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Ano 3 Ed 031 Nov 2002 - Colégio Pena Branca

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Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, <strong>Nov</strong>embro de <strong>2002</strong> Página -5-<br />

ÍNDIAS-DEUSAS<br />

MOEMA - Parte II<br />

Tudo corria muito bem quando, em dado<br />

momento, surge no risco do horizonte, uma<br />

igara muito grande, que vinha em direção<br />

as moças. Amedrontadas, foram chamar os<br />

valentes guerreiros da tribo. Todos se conduziram<br />

para junto do mar, porém, o Boto e<br />

os Angás cheios de ira, chamaram Xandoré,<br />

deus do mal e juntos lançaram uma forte<br />

tempestade sobre a grande igara e, quando<br />

esta afundava e estavam morrendo todos os<br />

crebans, Tolori, deus da tempestade, compadecido,<br />

salvou o mais jovem de todos, com<br />

o auxílio das Jurúas, deusas das nuvens, das<br />

tardes e das festas. Assim, veio dar à praia,<br />

o guerreiro branco. Moema e suas companheiras,<br />

contemplavam surpresas o belo<br />

jovem e tão logo ele recobrou a consciência,<br />

lançou mão de sua arma e atirando com<br />

firmeza, matou um forte açor que passava<br />

naquele momento. De todos os lábios saiu<br />

uma só exclamação: -”Caramuru!” Pensaram<br />

que ele era o próprio deus do fogo, metamorfoseado<br />

em homem. E assim, conseguiu<br />

impor-se aquele jovem branco a toda a tribo<br />

dos Paragás.<br />

Então, o grande chefe Taparica, tocou três<br />

vezes o forte maracá e Moema voltou-se<br />

com as donzelas para servirem o sacro hóspede<br />

e os valentes guerreiros que vieram<br />

para protegê-las. O guerreiro branco tornase<br />

filho de uma nação destemida! Certa tarde,<br />

quando Caramurú passeava pela praia,<br />

Guraraci (deus Sol) resplandecia nas alturas<br />

sem nuvens e, olhando, viu creban ao longe<br />

e um pouco mais a frente, sentada na relva<br />

macia, estava Moema. Então Tambatajá tocou<br />

o coração do jovem e ele se apaixonou<br />

pela donzela. Parê, a deusa da esperança,<br />

também envolveu os jovens e Moema passa a<br />

amar o guerreiro branco loucamente. Jurou<br />

terminantemente, Piracurú, deus da maldade,<br />

que a bela índia não seria feliz e fez<br />

entrar no coração do jovem, uma profunda<br />

saudade de seu país. Um dia surgiu, no grande<br />

porto uma forte e soberba igara. Dois<br />

guerreiros brancos saltaram em terra e depois<br />

de longa conversa com Caramurú, ficou<br />

resolvido que ele retornaria a sua pátria.<br />

Lamentos sem conta nasceram do peito e a<br />

dor da separação e uma repentina tristeza,<br />

tomaram conta de Moema.<br />

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