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Sohn-Rethel - Trabalho manual e espiritual

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fechada da reificação de acordo com a função unificadora do dinheiro. Esta<br />

reprodução mental (baseada na identificação do explorador com a função<br />

do dinheiro, portanto emanando do princípio da unidade do pensamento)<br />

esta reprodução da conexão da exploração fechada em si, refere-se à<br />

produção ou é "conhecimento" válido, enquanto ela reproduz aquela<br />

conexão como nexo existencial das coisas de acordo com seus<br />

fundamentos íntimos, ou seja racionalmente. O conhecimento racional da<br />

natureza será com isso a reprodução da conexão da produção fechada em<br />

si segundo as leis sociais da apropriação, funcionalizadas pelo dinheiro.<br />

<strong>Sohn</strong>-<strong>Rethel</strong> - 1970: Eu<br />

Ho* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />

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* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * o segundo o modelo<br />

europeu, portanto é mal-entendido. O explorador grego não tinha<br />

necessidade de formar uma teoria da produção, porque ele podia adquirir<br />

escravos como a devida capacidade ou fazê-los treinar, portanto dispunha<br />

da técnica da produção, por assim dizer, como uma qualidade humana<br />

natural. E a filosofia grega não conhece o conceito de sujeito, com o qual<br />

aqui se opera. Meu modo de ler então a ordem da sociedade e da<br />

exploração antiga estava equivocada. A ratio teorética na antiguidade, ou<br />

seja fundamentalmente na filosofia grega, não era meio científico para<br />

possibilitar a produção, e sim instrumento ideológico das classes<br />

utilizadoras do dinheiro para a conquista e manutenção do domínio social,<br />

um domínio que no começo abarcava a polis em seu conjunto e podia ser<br />

democrático, mas que tendia - mais e mais - à oligarquia dos grandes<br />

possuidores de dinheiro e de escravos. A base de produção da antiga<br />

democracia ("a base econômica da clássica comunidade em seu melhor<br />

tempo") eram, de acordo com o famoso rodapé em O Capital (I, p.299 da<br />

ed. de 1903), "a pequena economia camponesa e o artesanato<br />

independente". Isso era no começo da antiga produção mercantil, portanto<br />

"antes que a escravatura se [tivesse] apoderado seriamente da produção".<br />

Só no tempo helenístico os grandes possuidores de dinheiro, de donos de<br />

escravos se tornaram também proprietários de meios técnicos de produção<br />

em escala social crescente. Só aqui desenvolvem-se as condições para um<br />

surgimento de um pensamento científico no sentido posterior europeu. É<br />

uma questão fascinante, mas irrespondível: como o desenvolvimento<br />

helenístico teria progredido, sem a expansão imperial romana e sem a<br />

intervenção das migrações dos povos, ou seja se ele, por si, porventura<br />

teria podido levar até ao capitalismo produtivo; em outras palavras a<br />

questão de se o capitalismo, de acordo com sua natureza, é resultado<br />

lógico da dialética histórica ou produto pragmático casual.

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