Sohn-Rethel - Trabalho manual e espiritual

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14.04.2013 Views

surgimento histórico é, que o sujeito teórico surge da identificação do homem com o dinheiro. O sujeito teórico é o possuidor de dinheiro.xxxi Marx chamou o dinheiro de "mercadoria geral". Apresentemo-nos para onde remonta essa generalização da mercadoria. A forma original da identidade é produto apropriado na relação direta de exploração (ou seja na relação direta de domínio e servidão por apropriação unilateral). A história da origem do dinheiro é a história da origem da autonomização polarizada da forma de identidade perante o produto apropriado. A autonomização da forma de identidade no dinheiro desenvolve-se por graus através de várias reflexões da relação primária de exploração. Já a primeira forma da troca de mercadorias, aquela entre os faraós e os chefes vizinhos (de reinos exploradores em parte surgidos primeiro no impulso dessa troca mercantil), contem a reflexão da relação de exploração como tal, uma equação da exploração aqui e lá. Ela coincide com a primeira separação do produtor explorado com respeito a sua ordem colectiva originalmente pertencente a um todo indivisível, a separação do escravo como componente humana dessa ordem perante seus elementos materiais, não-humanos, apropriáveis separadamente. Já na etapa do comércio estatal egípcio e vétero-oriental escravos tornam-se objetos de troca contra mercadorias materiais (por sua parte, produtos já acumulados de produtores explorados). A "abstraçãovalor" pela generalização da equivalência é tão somente a expressão formal material da abstração do homem explorado com respeito às condições materiais de trabalho (elementos materiais da ordem da produção) e perante a especialidade de seus produtos. Perguntemo-nos, sem perseguir ulteriormente as etapas genéticas, que grau e que determinação formal assumiu essa abstração na forma dinheiro do valor das mercadorias.58 O dinheiro, como corporificação autônoma da materialidade e validade do valor do objeto de apropriação, de acordo com Marx, é a forma-valor "simples e comunitária, portanto geral",59a forma de permutabilidade de todos os objetos de apropriação entre si. "Como valores, elas [as mercadorias] são idênticas, materiatur do mesmo trabalho ou a mesma materiatur do trabalho, ouro. Como matéria da mesma forma do mesmo trabalho elas mostram só uma diferença, quantitativa..."60 Mas o trabalho, cuja representação geral é o dinheiro, é trabalho de trabalhadores explorados. A abstração valor das mercadorias em forma geral, equivalente para todas as mercadorias, inclui em si a abstratificação dos trabalhadores explorados, seu nivelamento como corpos humanos abstratos.61 O dinheiro relaciona-se ao trabalhador explorado na generalidade, na qual ele produz mercadorias trocáveis entre si, valores transformáveis em dinheiro, portanto vale ele mesmo como trocável com qualquer outro trabalhador explorado para a produção de cada mercadoria e espécie de mercadoria. A permutabilidade geral das mercadorias por dinheiro inclui em si a

permutabilidade geral dos trabalhadores na produção das mercadorias, sua forma geral mercantil como coisas humanas homogêneas trabalhando. É na base dessa homogeneidade que eles se diferenciam primeiro. Por outro lado, a forma-coisa, em forma do dinheiro, que surge da apropriação, ganha ela mesma a forma existência de ser meio de apropriação. Como dinheiro o ouro, ou qualquer outro material moeda, não tem outra finalidade senão de comprar, alcançar a propriedade de mercadorias a seu possuidor. No dinheiro, a ação de apropriação do explorador alcança caracter funcional. Definimos a função geneticamente como a ação reificada de apropriação do explorador. Sua definição por seu conteúdo depende da fase de reflexão da apropriação (que seja função do dinheiro, função causal, função matemática, etc.), mas deve definir-se sempre no último recurso como variação da relação, na qual se encontra a ação de apropriação do explorador na relação original de exploração, quer seja para a produção do explorado, quer seja para o consumo do explorador. O conceito da função inclui em si a relação de duas ações - reificado: dois fenômenos -, das quais uma provoca o acontecer da outra só pelo fato dela mesma acontecer. Que a provocação ocorra, é o postulado da exploração, na qual a produção acontece por meio da apropriação e segundo a razão da apropriação. O conceito da função postula, originalmente, o funcionamento da exploração. Ele contem a ficção, de que a síntese da apropriação seja a síntese da produção e do consumo, mas elimina o quidproquo pelo fato de que ele expressa esta última síntese, que só pode seu uma síntese humana prática (na comunidade natural ou em uma sociedade socialista), como síntese funcional, ou seja como uma relação entre coisas e fenômenos materiais. A relação funcional é a forma de reificação ou a formalização da coação física, que o explorador exerce sobre o explorado, para que este trabalhe para ele. Como função do dinheiro a relação de apropriação da produção assumiu a forma do postulado, de que a troca mercadorias-dinheiro provoca entre os exploradores a produção de mercadorias com valor monetário. A provocação tem sucesso, porque entre as mercadorias, que só exploradores trocam contra dinheiro, encontra-se a mercadoria-escravo que trabalha.xxxii A perfeita relação funcional econômicas ou a exploração funcional perfeitamente econômica ocorre primeiro quando o processo social de troca das mercadorias provoca a prestação "livre" de trabalho dos explorados, ou seja no capitalismo. O dinheiro é a "mercadoria geral", porque é o meio socialmente válido de apropriação de todas as mercadorias. O dinheiro comporta-se em relação às mercadorias individuais, que ele compra, como a ação do apropriador para com os objetos de apropriação na relação direta de exploração. Na duplicação de formas do reino da exploração, em forma mercadoria e forma dinheiro, a polaridade da relação de exploração se estabelece coisificada

