Sohn-Rethel - Trabalho manual e espiritual
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do que o Senhor podia suspeitar e eu mesmo suspeitava. E somente a<br />
consciência dessa concordância (da qual pode ter percebido traços no<br />
conceito da falsa síntese no trabalho sobre jazz), mas que no essencial<br />
está na transposição crítico-imanente (= identificação dialética) do<br />
idealismo em materialismo dialético; no conhecimento de que não é a<br />
verdade que está contida na história, mas a história na verdade; e na<br />
tentativa de uma proto-história da lógica consiste - só esta concordância<br />
ingente e ratificadora me impede de designar seu trabalho de genial - a<br />
angústia, de que se quereria que fosse também o próprio!" Com nossa<br />
explicação social da razão pura desvanece a impossibilidade antinômica de<br />
unidade da ciência natural e da ciência do espírito, respectivamente da<br />
história. Com isso devia estar aberto o caminho para uma compreensão<br />
universal da história da humanidade ocidental.<br />
Notas:<br />
30 - MARX, Karl. O Capital, L. I, cap.5 (MEW, 23, p.193).<br />
31 - Id., ibid., cap. (MEW, 23, p.531).<br />
32 - Frankfurt, Surkamp, 1969.<br />
33 - Ibid, p.13. [Traduzimos conforme a tradução alemã - N.d.T.]<br />
34 - Falo em pessoa só na medida em que também em sociedades arcaicas os indivíduos têm<br />
nomes próprios, com os quais sabem que são chamados pessoalmente.<br />
35 - R.J.Forbes, "Metals and early science", Essays on the social history of science, ed. S.Lilley,<br />
Copenhagen, Ejnar Munksgaard, Centaurus, 1953, v.3, p.25-26. [Tradução do original - N.d.T.]<br />
36 - Hoplita: "Soldado de infantaria com armadura pesada na Grécia antiga"(do Aurélio - n.d.t.).<br />
37 - Theodor W. Adorno e A. <strong>Sohn</strong>-<strong>Rethel</strong>, "Notizen zu einem Gespräch (von Adorno Verfasst)",<br />
Warenform und Denkform mit zwei Anhängen, Surkamp, Frankfurt a.M., 1978, p.135ss.<br />
38 - A suposição do domínio de uma classe comercial, que teria surgido depois das guerras<br />
persianas, suposição à qual nós (Adorno e eu) sucumbimos, é fundamentalmente errada. Ela foi<br />
difundida por seguidores do marxismo, mas sem notar que ela contrariava rigorosamente o melhor<br />
entendimento de Marx. Para tal sirvam só duas citações extraidas dos Grundrisse: aquela já<br />
lembrada: "Nos antigos o valor de troca não era o nexus rerum" (Grundrisse, p.134) e outra ainda<br />
mais enfática: "A igualdade e a liberdade neste desenvolvimento [da troca mercantil, S.-R.] são<br />
exatamente o oposto da liberdade e igualdade dos antigos, os quais não tinham como base nem<br />
mesmo o valor de troca desenvolvido, muito mais com seu devenvolvimento vão em ruina" (ibid.,<br />
p.156). - Na questão chave - como so grandes possuidores de escravos por exemplo de Atenas se<br />
enriqueciam pela posse de seus escraavos, sem empregá-los conforme o modo de empresários<br />
comerciais - eu me decido para a conjectura de Max Weber, de que eles alugavam seus escravos<br />
(obtidos em guerra ou no mercado dos esccravos em Delos) a "metokos", que com eles<br />
exploravam suas instalações para a produção de armas, cosméticos, cerâmica, móveis, sapatos,<br />
etc., em parte empregando até trinta ou mais em um estabelecimento. Os proprietários gregos de<br />
escravos ficavam rendeiros e podiam gozar de seu ócio aristocrático como k a l o i k a g a q o i .<br />
39 - Cf. Parte I, item 4, acima (p.7) [Nota do trad.].<br />
40 - Adoto aqui a terminologia de Bodo von Greiff em seu estudo iluminador.<br />
41 - Cf. o tratamento penetrante de Thomas Kuby, "Der Wandel des Automationsbegriffs" ("A<br />
mudança do conceito de automação"), in: Thomas Kuby (ed.), Vom Handwerksinstrument zum