Antonio Eduardo Antonietto Junior
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Gestão do Corpo Clínico – Avaliação da Prática<br />
Médica Baseada em Evidências<br />
<strong>Antonio</strong> <strong>Antonietto</strong><br />
agosto 2012<br />
antonio.antonietto@hsl.org.br
Até meados dos anos 70 - hospitais universitários ou de organizações religiosas e/ou<br />
comunitárias ou propriedade de médicos: grande número, enormes diferenças de tamanho e<br />
qualidade, usuário apático, poder médico forte, distante das políticas de saúde coletiva;<br />
Meados dos anos 70: nasce o termo e a prática do “mercado de saúde”, incorporação de<br />
alta tecnologia: hospitais deficitários, usuário mais exigente, crise hospitalar, quase 1000<br />
hospitais fecham as portas, especialmente os pequenos e médios;<br />
Anos 80: Os médicos deixam a gestão e são substituídos por administradores, advogados e<br />
engenheiros: grande incorporação de ferramentas de gestão e qualidade;<br />
Meados dos anos 80: grande melhora da situação financeira, início do encarecimento<br />
exponencial do sistema;<br />
Anos 90: os não médicos não conseguem responder às dificuldades e especificidades médicas<br />
(Relatório Clinton 93), aprimoramento do médico em gestão (Harvard, MBAs, cursos,<br />
consultorias) – a medicina retorna à gestão concomitante com integração à saúde coletiva;<br />
2000: Rápido desenvolvimento da qualidade, segurança, negócio, cadeia produtiva autoregulada<br />
(praticamente) 4º nível de prevenção. (Czeresnia, 1999);<br />
Atual: governança clínica, gestão clínica, resultado clínico;<br />
“Gestão por evidência: o administrador hospitalar tem que aprender com os médicos” (com a<br />
medicina) (M.P.) .<br />
História Americana
Necessidade de equilíbrio financeiro;<br />
Reprodução de procedimentos (mat/med) como forma de garantia de<br />
sobrevivência;<br />
Reforço à prática médica “fee for service”;<br />
Médico como cliente primário, paciente como cliente secundário;<br />
Consolidação tardia do coneito da qualidade e excelência;<br />
Nos Hospitais Privados Brasileiros
incorporação das ferramentas de gestão se impregnaram primeiro nas áreas<br />
administrativas hospitalares e secundariamente nos médicos;<br />
Fase de adaptação do médico à qualidade e segurança;<br />
Ainda há um grande distanciamento entre consultório e hospital;<br />
Paradoxalmente há desconhecimento das áreas administrativas do real<br />
significado do resultado clínico;<br />
Necessidade de incorporar o pós-alta como avaliação do resultado, sem<br />
assustar o médico;<br />
Corpo Clínico: todos os membros da equipe assistencial, não somente os<br />
médicos;<br />
Médico é parceiro (“acionista”) não o cliente;<br />
Médico como primeiro agente de gestão de saúde e líder da equipe:<br />
delegação e responsabilização (accountability).<br />
Governança Clínica
Evitar excesso de intervenção médica;<br />
Prevenir e erradicar iatrogenias;<br />
Prevenir a medicalização (e a medicamentalização “medicine way of life”,<br />
overmedicalization);<br />
Educação de usuários acerca da prática clínica: autonomia de decisão dos<br />
usuários e familiares;<br />
Qualidade e segurança dos processos assistenciais;<br />
Diminuir custo da assistência: aumentar acesso ao sistema:<br />
Prevenção Primária e Secundária como prática hospitalar.<br />
Prevenção Quaternária<br />
(A.C.P.R. Meireles)
3 níveis de hospitais: HSL primeiro nível;<br />
Neste nível: 70% corpo clínico fechado, 30% aberto;<br />
Alta complexidade: em Diagnóstico e tratamento;<br />
Corpo Clínico de responsabilidade “exclusiva” do HSL;<br />
Médico como sócio do HSL na Missão/visão/valores;<br />
Todos os colaboradores como sócios;<br />
Únicos clientes: pacientes, familiares, outras instituições, sociedade;<br />
Remunerações por performance (médicos e outros);<br />
Maior controle institucional sobre os resultados clínicos;<br />
Cuidados de saúde coordenados e baseados em evidência.<br />
O Porvir
Sistêmico, baseado no resultado clínico: no bem-estar, qualidade de<br />
vida e cura dos indivíduos;<br />
Assegurar-se contra as iatrogenias;<br />
Contribuição para o ensino e pesquisa e para sistema de saúde;<br />
Integração aos níveis de prevenção à saúde: saúde integral;<br />
Priorização dos indicadores de resultado clínico;<br />
