UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De

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Figura 05: Lago construído, 1977. Fonte: Arquivo DPFO. Figura 06: Construção da sede da “Estação Experimental” em 1977 que até hoje abriga a sede da Estação Ecológica. Fonte: Arquivo DPFO. A não execução do Programa, de acordo com os entrevistados, se deu possivelmente em decorrência de um número excessivo de integrantes da Comissão ao envolver desejos e vontades divergentes em relação aos usos que seriam destinados a área. Pode-se levantar a hipótese do próprio amadorismo ou não amadurecimento das questões ecológicas na época. Uma prerrogativa nesse sentido é observada ao se constatar que essas discussões “ecológicas” não se faziam presentes no cotidiano da comunidade universitária. Sendo este último ponto bastante lembrado pelos 60

entrevistados quando os mesmos se referem ao caráter prematuro da questão ecológica. Pois havia uma lentidão da inserção e do reconhecimento por parte dos planejadores do campus da temática ambiental, ou da necessidade de se pensar no planejamento sob essa perspectiva ambiental. Lembrando que além do Conselho Universitário ou dos planejadores se fazia necessário ampliar esses debates e introduzi-los de forma mais ampla as várias áreas e setores acadêmicos. Desde o Conselho até os corredores e salas de aula. Buscar trazer a base universitária para participação e uma apropriação daquele espaço. Segundo o professor Cisalpino, um equívoco do Programa foi talvez de querer atender a necessidade de um ou outro grupo, em vez de demonstrar sua importância maior para toda comunidade universitária. Acontece que em condição única e exclusiva de cuidar da EECO, achei que era um papel do Instituto de Ciências Biológicas e/ou do Instituto de Geociências, ou talvez até da Pró Reitoria de Extensão, mas isso infelizmente não aconteceu(Entrevista de 05/12/2007). Essa não apropriação, ou um não reconhecimento da área pelos professores, alunos ou por outras instâncias da universidade acarretaria numa série de conseqüências drásticas relacionadas aos usos que então seriam dados a área, que a princípio sediaria um exemplar “Programa Ecológico” universitário. 2.4. Da Portaria nº320 aos (des) usos da Estação Ecológica da UFMG durante os anos 80: entulhos, queimadas e bota-fora Em 1979, já no reitorado do professor Celso de Vasconcelos Pinheiro, pela Portaria 320, é aprovado o “Programa Ecológico do Campus Pampulha”, que foi constituído por um grupo de Assessoria de Planejamento Ecológico e teria como encargos organizar as ações a curto e médio prazo para a área durante um período de dois anos. Para coordenação do Programa foi mantido o engenheiro Íris Chalfum entre outros membros da comissão anterior, totalizando um grupo de 10 pessoas 53 . A assessoria deveria administrar os serviços de horto, o criadouro e manejo de fauna, e elaborar estudos para instalação de uma futura Estação Climatológica. Uma das primeiras medidas tomadas para demonstrar o interesse à conservação foi o cercamento para proteção da área. 53 De acordo com a Portaria 320, de 31 de janeiro de 1979, fariam parte desta comissão alguns nomes da antiga comissão e foram acrescidos outros nomes: o engenheiro Íris Chalfun, Sebastião de Oliveira Lopes e Ronaldo Teixeira; o professor Ângelo Barbosa Machado, Ney Eny Carnevali, José Freitas e Miriam Costa Andradas, todos do ICB; Camilo de Assis Fonseca Filho, da Prefeitura; o professor Múcio Bonaparte Guimarães da Escola de Arquitetura e o professor Carlos Magno Ribeiro, do IGC. 61

Figura 05: Lago construído, 1977. Fonte: Arquivo DPFO.<br />

Figura 06: Construção da se<strong>de</strong> da “Estação Experimental” em 1977 que até hoje abriga a se<strong>de</strong> da<br />

Estação Ecológica. Fonte: Arquivo DPFO.<br />

A não execução do Programa, <strong>de</strong> acordo com os entrevistados, se <strong>de</strong>u<br />

possivelmente em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> um número excessivo <strong>de</strong> integrantes da Comissão ao<br />

envolver <strong>de</strong>sejos e vonta<strong>de</strong>s divergentes em relação aos usos que seriam <strong>de</strong>stinados a<br />

área. Po<strong>de</strong>-se levantar a hipótese do próprio amadorismo ou não amadurecimento das<br />

questões ecológicas na época. Uma prerrogativa nesse sentido é observada ao se<br />

constatar que essas discussões “ecológicas” não se faziam presentes no cotidiano da<br />

comunida<strong>de</strong> universitária. Sendo este último ponto bastante lembrado pelos<br />

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