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UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De

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Figura 09. Fonte: Arquivo do Conselho <strong>De</strong>liberativo do Patrimônio Cultural <strong>de</strong> Belo<br />

Horizonte. Consultado em: outubro <strong>de</strong> 2007<br />

Nesse sentido é que a questão da construção na “capineira” era consi<strong>de</strong>rada por<br />

alguns como “apaixonada” e que até certo ponto po<strong>de</strong>ria ser um exagero por parte dos<br />

ambientalistas e estudantes. Segundo ex-Diretor da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Odontologia Arnaldo<br />

Garrocho “foi no período <strong>de</strong> 91- 92, com a preparação se não me engano da Eco 92, e<br />

criou-se um clima a meu ver muito emocional, mais emocional do que técnico”. Ao<br />

mesmo tempo os ecologistas e ambientalistas acreditavam que o prece<strong>de</strong>nte não era<br />

suficiente para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um “cuidado ambiental” em relação à área, ou que<br />

não havia um amadurecimento necessário aos profissionais <strong>de</strong> outras áreas, como<br />

engenheiros e arquitetos ainda pautados em noções tecnicistas. Como coloca o<br />

professor e arquiteto Flavio Carsala<strong>de</strong> “parecia ter uma lógica muito mais, vamos dizer,<br />

ciências exatas do que <strong>de</strong> ciências sociais, ciências ambientais. É porque eles não viam<br />

ali uma ameaça ecológica, porque o terreno aon<strong>de</strong> eles iriam construir do ponto <strong>de</strong> vista<br />

ecológico-ambiental mais significativo, ou assim mais frágil, ali on<strong>de</strong> eles iriam construir”.<br />

O período que seguiu foi muito tenso, envolvendo diversos atores com diferentes<br />

<strong>de</strong>sejos, pois naquela altura os alunos da Escola <strong>de</strong> Odontologia acreditavam que se não<br />

fosse construído o prédio na área proposta não teria como ocorrer a transferência 68 ; os<br />

68 Inclusive o DA da Odonto escreveu um manifesto com o título “Chega <strong>de</strong> meias verda<strong>de</strong>s” em que<br />

questionava se por trás das questões ecológicas não havia outros interesses, e que havia um grupo que<br />

“não queria a ida da Odonto para o campus”. Mas segundo Júlio Diniz “a Odonto que tinha a unida<strong>de</strong> lá no<br />

centro, nós tínhamos muito pouco contato com os estudantes <strong>de</strong> Odontologia, mas para eles foi dito que se<br />

não construíssem no local da EECO, eles não teriam outro lugar para construir e que eles continuariam<br />

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