UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De
UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De
de vertentes em solos desnudados) enriquecendo o espectro de condições ambientais destinadas a um estudo programado evolutivamente. Coerentemente a esta postura”aberta” que vigora no Geociências eu acompanho, de bom grado, o parecer elaborado pelos colegas profs. Dr. Allaoua Saadi e Edézio Teixeira de Carvalho, rotulado “Delimitação das áreas de mata da UFMG”, datado de maio do corrente ano, no qual não se prevê incompatibilidade na instalação das duas unidades previstas para a periferia do quarteirão 14, ao longo da via de acesso ao setor Norte do Campus. Tudo parece indicar, pelo menos numa analise desapaixonada que não vise objetivos de afirmação política ou efetivamente de poder, que a proposta da UFMG em aproximar estas duas unidades ás demais congêneres do sistema da área de saúde não oferece incompatibilidade e muito menos invalida a vizinha existência de uma estação ecológica urbana. Espero que argumentação mais aprofundada dos pareceres dos colegas do Instituto de Geociências, inclusive pela esclarecedora argumentação e organização de drenagem pluvio-fluvial, as considerações aqui esboçadas venham a ser de alguma utilidade a um debate que antes tragicamente oponente, venha a atingir um resultado harmonizado a democratização do mesmo e dar mais segurança á tomada de decisão. Aproveito o ensejo para agradecer a Reitoria da UFMG a deferência lisonjeira que tal convite representou para mim, esperando ter,nas estreitas circunstâncias de limitação temporal de minha apreciação, fornecido algo em proveito. Ao mesmo tempo me declaro, quanto possível, a disposição desta Universidade. Belo Horizonte, 15 de junho de 1992. TEXTO 2 Introdução “DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE MATA DA UFMG” Professor Dr. Alaoua Saadi Professor Dr. Edezio Teixeira de Carvalho IGC-UFMG A Universidade Federal de Minas Gerais detém duas grandes áreas verdes no município de Belo Horizonte, a primeira delas onde está instalado o complexo do Museu de Historia Natural e o Jardim Botânico no bairro do Horto Florestal. A segunda é representada pelo campus da Pampulha. 112
Com as diferenciações próprias do contexto de cada uma, a postura preservacionista ,e voltada para a reabilitação , que tem caracterizado as gestões da UFMG, é facilmente dectível na comparação de aerofotos antigas com as mais recentes (anos de 1977 e a1989 respectivamente) No caso particular do campus Pampulha, a UFMG vem promovendo o embelezamento da região através da reabilitação de áreas onde não estejam previstas em seu Plano Diretor novas construções, como o conjunto de gramados á volta da Reitoria e de outras edificações, e o tem feito mesmo em áreas previstas para edificações, como o conjunto de gramados junto ao prédio do Departamento de Física, que agora cede lugar a novas construções, Nos fundos das Faculdades de Letras e de Filosofia e em uma pequena área adjacente ao estacionamento do ICB, a UFMG promoveu recentemente obras de reabilitação de áreas então em franco processo de erosão com resultado excepcional. Em outras áreas, previstas para construções futuras em seu Plano diretor,a UFMG não inibiu a regeneração natural da vegetação arbórea: isto custaria caro, não traria qualquer benefício ambiental e não estavam , naturalmente prevista as dificuldades conjunturais que persistem, atrasando sobremaneira a implantação do campus. Do fato entretanto, resulta claro que a regeneração sobrevém nas áreas em que tal seja estimulado por ações concretas de reabilitação ou em que a ação cotidiana de predadores não a iniba. Ainda a comparação das aerofotos revela, se feita para o conjunto do território municipal, que poucas áreas terão sido objeto de zelo maior de seus detentores que as citadas, sob o controle da UFMG. Não parece,portanto, bem avisado adotar o principio de que o que hoje está verde deva necessariamente ser posto sob o constrangimento de um estatuto que impeça o uso não abusivo, previsto de longa data: este procedimento pode