14.04.2013 Views

UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De

UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De

UFMG Departamento de Geografia Karina Rousseng Dal Pont De

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A estes limites precisos, ocorre uma superposição imprecisa e vaga elaborada por<br />

órgão Municipal <strong>de</strong> Belo Horizonte, pelo “tombamento” areolar <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> precisão<br />

perimetral, <strong>de</strong> duas manchas <strong>de</strong> matas inseridas no território do campus da <strong>UFMG</strong>.<br />

Embora, na realida<strong>de</strong>, matas secundárias e vestígios em diferentes graus <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>rivação antropogênico constituam as ”matas”, apesar disso, especialmente pela<br />

generalizada antropização nos ambientes urbanos, elas merecem conservação (para<br />

assegurar-lhes o potencial regenerativo). O princípio é certo e, nesse ponto,<br />

teoricamente coinci<strong>de</strong>nte com os próprios objetivos da <strong>UFMG</strong>.<br />

Embora fora do meu alcance e competência, atrevo-me a supor uma certa<br />

fragilida<strong>de</strong> institucional e jurídica no processo <strong>de</strong> tombamento, eivado <strong>de</strong> conflito entre<br />

esferas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r.<br />

Aos limites precisos dos quarteirões do campus e aqueles carentes <strong>de</strong> efetivida<strong>de</strong><br />

no tombamento municipal junta-se um outro elemento, não externo, mas <strong>de</strong> próprio<br />

âmbito da Universida<strong>de</strong>, ao qual tudo indica solidário e aliado ao municipal, que é aquele<br />

da tentativa <strong>de</strong> imposição <strong>de</strong> limites para <strong>de</strong>finição especial da Estação Ecológica.<br />

O pressuposto <strong>de</strong> que o Quarteirão 14 é uma “unida<strong>de</strong> ecológica” é algo passível<br />

<strong>de</strong> muita discussão.Ao que parece o fato funa<strong>de</strong>mental repousa no fato <strong>de</strong> ela se<br />

encontra “cercada”e isenta <strong>de</strong> edificações. A própria norma “preservacionista mo<strong>de</strong>rada”<br />

da implantação do campus condicionou nascimento e continuida<strong>de</strong> da “Estação” que<br />

graças ao “acaso” do aproveitamento <strong>de</strong> edificação anterior ao campus foi ali<br />

<strong>de</strong>senvolvendo-se e implantando-se enquanto não se viu “atingida” pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

implantação <strong>de</strong> outras edificações necessárias à evolução do Campus.<br />

2. INCONSISTÊNCIA CONCEITUAL OU AMBIGUIDADE DE CONCEPÇÃO DE<br />

“ESTAÇÃO ECOLÓGICA”.<br />

Uma área <strong>de</strong> preservação e pesquisa tida como “estação ecológica” no interior <strong>de</strong><br />

um campus universitário é, antes <strong>de</strong> tudo, uma estação ecológica urbana.<br />

A concepção dos biólogos <strong>de</strong> que estação ecológica não visa apenas “mata”,mas<br />

necessita das formações <strong>de</strong>rivadas periféricas a ela, capoeiras, capineiras e até<br />

acumulações palustres a ela associadas por obra da erosão acelerada circundante,<br />

condicionadora do assoreamento, e aos córregos poluídos pelo entorno urbano, exterior<br />

ao campus, é absolutamente correta. , seja do ponto <strong>de</strong> vista floristico, mas sobretudo<br />

pela repercussão na fauna. É <strong>de</strong> que esteja incompleta , pois que a edificação,como em<br />

geral o usos do solo no campus, não é consi<strong>de</strong>rada. Aliás consi<strong>de</strong>rada apenas do ângulo<br />

<strong>de</strong> inconveniente a ser evitado.<br />

109

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!