UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De

UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De

bibliotecadigital.ufmg.br
from bibliotecadigital.ufmg.br More from this publisher
14.04.2013 Views

Ao longo da construção da história ambiental da EECO fica claro que o grau de respeitabilidade tanto pela destinação da área quanto pela parte administrativa é muito maior do que há 20 anos. As lutas e conquistas foram realizadas por alunos, bolsistas, funcionários e professores através de seus trabalhos, suas pesquisas e por uma postura de abertura. Partindo dessa perspectiva, identifica-se um dos pontos mais positivos que reflete sobre os significados ambientais e sociais das áreas verdes: quando a vontade e anseios conservacionistas partem de baixo para cima, ou seja, não por uma imposição de um órgão superior, como observamos em parte de políticas voltadas às áreas de conservação no Brasil, mas por parte de pesquisadores, ecologistas e usuários das áreas. Demonstra-se ao longo dessa pesquisa que apesar de sua legitimação social o “paraíso na UFMG”, ou “a maior área verde dentro de uma universidade brasileira” necessita mais do que a realização de atividades educativas, ou de uma efetiva afirmação social e científica para não correr “novos velhos” riscos de ter sua área subtraída ou descaracterizada. 73 Afinal, a EECO é fruto de conquistas e de um empenho coletivo, que cresceu e se regenerou, assim como a vegetação que ocupa o terreno destinado à construção de um “campus ecológico” nos anos 70. 73 Sob o domínio de verde: o paraíso na UFMG. Boletim UFMG. Belo Horizonte. nº 1572, ano 33, 09/04/07. 98

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ACSELRAD, Henri (org). A duração das cidades: sustentabilidade e risco nas políticas ambientais. Rio de Janeiro: DP& A Editora, 2001a. ______________________. Políticas ambientais e construção democrática. In: VIANA, G; SILVA, M; DINIZ, N.(orgs) O desafio da sustentabilidade, um debate sócio – ambiental no Brasil. São Paulo: Editora da Fundação Perseu Abrano, 2001b(p.75-96). ALCANTRA, Denise de (et al) Rua Pires de Almeida: observação incorporada de um lugar público particular. In: Revista Paisagem e Ambiente: ensaios. Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, n.22, São Paulo: FAU, 2006. (p.30- 40) __________________. Projeto, Desempenho Urbano e construção do lugar: avaliação da qualidade ambiental do Parque Guinle, Rio de Janeiro, 2002, 135 f. Dissertação de Mestrado do PROARQ/UFRJ, Rio de Janeiro, 2002. AUGUSTINI, C.H.R.R.; SAADI, A. Avaliação preliminar, qualitativa do impacto antrópico na Bacia do Córrego do Mergulhão – Pampulha, BH. In: Simpósio de Situação Ambiental e qualidade de vida na Região Metropolitana de Belo Horizonte – MG. UFMG, 1985. BARACHO JÚNIOR, Jose Alfredo O. Responsabilidade civil por dano ambiental. Tese apresentada no Curso de Doutorado da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito a obtenção de título de Doutor em Direito. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1998, (f. 402). BARBOSA, G.V; RODRIGUES, D.M.S. O Quadrilátero Ferrífero e seus problemas geomorfólogicos. Boletim Mineiro de Geografia. Belo Horizonte, 1965. vol. 6, n. 10 e 11(p.1-35). BENEVOLO, Leonardo. As origens da urbanística moderna. São Paulo: Lisboa, 1981. BERNARDES, Ligia. Política urbana: uma análise da experiência brasileira. Análise e conjuntura, v.1, n.1. Belo Horizonte, Fundação João Pinheiro, 1986. (p. 83-118) BINZTOK, Jacob. Principais vertentes (escolas) da (des) ordem ambiental. In: SANTOS, Milton; BECKER, Bertha (et al) Território, territórios: ensaios sobre o ordenamento territorial. Rio de Janeiro: DP&A, 2006. 2ed.(p.319 – 331) BRANDÃO. Carlos Rodrigues (org.). Repensando a pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1999. BOLAFFI, G. Habitação e urbanismo: o problema e o falso problema. In: Maricato, E. (ed). A produção capitalista da casa (e da cidade) no Brasil industrial. São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1979. (p. 37-70). BONDUKI, N.; ROLNIK, R. Periferia da Grande São Paulo. Reprodução do espaço como expediente de reprodução da força de trabalho. In: Maricato, E. (ed). A produção 99

Ao longo da construção da história ambiental da EECO fica claro que o grau <strong>de</strong><br />

respeitabilida<strong>de</strong> tanto pela <strong>de</strong>stinação da área quanto pela parte administrativa é muito<br />

maior do que há 20 anos. As lutas e conquistas foram realizadas por alunos, bolsistas,<br />

funcionários e professores através <strong>de</strong> seus trabalhos, suas pesquisas e por uma postura<br />

<strong>de</strong> abertura. Partindo <strong>de</strong>ssa perspectiva, i<strong>de</strong>ntifica-se um dos pontos mais positivos que<br />

reflete sobre os significados ambientais e sociais das áreas ver<strong>de</strong>s: quando a vonta<strong>de</strong> e<br />

anseios conservacionistas partem <strong>de</strong> baixo para cima, ou seja, não por uma imposição<br />

<strong>de</strong> um órgão superior, como observamos em parte <strong>de</strong> políticas voltadas às áreas <strong>de</strong><br />

conservação no Brasil, mas por parte <strong>de</strong> pesquisadores, ecologistas e usuários das<br />

áreas.<br />

<strong>De</strong>monstra-se ao longo <strong>de</strong>ssa pesquisa que apesar <strong>de</strong> sua legitimação social o<br />

“paraíso na <strong>UFMG</strong>”, ou “a maior área ver<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> brasileira”<br />

necessita mais do que a realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s educativas, ou <strong>de</strong> uma efetiva<br />

afirmação social e científica para não correr “novos velhos” riscos <strong>de</strong> ter sua área<br />

subtraída ou <strong>de</strong>scaracterizada. 73 Afinal, a EECO é fruto <strong>de</strong> conquistas e <strong>de</strong> um empenho<br />

coletivo, que cresceu e se regenerou, assim como a vegetação que ocupa o terreno<br />

<strong>de</strong>stinado à construção <strong>de</strong> um “campus ecológico” nos anos 70.<br />

73 Sob o domínio <strong>de</strong> ver<strong>de</strong>: o paraíso na <strong>UFMG</strong>. Boletim <strong>UFMG</strong>. Belo Horizonte. nº 1572, ano 33, 09/04/07.<br />

98

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!