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UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De

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Cheguei a ficar cansado, pois era muito difícil. Uma dificulda<strong>de</strong> foi a<br />

construção da Odontologia e outra era a questão das reuniões e reuniões<br />

com o pessoal do DPFO, das Pró-Reitorias. Ficamos <strong>de</strong> pés quebrados,<br />

porque tínhamos uma potencialida<strong>de</strong> imensa, mas sem recursos, sem<br />

pessoal, éramos apenas três pessoas. O Celso ligava e dizia “ó o gás<br />

acabou” [...] nesse sentido as dificulda<strong>de</strong>s ainda permaneciam. Cada<br />

coisinha para conseguir era transformada em outras lutas. (Entrevista<br />

realizada em 24/11/2007)<br />

Se a implementação havia se tornado uma batalha diária, a institucionalização<br />

então havia ficado ainda mais distante. Parecia que todo o <strong>de</strong>sgaste do processo <strong>de</strong><br />

tombamento <strong>de</strong>ixou as relações com o Conselho Universitário fragilizadas mediante o<br />

acirramento <strong>de</strong> posições <strong>de</strong>ntro da própria universida<strong>de</strong>. Talvez o momento i<strong>de</strong>al para a<br />

construção <strong>de</strong> um Plano <strong>de</strong> Manejo e o conjunto <strong>de</strong> regras que institucionaria a EECO<br />

havia passado. Mesmo com a posse do reitor Tomaz Aroldo da Mota Santos, que se<br />

posicionou a favor da preservação da área, não houve um momento favorável para<br />

realização <strong>de</strong> tal pedido, o que acarretou em prejuízos para a área que permanecia sem<br />

um lugar no organograma administrativo. “A preservação e integrida<strong>de</strong> da EECO,<br />

terminaram por gerar circunstancialmente um pouco difícil, ou pelo menos não propício,<br />

uma discussão <strong>de</strong>ssa institucionalização” (Entrevista professor Tomaz Aroldo da Mota<br />

Santos. Realizada em 14/11/07).<br />

Nos anos que se seguiram “foram realizados convênios (Ibama, a PBH, e<br />

PMMG), simpósios e vários projetos técnicos, administrativos e pedagógicos (Centro <strong>de</strong><br />

Educação Ambiental, Usina <strong>de</strong> Compostagem, viveiro para produção <strong>de</strong> mudas, etc). Um<br />

ponto muito positivo foi em meados <strong>de</strong> 1998 quando a Pró Reitoria buscou incentivar a<br />

criação <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Extensão para a área, que viria sob a coor<strong>de</strong>nação do<br />

professor do Instituto <strong>de</strong> Geociências, Bernardo Machado Gontijo manter-se como o<br />

“carro-chefe” da EECO.<br />

Esse projeto na realida<strong>de</strong> era um programa <strong>de</strong> extensão da EECO com<br />

vários projetos. A outra questão era uma <strong>de</strong>finição do que era ser EECO<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um campus universitário. Então eu acho que o fato <strong>de</strong> estar na<br />

universida<strong>de</strong> tem que ser para ensino, pesquisa e extensão. Uma EECO<br />

po<strong>de</strong> ser uma APA 72 , mas não tem o compromisso com a geração <strong>de</strong><br />

conhecimento, já um espaço <strong>de</strong>ntro da universida<strong>de</strong> tem. O espaço tem<br />

que ser educativo para a própria universida<strong>de</strong> e para a socieda<strong>de</strong> externa.<br />

[...] Então o que fortalece a idéia <strong>de</strong> um espaço que <strong>de</strong>va ser preservado,<br />

valorizado surgiu a partir <strong>de</strong> 1998, quando eu assumi a Pré Reitoria <strong>de</strong><br />

Extensão. O trabalho foi ao longo do tempo uma aproximação entre dois<br />

72 APA: Área <strong>de</strong> Proteção Ambiental é uma categoria <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação, voltada para a proteção<br />

<strong>de</strong> riquezas naturais que estejam inseridas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um contexto <strong>de</strong> ocupação humana. O principal objetivo<br />

é a conservação <strong>de</strong> sítios <strong>de</strong> beleza cênica e a utilização racional dos recursos naturais, colocando em<br />

segundo plano, a manutenção da diversida<strong>de</strong> biológica e a preservação dos ecossistemas em seu estado<br />

original.<br />

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