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Ano 3 Ed 031 Nov 2002 - Colégio Pena Branca

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Jornal de Umbanda Sagrada São Paulo, <strong>Nov</strong>embro de <strong>2002</strong> Página -17-<br />

as DIvINDaDEs<br />

E as rELIGIÕEs<br />

As divindades ou Orixás, são os Tronos de<br />

Deus, que respondem pela sustentação dos<br />

espíritos que evoluem sob a orientação de suas<br />

doutrinas religiosas. Cada divindade regente<br />

de uma religião tem uma doutrina religiosa<br />

fundamentada no seu mistério maior, nas suas<br />

qualidades divinas, nas suas atribuições junto<br />

aos seres e nos seus próprios atributos, enquanto<br />

ser gerado em Deus justamente para auxiliá-Lo<br />

no amparo divino à Sua criação. Umas divindades<br />

regem os seres elementais, outras regem<br />

os seres encantados, outras regem os seres naturais,<br />

outras humanizam parte dos seus mistérios<br />

e dão amparo aos espíritos. Saibam que o ato de<br />

“humanizar uma divindade”, significa que ela<br />

abriu para o plano material parte do seu mistério<br />

divino, dando origem a um culto ou religião.<br />

Então toda uma doutrina e um conhecimento<br />

sagrado começa a surgir e a atrair pessoas que<br />

se identificam com sua mensagem religiosa.<br />

Aos poucos, todo um ritual de adoração e uma<br />

mística relacionada a ela vai se espalhando e<br />

popularizando, até que sua presença invisível e<br />

sua influência divina conquiste todo um povo,<br />

que tem nela sua divindade nacional, ou sua<br />

“Padroeira”, ou seu “Santo”, ou seu “Orixá”,<br />

e em casos extremos elevam-na à condição de<br />

“seu Deus”. No passado, muitas divindades extrapolaram<br />

as fronteiras de um país e tornaramse<br />

conhecidas de muitos povos, sendo que em<br />

cada um assumiu um nome. mas manteve suas<br />

qualidades, atributos e atribuições, adaptandoas<br />

às culturas e religiosidade de povos muito<br />

díspares. Essa expansão do culto às divindades<br />

atende ao amparo que ela deve dar às pessoas<br />

que se identificam com a sua doutrina humana e<br />

sua mensagem divina. Não raro, uma divindade<br />

tem uma aceitação tão grande, que sua expansão<br />

é vertiginosa e seu culto vai substituindo o de<br />

outra mais antiga, ou de outras, como é o caso<br />

daquelas cujo culto implica na renuncia completa<br />

a tudo que antes formava a religiosidade do<br />

ser, pois visam transformar toda uma sociedade<br />

e uma cultura. Quando é uma divindade natural<br />

que está crescendo numa região, sua expansão<br />

é gradual e acontece de forma natural, não<br />

sendo imposta. Mas quando é “humana”, ou<br />

ela é imposta, ou não cresce. Saibam que uma<br />

divindade natural atrai seus adeptos com o seu<br />

magnetismo e suas qualidades divinas. Já uma<br />

divindade humana, atrai por sua mensagem<br />

divina, transformadora e renovadora da fé em<br />

Deus. Ambas atendem à vontade de Deus, que<br />

recorre às Suas divindades para melhor amparar<br />

Seus filhos.<br />

Toda divindade natural é associada à natureza,<br />

porque num determinado nível vibratório das hierarquias<br />

divinas, ela rege tanto a natureza quanto<br />

aos seres, as criaturas e as espécies que vivem<br />

nela.<br />

Por isso as lendas dos Orixás os associam tanto<br />

à natureza física quanto à individual. Com isto,<br />

temos os seus filhos, suas ervas, suas pedras, seus<br />

animais, suas cores, etc., tudo numa correspondência<br />

natural.<br />

Se estudarmos uma divindade natural, descobriremos<br />

que um elemento, um dia, um magnetismo,<br />

uma vibração, uma irradiação, um chacra, um<br />

sentido, etc., tudo em perfeita correspondência,<br />

é regido por ela, que tem uma hierarquia, só sua,<br />

manifestando suas qualidades porque são portadores<br />

de seus atributos e são aplicadores “naturais”<br />

do seu mistério na vida dos seres regidos por<br />

ela.<br />

Texto de Rubens Saraceni / Teologia de Umbanda

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