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UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De

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CAPÍTULO 03.<br />

O PODER ALÉM DOS MAPAS: A ESTAÇÃO ECOLÓGICA E O CASO DE 1992<br />

Neste momento do texto conduziremos a escrita <strong>de</strong> modo a relatar como foram<br />

exacerbados sentidos sobre interesses conflitantes <strong>de</strong>ntro da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Minas Gerais, com início em 1990, quando “sugerida” a construção das Escolas <strong>de</strong><br />

Farmácia e Odontologia próxima ao limite da área <strong>de</strong> preservação que a Estação<br />

Ecológica ocupava. Este caso é merecedor <strong>de</strong> relevância investigativa, pois mobilizou<br />

não só alunos, membros e diretores <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentos da universida<strong>de</strong>, mas extrapolou<br />

as cercas institucionais da universida<strong>de</strong> e foi ser objeto <strong>de</strong> discussão em outras<br />

instâncias, como a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Meio Ambiente <strong>de</strong> Belo Horizonte, e<br />

Conselho <strong>De</strong>liberativo do Patrimônio Cultural da mesma cida<strong>de</strong>. Foi a primeira e única<br />

vez que instâncias externas intervieram num caso interno da <strong>UFMG</strong>.<br />

Esse caso emblemático dividiu opiniões <strong>de</strong>ntro da universida<strong>de</strong>. Para um grupo<br />

essa foi a maior conquista da área, pois a legitimou-a como área <strong>de</strong> pesquisa, ensino,<br />

extensão e preservação. Já para outros se tratou <strong>de</strong> um movimento ecologicamente<br />

“apaixonado” e um caso que po<strong>de</strong>ria ser esquecido. Buscamos trazer as diferentes<br />

visões do processo, tanto daqueles que <strong>de</strong>sejavam manter a área intacta com seus<br />

principais argumentos e os atores envolvidos; e daqueles que argumentavam ser<br />

possível a construção das escolas sem gran<strong>de</strong>s perdas ambientais para área.<br />

3.1. A área da capineira da Estação Ecológica da <strong>UFMG</strong>: a expansão das Escolas<br />

<strong>de</strong> Odontologia e Farmácia e o início do processo<br />

Enquanto a Comissão Executiva conseguia realizar pequenas conquistas para<br />

afirmação da área como um espaço para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ensino, pesquisa e<br />

extensão ocorriam paralelamente a esse processo outras discussões que projetavam o<br />

futuro <strong>de</strong>stino da Estação Ecológica. <strong>De</strong>s<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1988 a Comissão <strong>de</strong> Obras do<br />

Conselho Universitário havia <strong>de</strong>finido como priorida<strong>de</strong> a transferência das Escolas <strong>de</strong><br />

Odontologia e Farmácia para o campus Pampulha. A transferência se fazia mediante a<br />

obediência ao Plano Diretor concebido em 1969, que já previa naquela época a<br />

construção do campus saú<strong>de</strong> junto aos quarteirões 14 e 15.<br />

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