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Diversidade sexual na educação ... - unesdoc - Unesco

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podem encontrar, nesses modos de tratar o assuntos, possibilidades didático-metodológicas<br />

que contribuam para a construção de uma sociedade menos sexista,<br />

menos racista e menos homofóbica.<br />

No artigo As “diferenças” <strong>na</strong> literatura infantil e juvenil <strong>na</strong>s escolas: para entendêlas<br />

e aceitá-las, Lúcia Facco defende que, nos trabalhos de sala de aula com crianças<br />

e adolescentes, educadores/as possam se valer de textos literários que tragam de<br />

maneira nítida a questão das “diferenças” e, mais propriamente, a discussão que<br />

oportunize o aprendizado do respeito às diversidades de gênero, orientação <strong>sexual</strong>,<br />

classe, entre outras. Ao mesmo tempo, ao chamar a atenção para o fato de os textos<br />

literários também serem instrumentos poderosos <strong>na</strong> transmissão de visões de mundo,<br />

preconceitos e estigmas, sustenta que a necessária promoção do ensino de uma<br />

recepção crítica das mensagens se faça acompanhar de atitudes e de uma pedagogia<br />

por meio das quais educadores/as possam melhor incentivar e apontar novas possibilidades<br />

de desenvolvimento da cultura do respeito e do reconhecimento não só da<br />

diversidade <strong>sexual</strong>, como também das outras.<br />

Orientação <strong>sexual</strong> <strong>na</strong>s escolas públicas de São Paulo, de Antonio Carlos Egypto,<br />

trata da importância, <strong>na</strong>s políticas públicas de <strong>educação</strong>, de implementar ações<br />

voltadas para promover a discussão sobre a <strong>sexual</strong>idades e os preconceitos <strong>na</strong>s escolas.<br />

O autor, entendendo a “orientação <strong>sexual</strong>” como conteúdo curricular e processo<br />

pedagógico tal como disposto nos Parâmetros Curriculares Nacio<strong>na</strong>is, oferece um<br />

relato acerca do desenvolvimento, pelo Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação<br />

Sexual, de um amplo projeto de formação de profissio<strong>na</strong>is da <strong>educação</strong> junto à<br />

rede municipal de ensino <strong>na</strong> cidade de São Paulo, em 00 e 004. O projeto é aqui<br />

exposto em suas diferentes fases e aspectos, como os objetivos, os desafios enfrentados,<br />

a formação continuada de educadores, a postura, a metodologia e a dimensão<br />

alcançada por esse trabalho.<br />

No bojo do debate acerca dos processos de construção de identidades e das<br />

disputas em torno de diferentes regimes de visibilidade/invisibilidade identitária<br />

LGBT, emergem fortes tensões entre os que defendem a adoção de aguerridas<br />

ações afirmativas e os que acreditam em formas mais sutis de militância. Entre<br />

os últimos, há ainda os que investem em atitudes ainda mais problematizadoras<br />

quanto aos pressupostos teórico-políticos de toda essa discussão. É onde se situa<br />

Denilson Lopes, em Por uma nova invisibilidade. Ele inicialmente observa que a invisibilidade<br />

social tem sido vista pelos movimentos políticos minoritários como um<br />

alvo a ser combatido, entendida como resultado da opressão social e histórica. No<br />

entanto, a partir de leituras das obras de Silviano Santiago e Caio Fer<strong>na</strong>ndo Abreu,<br />

ele propõe uma reavaliação da invisibilidade como alter<strong>na</strong>tiva, seja para uma política<br />

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