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Diversidade sexual na educação ... - unesdoc - Unesco

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Alípio de Sousa Filho, em Homos<strong>sexual</strong>idade e preconceito: pelo fim das fraudes<br />

que procuram causas e curas para a homos<strong>sexual</strong>idade, procura demonstrar que uma<br />

longa história de colonização pelo preconceito, por meio da qual se representou a<br />

homos<strong>sexual</strong>idade como uma exceção, um desvio ou uma inversão no quadro de<br />

uma pretendida (e compulsória) normalidade heteros<strong>sexual</strong>, se fez acompanhar pelo<br />

desenvolvimento de estudos e teorias em busca de uma causa específica da homos<strong>sexual</strong>idade.<br />

O autor sustenta que as formulações que procuram determi<strong>na</strong>r a<br />

gênese da homos<strong>sexual</strong>idade, dissimuladas como “teorias científicas”, configuram<br />

autênticas fraudes de ordem intelectual e moral. Enfatiza que estas teorias resultam<br />

da profunda ação da ideologia <strong>na</strong> cultura (e, nesse sentido, de uma visão social não<br />

inteiramente consciente) e que, por isso, sua desmistificação requer empenho sistemático.<br />

Afi<strong>na</strong>l, mesmo quando denunciadas como obras do pensamento preconceituoso,<br />

elas tendem a não deixar de produzir efeitos no imaginário e de exercer sua<br />

influência deletéria sobre todas as pessoas, dentro e fora da escola.<br />

Em Equívocos e armadilhas <strong>na</strong> articulação entre diversidade <strong>sexual</strong> e políticas<br />

de inclusão escolar, Fer<strong>na</strong>ndo Seffner a<strong>na</strong>lisa os desafios <strong>na</strong> implantação de políticas<br />

educacio<strong>na</strong>is inclusivas que considerem os temas da diversidade <strong>sexual</strong>. O autor<br />

observa que o aparente consenso em torno da adoção de um modelo educacio<strong>na</strong>l<br />

deste tipo tende a desaparecer quando se depara com as demandas de inclusão de<br />

determi<strong>na</strong>dos públicos, especialmente o de estudantes homossexuais. Defensor do<br />

caráter laico da escola pública, considera as dificuldades resultantes de resistências<br />

relativas a questões morais e religiosas e da tensão com os movimentos organizados<br />

<strong>na</strong> defesa dos direitos de LGBT. Sugere ações que contribuam para a inserção dos<br />

temas da diversidade <strong>sexual</strong> nos currículos e a inclusão e a permanência de estudantes<br />

cuja orientação <strong>sexual</strong> é diferente da heteros<strong>sexual</strong>.<br />

Com o objetivo de discutir o conceito de gênero e de identidades sexuais e,<br />

mais especificamente, a construção das masculinidades <strong>na</strong> infância e <strong>na</strong> escola, Jane<br />

Felipe e Alexandre Toaldo Bello propõem o artigo Construção de comportamentos<br />

homofóbicos no cotidiano da Educação Infantil. O trabalho suscita olhares sobre os<br />

sujeitos infantis masculinos e a<strong>na</strong>lisa de que forma determi<strong>na</strong>das representações de<br />

homem que se pretendem hegemônicas são acio<strong>na</strong>das e percebidas por crianças e<br />

educadores/as, especialmente no âmbito da Educação Infantil, produzindo nelas,<br />

desde a mais tenra idade, um esboço de homofobia e de misoginia.<br />

Em A escola e @s filh@s de lésbicas e gays: reflexões sobre conjugalidade e parentalidade<br />

no Brasil, Luiz Mello, Miriam Grossi e An<strong>na</strong> Paula Uziel discutem a inclusão<br />

das famílias homoparentais <strong>na</strong> nossa escola, considerada instituição central <strong>na</strong> cons-<br />

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