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Diversidade sexual na educação ... - unesdoc - Unesco

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Antonio Carlos Egypto e Yara Sayão. Na cidade de São Paulo, a Lei n.º .97 ,<br />

de 4 de janeiro de 99 , de autoria da então vereadora A<strong>na</strong> Maria Quadros, do<br />

PSDB, aprovada pela Câmara Municipal e sancio<strong>na</strong>da pelo prefeito Paulo Maluf<br />

à época, determi<strong>na</strong> que as escolas públicas da cidade desenvolvam projetos<br />

com o objetivo de orientação e <strong>educação</strong> <strong>sexual</strong> para todos os alunos.<br />

A expressão orientação <strong>sexual</strong> <strong>na</strong> escola foi cunhada para desig<strong>na</strong>r o processo<br />

pedagógico planejado e sistematizado que cabe às instituições educacio<strong>na</strong>is,<br />

de forma a atender às demandas que decorrem de uma discussão franca e<br />

aberta da <strong>sexual</strong>idade, tão absolutamente indispensável <strong>na</strong> contemporaneidade.<br />

Não deve ser confundido com a orientação do desejo <strong>sexual</strong>, que é um dos temas<br />

trabalhados no processo educativo, mas não o único nem o central da discussão,<br />

em que pese sua grande importância. Utiliza-se também mais genericamente<br />

o termo <strong>educação</strong> <strong>sexual</strong>, mas entendemos que a <strong>educação</strong> <strong>sexual</strong> sempre existe,<br />

mesmo que se dê por omissão ou repressão, como foi tradicio<strong>na</strong>l em nosso passado,<br />

mesmo recente. Essas formas de “<strong>educação</strong> <strong>sexual</strong>” ainda estão presentes<br />

em muitos espaços da nossa complexa organização social, inclusive nos grandes<br />

aglomerados urbanos, mas pouco a pouco vão se tor<strong>na</strong>ndo minoritárias. Os<br />

principais atores da <strong>educação</strong> <strong>sexual</strong> a que estamos expostos são inevitavelmente<br />

os membros da família: pais, mães e irmãos, especialmente os mais velhos.<br />

Mas ela está também <strong>na</strong> vizinhança, <strong>na</strong> igreja, em toda a comunidade e, de forma<br />

intensa, nos dias contemporâneos, por intermédio da mídia, cada vez mais<br />

presente e operante <strong>na</strong> vida de todos: crianças, adolescentes, adultos ou idosos,<br />

homens e mulheres.<br />

À escola cabe definir objetivos, métodos e técnicas de ação, além de avaliar<br />

e revisar continuamente todo o processo pedagógico. O caráter intencio<strong>na</strong>l, planejado<br />

e sistematizado da orientação <strong>sexual</strong> <strong>na</strong> escola pretende ser uma intervenção<br />

pedagógica no processo informal da <strong>educação</strong> <strong>sexual</strong> que todos recebemos, favorecendo<br />

a reflexão sobre a <strong>sexual</strong>idade, problematizando os temas polêmicos, favorecendo<br />

ampla liberdade de expressão em ambiente acolhedor que visa a promover<br />

bem-estar <strong>sexual</strong> e vínculos mais significativos, ampliando a cidadania.<br />

O GTPOS – uma organização não-gover<strong>na</strong>mental, sem fins lucrativos,<br />

com sede em São Paulo, de caráter educativo e especializada em <strong>sexual</strong>idade –<br />

tem se dedicado a esse trabalho, de forma prioritária, há quase vinte anos. Ele<br />

realizou a implantação de projetos de orientação <strong>sexual</strong> <strong>na</strong> escola em toda a rede<br />

pública de ensino da cidade de São Paulo em dois momentos, de 989 a 99 ,<br />

e em 00 e 004. Além disso, desenvolveu projetos para as escolas das redes<br />

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