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Sohn-Rethel - Trabalho manual e espiritual

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Pela exploração interétnica que supusemos, portanto, a conexão<br />

necessária entre produção e consumo torna-se uma conexão entre<br />

exploradores só-consumidores e os explorados que pro tanto são somente<br />

produtores. A conexão de consumo e produção torna-se com isso lei de<br />

uma ligação totalmente nova dos homens entre si, que está em<br />

contraposição com o modo da conexão humana na comunidade natural, ou<br />

seja tem sua origem na divisão da identidade humana em separação de<br />

classes entre produtores e consumidores. Afirmamos quer a ligação<br />

classista dos homens através dessa forma de exploração é a forma inicial<br />

daquela socialização, que, por diferenciação e aprofundamento<br />

progressivo, determinou e caracterizou a civilização ocidental em sempre<br />

nova penetração de seus pressupostos, desde o oriente antigo, através do<br />

mundo antigo, até sua plena concretização no capitalismo europeu. Essa<br />

civilização não cresceu continuamente desde a tribo da conexão natural<br />

dos homens, mas a partir de uma quebra significativa e violenta com essa<br />

constituição. Se hoje se perseguem em sua descendência suas primeiras<br />

raízes, a linha leva de volta não ao membro individual da comunidade<br />

natural, mas muito mais à parte dominante de relação ocidental de<br />

exploração.<br />

A praxis dessa exploração é porém a apropriação direta, unilateral do<br />

produto excedente. A circulação da troca jogou para o começo e fundação<br />

desses reinos do mundo antigo papel tão pequeno, quanto<br />

presumivelmente [? - <strong>Sohn</strong>-<strong>Rethel</strong>, 1970] para seu surgimento. É bem<br />

verdade que, depois de uma formação mais adiantada de sua ordem e do<br />

surgimento de várias indústrias de luxo para sua classe dominante, sobre o<br />

terreno segurado e inabalado da exploração primária e direta, surgiu uma<br />

circulação de troca; e foi mesmo uma circulação de troca para atender às<br />

necessidades do senhor, mas com partes do mais produto apropriado do<br />

explorado. Essa é uma circulação de troca, que tem como base a relação<br />

primária de exploração, dela cresceu primeiro e cujos objetos são de uma<br />

constelação totalmente outra que os objetos de uma troca primitiva,<br />

promovida pelos próprios produtores. O comércio faraônico é promovido<br />

por exploradores com produtos apropriados dos produtores que eles<br />

despojaram, produtos excedentes, que são "entregues" para aquisição e<br />

"pagamento" de necessidades de luxo dos exploradores e que foram<br />

recolhidos e pagos para essa finalidade, conservados em depósitos e<br />

contabilizados. A propósito desses objetos de troca está certo que eles são<br />

"valores" e que são tratados como "mercadorias" desde o ponto de vista do<br />

valor oposto como "equivalente". A esse comércio - comércio estatal na<br />

troca exterior com outros corpos políticos - aplica-se o conceito da "troca de<br />

mercadorias" no sentido aqui empregado. Mercadorias, nesse sentido, são<br />

assim sempre produtos de produtores explorados. A "duplicidade da<br />

mercadoria como valor de uso e valor", é "não valor de uso para seus<br />

possuidores, valor de uso para seus não possuidores", e com isso ao

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