permutabilidade geral dos trabalhadores na produção das mercadorias, sua<br />

forma geral mercantil como coisas humanas homogêneas trabalhando. É<br />

na base dessa homogeneidade que eles se diferenciam primeiro.<br />

Por outro lado, a forma-coisa, em forma do dinheiro, que surge da<br />

apropriação, ganha ela mesma a forma existência de ser meio de<br />

apropriação. Como dinheiro o ouro, ou qualquer outro material moeda, não<br />

tem outra finalidade senão de comprar, alcançar a propriedade de<br />

mercadorias a seu possuidor. No dinheiro, a ação de apropriação do<br />

explorador alcança caracter funcional. Definimos a função geneticamente<br />

como a ação reificada de apropriação do explorador. Sua definição por seu<br />

conteúdo depende da fase de reflexão da apropriação (que seja função do<br />

dinheiro, função causal, função matemática, etc.), mas deve definir-se<br />

sempre no último recurso como variação da relação, na qual se encontra a<br />

ação de apropriação do explorador na relação original de exploração, quer<br />

seja para a produção do explorado, quer seja para o consumo do<br />

explorador. O conceito da função inclui em si a relação de duas ações -<br />

reificado: dois fenômenos -, das quais uma provoca o acontecer da outra só<br />

pelo fato dela mesma acontecer. Que a provocação ocorra, é o postulado<br />

da exploração, na qual a produção acontece por meio da apropriação e<br />

segundo a razão da apropriação. O conceito da função postula,<br />

originalmente, o funcionamento da exploração. Ele contem a ficção, de que<br />

a síntese da apropriação seja a síntese da produção e do consumo, mas<br />

elimina o quidproquo pelo fato de que ele expressa esta última síntese, que<br />

só pode seu uma síntese humana prática (na comunidade natural ou em<br />

uma sociedade socialista), como síntese funcional, ou seja como uma<br />

relação entre coisas e fenômenos materiais. A relação funcional é a forma<br />

de reificação ou a formalização da coação física, que o explorador exerce<br />

sobre o explorado, para que este trabalhe para ele. Como função do<br />

dinheiro a relação de apropriação da produção assumiu a forma do<br />

postulado, de que a troca mercadorias-dinheiro provoca entre os<br />

exploradores a produção de mercadorias com valor monetário. A<br />

provocação tem sucesso, porque entre as mercadorias, que só<br />

exploradores trocam contra dinheiro, encontra-se a mercadoria-escravo que<br />

trabalha.xxxii A perfeita relação funcional econômicas ou a exploração<br />

funcional perfeitamente econômica ocorre primeiro quando o processo<br />

social de troca das mercadorias provoca a prestação "livre" de trabalho dos<br />

explorados, ou seja no capitalismo.<br />

O dinheiro é a "mercadoria geral", porque é o meio socialmente válido de<br />

apropriação de todas as mercadorias. O dinheiro comporta-se em relação<br />

às mercadorias individuais, que ele compra, como a ação do apropriador<br />

para com os objetos de apropriação na relação direta de exploração. Na<br />

duplicação de formas do reino da exploração, em forma mercadoria e forma<br />

dinheiro, a polaridade da relação de exploração se estabelece coisificada

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