Danah Zohar O SER QUÂNTICO
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oscilações abaixo do limiar (pré-disparo) das membranas das células nervosas, 21 variam, dependendo de nosso estado de consciência e da atividade na qual o cérebro está envolvido. Foram reconhecidos quatro padrões diferentes até hoje: alpha, beta, delta e theta (fig. 6.3). No cérebro humano adulto normal as ondas beta, associadas ao pensamento organizado, conceituai, dominam o EEG durante as horas de vigília. As ondas delta aparecem quando o cérebro está num estado de sono profundo, sem sonhos; as ondas theta aparecem durante o sono com sonhos; as ondas alpha, em estado de relaxamento profundo, quando o cérebro está plenamente despeito porém sem se concentrar em nenhuma idéia em especial. Todo padrão geral de um EEG é estável, embora — como acontece também com as ondas em geral — os neurônios individuais que o produzem se modifiquem a todo momento. Tanto no EEG do crânio inteiro como mais drasticamente no EEG de dois neurônios individuais envolvidos no mesmo estímulo visual, os padrões de onda que representam uma excitação são sincrônicos, sugerindo que uma coerência de longo alcance liga os padrões de disparo de neurônios distintos. 22 É difícil explicar esse fato segundo qualquer uma das interpretações clássicas para as ligações entre neurônios, mas a sugestão de que o cérebro tem um sistema integrativo quântico facilita muito a interpretação. No modelo de consciência que proponho, o cérebro tem dois sistemas de interação — o condensado coerente de Bose-Einstein associado à consciência, e o sistema tipo computador dos neurônios individuais. A atividade elétrica observada no EEG pode ser uma ponte entre os dois — havendo excitação de um dos sistemas, produzir-se-ia um campo elétrico que agiria sobre o outro. 23 Mas, em virtude do fator quântico, as excitações seriam sempre integradas, isto é, coerentes. Um modelo mecânico-quântico da consciência dá origem, então, a um quadro da totalidade de nossa vida mental que não é nem completamente um computador nem completamente um sistema quântico — na verdade não é nem completamente "mental". O que reconhecemos como nossa plena vida consciente, usando a palavra consciência em seu sentido comum, é na verdade um complexo diálogo de muitas camadas ou em muitos níveis entre o aspecto quântico (o estado básico) e toda uma sinfonia de interações que provocam o desenrolar de padrões nesse estado básico — interações com nossas faculdades de computação no córtex cerebral, com nossas capacidades instintivas e emocionais no telencéfalo primitivo, com nossos apetites e espasmos (ou dores), com toda uma hoste de atividades corporais e, em certa medida, com a vida consciente de outras pessoas e criaturas. É a qualidade do desempenho de cada um dos membros dessa sinfonia o que finalmente determina a qualidade total e o conteúdo da música executada – nossa vida consciente.
Fig. 6.2 O ser é um composto de muitas camadas.
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Fig. 6.2 O ser é um composto de muitas camadas.