o BAIP apresenta sinal hipointenso em<br />
relação ao parênquima pancreático circunjacente (Figs.<br />
2 e 4), enquanto nas sequências ponderadas em T2 (com<br />
ou sem saturação de gordura) mostra-se iso ou hiperintenso<br />
ao pâncreas [8] (Figs. 1, 2, 3 e 4). De forma análoga<br />
aos demais métodos de imagem citados, nas imagens<br />
adquiridas pós-gadolínio o padrão de realce observado<br />
no BAIP é o mesmo do <strong>baço</strong>, destacando-se o realce não<br />
homogêneo presente na fase arterial (Figs. 1, 2, 3 e 4).<br />
Estudos recentes [9] apontam para uma nova ferramenta<br />
diagnóstica, que aliada à RM pode ser de grande<br />
valia no diagnóstico de BAIP. São os contrastes superparamagnéticos,<br />
à base de óxido de ferro (superparamagnetic<br />
iron oxide – SPIO), substâncias com tropismo<br />
pelo sistema mononuclear fagocitário, que, quando in-<br />
A B<br />
C D<br />
Baço <strong>acessório</strong> intrapancreático: achados de imagem / Trindade R et al.<br />
jetadas na corrente sanguínea, acumulam-se no tecido<br />
esplênico, provocando queda de sinal nas imagens ponderadas<br />
em T2. Novamente, a queda do sinal observada<br />
no BAIP é semelhante à do <strong>baço</strong> [8,9] . O princípio utilizado<br />
na RM com SPIO é o mesmo usado pela cintilografia<br />
com hemácias marcadas com tecnécio-99m (considerada<br />
padrão ouro no diagnóstico e descrita a seguir),<br />
com a vantagem de possuir melhor resolução espacial,<br />
além de ser livre de radiação ionizante [8] .<br />
MEDICINA NUCLEAR<br />
A cintilografia com hemácias marcadas com tecnécio-99m<br />
é, atualmente, considerada padrão ouro para<br />
o diagnóstico de BAIP, por ser um método altamente<br />
Fig. 4 – Paciente com 51 anos de idade, do sexo masculino, esplenectomizado. No exame ultrassonográfico de controle (A) observa-se nódulo<br />
sólido hipoecogênico e circunscrito na cauda pancreática. Nas imagens axiais de RM observam-se nódulos na loja esplênica (setas), apresentando<br />
comportamento de sinal semelhante ao do <strong>baço</strong> nas seqüências ponderadas em T1 (B) e T2 (C). Já a imagem coronal pós-contraste<br />
ponderada em T1(D) mostra padrão de realce esplênico nestes nódulos (seta branca), denotando esplenose. Notar que um destes nódulos se<br />
localiza na cauda pancreática.<br />
Rev Imagem 2008;30(3):113–118 117
Trindade R et al. / Baço <strong>acessório</strong> intrapancreático: achados de imagem<br />
específico, uma vez que aproximadamente 90% das hemácias<br />
marcadas se acumulam no tecido esplênico. O<br />
composto de hemácias autólogas marcadas é convertido<br />
em esferócitos ao entrar na corrente sanguínea, sendo<br />
sequestrado pelo <strong>baço</strong>. O critério diagnóstico para o<br />
<strong>baço</strong> <strong>acessório</strong> consiste na detecção do radioisótopo na<br />
lesão em uma concentração superior à encontrada na<br />
corrente sanguínea [10] .<br />
Apesar da boa especificidade, a cintilografia ainda<br />
tem limitações na detecção de lesões com baixa capacidade<br />
funcional, como ocorre em alguns <strong>baço</strong>s <strong>acessório</strong>s.<br />
Além disso, a baixa resolução espacial, mesmo utilizando-se<br />
o SPECT (single-photon emisson computed tomography),<br />
pode dificultar a detecção de lesões menores<br />
de 1,0 cm. Alguns estudos relatam maior índice de<br />
detecção de BAIPs menores de 1,1 cm em métodos seccionais,<br />
TC e RM, quando comparados à cintilografia [8] .<br />
CONCLUSÃO<br />
Os <strong>baço</strong>s <strong>acessório</strong>s são entidades frequentes. Quando<br />
presentes na cauda pancreática podem simular lesões<br />
neoplásicas, principalmente tumores neuroendócrinos<br />
hipervasculares. Os diversos métodos de imagem<br />
atualmente disponíveis são capazes de estabelecer o<br />