estimular ações preventivas contrárias ao impulso natural de preservar, hoje felizmente muito difundido. A área em que a UFMG não prevê construções coincide em linhas gerais com aquela definida como Área de Preservação pela Prefeitura de Belo Horizonte (Lei Municipal 5657/90) e incorpora porções que deverão ser objeto de desafiante trabalho de reabilitação. Ora, pois, o campus da Pampulha tem prvistas numerosas edificações em seu Plano Diretor e, á vsita das significativas amputações que sofreu, terá ao ser concluído, um grau de adensamneto de áreas ocupadas por construções e estacionamntos que por certo especial quando se atenta para suas funções que pressupõem em ambiente repousante, favorável ao exercício da reflexão. 113
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<strong>de</strong> vertentes em solos <strong>de</strong>snudados) enriquecendo o espectro <strong>de</strong> condições ambientais<br />
<strong>de</strong>stinadas a um estudo programado evolutivamente.<br />
Coerentemente a esta postura”aberta” que vigora no Geociências eu acompanho, <strong>de</strong><br />
bom grado, o parecer elaborado pelos colegas profs. Dr. Allaoua Saadi e Edézio Teixeira<br />
<strong>de</strong> Carvalho, rotulado “<strong>De</strong>limitação das áreas <strong>de</strong> mata da <strong>UFMG</strong>”, datado <strong>de</strong> maio do<br />
corrente ano, no qual não se prevê incompatibilida<strong>de</strong> na instalação das duas unida<strong>de</strong>s<br />
previstas para a periferia do quarteirão 14, ao longo da via <strong>de</strong> acesso ao setor Norte do<br />
Campus.<br />
Tudo parece indicar, pelo menos numa analise <strong>de</strong>sapaixonada que não vise objetivos<br />
<strong>de</strong> afirmação política ou efetivamente <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, que a proposta da <strong>UFMG</strong> em aproximar<br />
estas duas unida<strong>de</strong>s ás <strong>de</strong>mais congêneres do sistema da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não oferece<br />
incompatibilida<strong>de</strong> e muito menos invalida a vizinha existência <strong>de</strong> uma estação ecológica<br />
urbana.<br />
Espero que argumentação mais aprofundada dos pareceres dos colegas do Instituto<br />
<strong>de</strong> Geociências, inclusive pela esclarecedora argumentação e organização <strong>de</strong> drenagem<br />
pluvio-fluvial, as consi<strong>de</strong>rações aqui esboçadas venham a ser <strong>de</strong> alguma utilida<strong>de</strong> a um<br />
<strong>de</strong>bate que antes tragicamente oponente, venha a atingir um resultado harmonizado a<br />
<strong>de</strong>mocratização do mesmo e dar mais segurança á tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />
Aproveito o ensejo para agra<strong>de</strong>cer a Reitoria da <strong>UFMG</strong> a <strong>de</strong>ferência lisonjeira que tal<br />
convite representou para mim, esperando ter,nas estreitas circunstâncias <strong>de</strong> limitação<br />
temporal <strong>de</strong> minha apreciação, fornecido algo em proveito. Ao mesmo tempo me <strong>de</strong>claro,<br />
quanto possível, a disposição <strong>de</strong>sta Universida<strong>de</strong>.<br />
Belo Horizonte, 15 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1992.<br />
TEXTO 2<br />
Introdução<br />
“DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE MATA DA <strong>UFMG</strong>”<br />
Professor Dr. Alaoua Saadi<br />
Professor Dr. E<strong>de</strong>zio Teixeira <strong>de</strong> Carvalho<br />
IGC-<strong>UFMG</strong><br />
A Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais <strong>de</strong>tém duas gran<strong>de</strong>s áreas ver<strong>de</strong>s no<br />
município <strong>de</strong> Belo Horizonte, a primeira <strong>de</strong>las on<strong>de</strong> está instalado o complexo do Museu<br />
<strong>de</strong> Historia Natural e o Jardim Botânico no bairro do Horto Florestal. A segunda é<br />
representada pelo campus da Pampulha.<br />
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