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Sohn-Rethel - Trabalho manual e espiritual

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esta base deveria ser possível uma reconstrução pormenorizada da<br />

história. Por minha parte, eu viso no entanto somente o surgimento da<br />

ciência natural entre os antigos e na idade moderna.<br />

Notas:<br />

1 - Para o entendimento de que a dialética não pode ser lógica, os trabalhos de Galvano della<br />

Volpe ofereceram preciosas contribuições.<br />

2 - "Nós conhecemos só uma única ciência, a ciência da história. A história pode ser considerada<br />

em duas partes e subdividida em história da natureza e história dos homens. Ambas as partes não<br />

se devem entretanto separar do tempo..." Ideologia alemã, Feuerbach (cf. Frühschriften, ed.<br />

S.Landshut e J.P.Mayer, v.I, p.10).- O parágrafo que começa com essas frases foi riscado por Marx<br />

no Manuscrito, mas elas mantêm seu valor como expressão do pensamento marxiano.<br />

3 - Grifos nossos [N.d.T.]<br />

4 - Ler o Capital de L.Althusser, Jacques Rancière, Pierre Macherey, Étienne Balibar e Roger<br />

Establet, 2 vv., François Maspéro, Paris, 1965, 1967. - Eu poderia concordar com a intenção desse<br />

empreendimento, se a estrutura fundamental, para a qual se dirige a pesquisa, fosse reconhecida<br />

em seu correto hábito da abstração, na qual somente, porém, ela pode exercer seu poder<br />

estrutural. Mas exatamente o discurso marxiano da "abstração mercadoria" é entendido<br />

metaforicamente, enquanto deve ser tomado à letra. Assim Althusser acha necessário sublinhar<br />

"que la production de la connaissance ... constitue un processus qui se passe tout entier dans la<br />

pensée". (vol.I, p.51). O nexo formal que a estrutura buscada deveria constituir aqui, ao contrário,<br />

é cindido e dilacerado. O tema geral não proclamado do Capital e de sua fundamentação na<br />

análise da mercadoria é a abstração real ali descoberta. Seu alcance estende-se para além da<br />

pura economia, chegando a afetar a filosofia tradicional propriamente muito mais diretamente que<br />

a economia política. Somente no conhecimento desse alcance é que se pode conceber a questão<br />

materialista da forma e da estrutura, inclusive no que se refere à questão da verdade e das<br />

normas. Se esta questão tivesse sido colocada por Marx com esta abrangência, então ele teria<br />

tido que reconhecer, que sua concepção da abstração mercadoria no Capital ou não se sustenta<br />

(sendo uma pura metáfora e uma imagem enganosa da abstração) ou então não é completa.<br />

5 - Jürgen Habermas, Erkenntnis und Interesse. Frankfurt/M, Surkamp, 1968. Sobretudo I Parte,<br />

por ex. p.58-59, e o cap.3: "A idéia de uma teoria do conhecimento como teoria da sociedade".<br />

6 - Cf. a "Crítica do Programa de Gotha" e a Ideologia Alemã.<br />

7 - Grifos nossos [N.d.T.]<br />

8 - "No começo desta dedução esta filosofia é puro idealismo" (G.W.F. Hegel, Differenz des<br />

Fichte'schen und Schelling'schen Systems der Philosophie, Jena, 1801, p.1).<br />

9 - Cf. "Beantwortung der Frage: Was ist Aufklärung?" ("Resposta à questão: O que é<br />

iluminismo?") de 1784.<br />

10 - O Capital, MEW (Dietz, v.23-25), I vol., p.102. - Poderia parecer, com isso, como se o conceito<br />

normativo da propriedade (em contraposição à posse) fosse apriori ideal da abstração da troca,<br />

em contradição a nosso enfoque materialista sobre ele. Na realidade, porém, a relação de<br />

sucessão é a contrária. O conceito de propriedade é ele mesmo resultado da abstração da troca.<br />

A compulsão a deixar manipulações de uso com objetos que estão prontos para a troca e na troca,<br />

é um simples dado da experiência: se ele for ignorado, a relação de troca cessa. Mas do fato de<br />

que a experiêcia contem uma negação - daí deriva-se uma proibição de uso, que se estende a<br />

todas as pessoas envolvidas e ganha carater normativo geral para todos os casos idênticos,

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