diagnóstico, sendo observado, em todas as modalidades,<br />
padrão semelhante ao <strong>baço</strong>, tanto no aspecto de ecogenicidade<br />
(US), atenuação (TC) e sinal (RM), como no<br />
realce nas fases pós-contraste. Nos casos em que se persiste<br />
a dúvida no diagnóstico, pode-se lançar mão da<br />
medicina nuclear com hemácias marcadas com radioisótopos<br />
(tecnécio-99m), exame de alta especificidade,<br />
atualmente considerado padrão ouro. Além disso, novas<br />
técnicas, como o uso de meios de contraste superparamagnéticos<br />
na RM e microbolhas na US, podem<br />
tornar-se ferramentas adicionais ainda mais acuradas<br />
para o diagnóstico definitivo dos BAIPs.<br />
REFERÊNCIAS<br />
1. Halpert B, Gyorkey F. Lesions observed in accessory spleens of<br />
311 patients. J Clin Pathol 1959;32:165–8.<br />
2. Eraklis AJ, Filler RM. Splenectomy in childhood: a review of 1413<br />
cases. J Pediatr Surg 1972;7:382–8.<br />
118<br />
3. Halpert B, Alden ZA. Accessory spleens in or at the tail of the pancreas:<br />
a survey of 2700 additional necropsies. Arch Pathol<br />
1964;77:652–4.<br />
4. Tozbikian G, Bloomston M, Stevens R, Ellison EC, Franke WL.<br />
Accessory spleen presenting as a mass in the tail of the pancreas.<br />
Ann Diagn Pathol 2007;11:277–81.<br />
5. Sica GT, Reed MF. Intrapancreatic accessory spleen. Radiology<br />
2000;217:134–7.<br />
6. Subramanyam BR, Balthazar EJ, Horii SC. Sonography of the<br />
accessory spleen. AJR Am J Roentgenol 1984;143:47–9.<br />
7. Ota T, Ono S. Intrapancreatic accessory spleen: diagnosis using<br />
contrast enhanced ultrasound. Br J Radiol 2004;77:148–9.<br />
8. Kim SH, Lee JM, Han JK, et al. MDCT and superparamagnetic<br />
iron oxide (SPIO)-enhanced MR findings of intrapancreatic accessory<br />
spleen in seven patients. Eur Radiol 2006;16:1887–97.<br />
9. Herédia V, Altun E, Bilaj F, Ramalho M, Hyslop BW, Semelka RC.<br />
Gadolinium- and superparamagnetic-iron-oxide-enhanced MR<br />
findings of intrapancreatic accessory spleen in five patients. Magn<br />
Reson Imaging 2008;26:1273–8.<br />
10. Ota T, Tei M, Yoshioka A, et al. Intrapancreatic accessory spleen<br />
diagnosed by technetium-99m heat-damaged red blood cell<br />
SPECT. J Nucl Med 1997;38:494–5.<br />
Abstract. Intrapancreatic accessory spleen: imaging findings.<br />
Accessory spleens consist of spleen tissue proliferations, with an<br />
estimated prevalence of 10% to 30% in autopsies studies and 45%<br />
to 65% in patients submitted to splenectomy. Accessory spleens<br />
can occur within the pancreatic tissue (intrapancreatic accessory<br />
spleen), representing the second most frequent localization (about<br />
16.8% of the cases). This entity is of particular interest, since it is<br />
a benign lesion, generally incidentally detected, that should be<br />
differentiated from pancreatic endocrine neoplasm, pancreatic<br />
adenocarcinoma and metastasis. Intrapancreatic accessory spleen<br />
has similar imaging manifestations to native spleen in all imaging<br />
modalities. At ultrasound, it appears as a homogeneous, hypoechoic,<br />
circumscribed image. At computed tomography and magnetic<br />
resonance imaging it has similar density, signal characteristics<br />
and enhancement pattern in comparison to the spleen. In some<br />
cases, where the image findings remain nonspecific, the diagnosis<br />
may be suggested by technetium-99m radiolabeled red blood<br />
cells scintigraphy, currently considered the gold standard test. This<br />
aspect allows a confident imaging diagnosis, preventing unnecessary<br />
invasive procedures.<br />
Keywords: Intra-pancreatic accessory spleen; Ultrasonography; Computed<br />
tomography; Magnetic resonance imaging; Nuclear medicine –<br />
cintilography.<br />
Rev Imagem 2008;30(3):113–118