Prevenir variabilidade de condutas (evidência);<br />
Eqüidade, acesso e direitos dos pacientes;<br />
Participação de usuários.<br />
“O papel do Hospital não é internar pessoas, mas curar,<br />
melhorar a qualidade de vida e respeitar e apoiar a finitude”<br />
Novo modelo de Saúde (negócio)
Contextualização<br />
Convivemos com múltiplos modelos: Médico liberal – Assalariado -<br />
prática mista - autônomo;<br />
Má qualidade da formação na graduação: busca por formação:<br />
hospital como pólo formador complementação no exterior;<br />
Carreira universitária: ligação permanente com institutos<br />
acadêmicos: status/prestígio/fronteira do conhecimento;<br />
Baixa adesão a práticas sociais e coletivas especialmente dos<br />
médicos;<br />
Reserva de mercado pessoal nos hospitais e instituições;<br />
Baixa adesão às regras institucionais;<br />
Tipos básicos de médicos: o sugador, o usuário, o parceiro, o<br />
indiferente e outros.<br />
Proposta: Médico Parceiro
Padrões de condutas reconhecidos pela<br />
comunidade médica internacional para situações<br />
específicas, que podem ser aplicados na prática<br />
diária das organizações e que são reconhecidos<br />
como corretos também pelas fontes pagadoras e<br />
pelos usuários (leigos) que buscam informação<br />
médica.<br />
Protocolos de Conduta Clínica<br />
Medicina Baseada em Evidências
MBE: Aproxima a prática dos melhores padrões recomendados para<br />
situações específicas;<br />
Conseqüente Diminuição da Variabilidade (excesso de uso, o não<br />
uso e o mau uso de insumos e serviços);<br />
Diminuição de Erros;<br />
Diminuição de Custos.<br />
Protocolos de Conduta Clínica<br />
Baseados em Medicina Por Evidência
Avaliação do Corpo Clínico;<br />
Nova proposta para o programa comunidade médica;<br />
Educação Continuada do Corpo Clínico;<br />
Reafirmação dos Núcleos de Medicina Avançada;<br />
Honorário Médico - criação de política unificada;<br />
Cadastro médico;<br />
Política de relacionamento para os grupos médicos:<br />
1. Comissão de vanguarda<br />
Financiamento para médicos no exterior;<br />
2. Alta Complexidade.<br />
Macro Etapas do Projeto Fidelização
AVALIAÇÃO ATUAL<br />
Corpo Clínico Aberto<br />
Média de permanência<br />
Nível de preenchimento de prontuário<br />
Adesão aos protocolos<br />
Indicação de Hemoterapia<br />
Taxa de cancelamento de cirurgia<br />
Médicos Funcionários<br />
Avaliação de Desempenho e Competência<br />
Prova de conhecimento específico<br />
Médicos Terceiros<br />
Avaliação de Desempenho e Competência<br />
Habilitação em sedação<br />
Médico Residente<br />
Avaliação de Desempenho e Competência<br />
Video-aulas<br />
Avaliação Corpo Clínico Atual
Eliminação de indicadores puramente financeiros;<br />
Utilização de indicadores tradicionais (internacionais);<br />
Indicadores de fácil coleta;<br />
Indicadores de fácil compreensão;<br />
Indicadores de resultado clínico (desfecho);<br />
Participação (entrevista) do usuário;<br />
Equalização entre clínicos e cirurgiões;<br />
Utilização dos critérios para avaliação da JCI.<br />
Avaliação Corpo Clínico – Premissas
Avaliação do Resultado Clínico (DESFECHO) - CIRURGIA<br />
Premissas<br />
Média de Permanência<br />
Tempo da Cirurgia<br />
Reinternação<br />
Reoperação<br />
Infecção<br />
TEV<br />
Antibioticoprofilaxia<br />
Questionário (após 1 mês de alta fazer entrevista<br />
com o paciente)<br />
Apendicectomia<br />
Colecistectomia<br />
Critérios de Avaliação Cirúrgico: MBE
Avaliação do Resultado Clínico (DESFECHO) - CLÍNICO<br />
Premissas<br />
Média de Permanência<br />
Antibioticoterapia<br />
Reinternação<br />
Infecção<br />
Questionário (após 1 mês de alta fazer entrevista<br />
com o paciente)<br />
Pneumonia comunitária<br />
Infarto agudo do miocárdio<br />
Critérios de Avaliação Clínico: MBE
O gestor é o facilitador estratégico<br />
Governança Clínica faz parte do caminho<br />
A transição do médico cliente para o médico parceiro é o<br />
espelho dialético da transição do hospital de mat/med para o<br />
hospital de resultados clínicos<br />
Talvez sejam os hospitais os maiores<br />
responsáveis pelo atraso
Obrigado.<br />
antonio.antonietto@hsl.org.br<br />
<strong>Antonio</strong> <strong>Antonietto</strong><br />
Relacionamento com Corpo Clínico<br />
agosto 2012